terça-feira, 30 de agosto de 2022

O EFEITO LAVA JATO: Saiu da esfera judiciária para a esfera política

 

Crédito da imagem: Pixabay

"...A delação premiada é um instituto precário. Por isso a lei prevê que sem

a paralela produção de provas sobre o conteúdo da acusação ela não pode

ser usada para condenar ou reduzir pena. Isoladamente ela não tem valor

de prova exatamente porque é feita por um criminoso confesso e em vista

do prêmio de redução de pena, podendo ser usada como arma contra

inimigos políticos. No caso concreto da Lava Jato, também assistimos à

prática de prisões provisórias indefinidas para forçar delações, o que

compromete sua credibilidade, assim como as empresas envolvidas."... Trecho

do livro "Projeto Nacional: O Dever da Esperança" - Ciro Gomes.


Com base no trecho acima, o blog emitirá uma opinião sobre o assunto. Primeiro, ao dizer que a delação premiada pode ser usada como arma contra inimigos políticos, Ciro põe em xeque a credibilidade da Lava Jato. Essa operação que os bolsonaristas e os antipetistas tanto louvam e que ficou conhecida como a operação armada para interferir no processo político do país, a partir do impeachment de Dilma, com a prisão de Lula e a eleição de Bolsonaro.

Podemos dizer, então, que a Lava Jato foi um conjunto de investigações que saiu da esfera judicial para a esfera política. Em suma, ele diz que a operação poderia ter prestado um serviço importante e histórico para o Brasil. Mas, o resultado é que a operação comprometeu cadeias inteiras do setor industrial, particularmente o do petróleo. 

Durante a sabatina no JN que ocorreu no último dia 25 de agosto, Lula afirmou que a operação deveria ter seguido o modelo de outros países sem desempregar nem fechar empresas por conta do suposto envolvimento nos esquemas de corrupção.

Na verdade, o que houve foi uma "vingança" contra o PT e contra Lula e não simplesmente um ato de justiça. Foi a partir dessa operação que se intensificou o antiesquerdismo e o antipetismo propagado pela mídia e através de fake news nos comunicadores instantâneos como o whatsapp, passando pelo golpe de 2016 e culminando com a eleição de um presidente de extrema-direita. 

Então, olhando por esse ângulo, a operação serviu de arma contra inimigos políticos como afirmou Ciro em seu livro. E o grande inimigo político da esquerda é a direita e esse ódio causou o estrago que está sendo o (des) governo de Jair Bolsonaro. Portanto, o que era pra ser a maior operação anticorrupção do mundo acabou se tornando o maior escândalo judicial da história do Brasil.

domingo, 28 de agosto de 2022

Há 62 anos expirava o professor e poeta GARCIA ROSA

Capa do livreto distribuído no
 11º festival de Poesia Falada da cidade de
Japaratuba – SE. 

Na verdade, há três Antônio Garcia Rosa, dois japaratubenses e um açoriano, aqui vamos falar de: ANTONIO GARCIA ROSA que nasceu no Engenho Riacho Preto em Jarapatuba/SE, a 08 de dezembro de 1877.Graduado em Farmácia pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1897. Professor e Poeta. Faleceu em Aracaju, a 28 de agosto de 1960. Foi membro fundador da Academia Sergipana de Letras. Ele é autor desses versos:

Quando o teu rosto de santa
junto ao meu empalidece,
a minha ternura é tanta
que o beijo termina em prece!

Um beijo, filho, é pecado,
diz-lhe o padre em confissão;
mas... se o tivesses roubado,
terias o meu perdão.

Eis-me afinal resoluto,
tenho fé que hei de esquecê-la...
- Não se cobre o céu de luto
porque se apaga uma estrela.

Ao por do sol, já fanada,
langue, do hastil penderás.
Tão depressa és cobiçada,
quanto esquecida serás.


SONHAR

Razão! Por mais que tu, mofando rias
Da loucura sem par dos meus castelos,
Vale mais do que as tuas zombarias
A alegria imortal de concebê-los.

Em pensamentos vãos e em vãs porfias
De amor, sempre conforme aos meus anelos,
Vão-se-me os dissabores, vão-se os dias,
Desabrocham-me nalma os sonhos belos

Quem sonha cria um mundo a seu talante...
Gele-me o peito a dúvida exaustiva
Ou ruja torva a cólera espumante,

Salva-me o sonho e o espírito me aviva,
Como se anima o trôpego viandante
Ao fulgor  da miragem fugitiva.

Texto e poemas extraídos da obra: Fontes de Alencar, ANOTAÇÕES DE POESIA no Centenário da
REVISTA AMERICANA (1909-1919)

FLIG 2022: III Festa Literária de Glória movimentará o sertão sergipano


III Festa Literária de Glória movimentará o sertão sergipano


A Academia Gloriense de Lteras (AGL), com o apoio da Prefeitura Municipal de Nossa Senhora da Glória, realizará, no período de 31/08/22 a 02/09/2022, a III Festa Literária de Glória (FLIG). O evento ocorrerá na Praça Filemon Bezerra Lemos, cujo objetivo é propiciar a visitantes e escritores a possibilidade de desfrutarem dos inúmeros benefícios advindos da leitura, num ambiente cultural diversificado, que possa integrar à leitura diversas formas de arte como a música, a dança, as artes plásticas, o teatro, entre outras.

Nesta edição, haverá a integração do VIII Seminário das Academias Literárias de Sergipe (SALS), tendo como tema “As Academias de Letras e o seu papel na sociedade”. Esse será o único momento virtual da FLIG, transmitido através do canal da Academia no youtube no dia 31/08/22, às 19h, com a participação do presidente da Academia Paulista de Letras, José Renato Nalini, o acadêmico da Academia Sergipana de Letras e da Academia Lagartense de Letras, Claudefranklin Monteiro Santos e o acadêmico fundador da AGL, Jorge Henrique Vieira Santos.

Além disso, a FLIG terá uma programação plural que ocorrerá nos quatro ambientes localizados no ambiente da Festa (Estandes, Calçadão Dona Janete, Palco Literário (Coreto), Câmara Municipal e Biblioteca Municipal.

Nos estandes haverá o espaço dos escritores para o lançamento de obras, da Secretaria Municipal de Educação, COMTUR, Secretaria Municipal de Assistência Social, Diretoria Regional de Educação’09, Instituto Federal de Sergipe, Universidade Federal de Sergipe Campus Sertão, escolas particulares (Colégio Atena, Colégio Educar, Colégio Rezende e Colégio Santa Sara), artesãos, cordelistas, gastronomia e quiosque educativo.

No Calçadão Dona Janete ocorrerão contações de história e o espaço de recreação para as crianças pintarem e interagirem com o texto. O Palco Literário (Coreto) será o espaço das apresentações culturais, através da dança, teatro, contação de história, música, capoeira e recitações. Vale ressaltar a apresentação do Grupo Vocal Vivace, Sergival, Marcos Gentil e Lorrane Medrade.

Na Câmara Municipal ocorrerão as mesas-redondas sobre cordel, cangaço e literatura, como também, Conferência de abertura “Leitura e Contação de História na Formação do Leitor”, 31/08/22, às 10h, com a participação da presidente da Academia Sergipana de Contadores de História (ASCH), Claudia Stocker, o membro da ASCH e do Lions Internacional, Matheus Luamm, mediados pela professora e membro do Movimento Via Láctea (MVL), Nara Lima.

A FLIG ao longo das edições vem se apresentando como um evento plural por agregar diversas correntes culturais em torno de um só objetivo. Sendo assim, vale a pena conferir esta edição. Na capital sergipana do leite ... Abra um livro, crie asas. Confira a programação no site www.academiagloriensedeletras.org.

Fonte: AGL

ASPIRAÇÕES DO ESPÍRITO E SUSPIROS DO CORPO (Entre árvores)

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ASPIRAÇÕES DO ESPÍRITO E SUSPIROS DO CORPO (Entre árvores)


Na verdade, aqueles que queriam surpreender foram surpreendidos. Um passado que não se esquece, pois é a raiz do presente que dá frutos. Um corte no caule interrompe o ciclo, mas se o tempo não seca, ele florescerá, pois Deus, esse amor sem limites, é a vida eterna!

Entre árvores que conhecemos pelos seus frutos... Um dia fiz tudo o improvável para poder renascer da eterna novidade que o Senhor me deu. Senti a satisfação de conhecer o caminho por onde eu andava e poder discernir novos rumos e hoje caminhar consciente do meu papel.

Entre árvores, de folhas verdes e viçosas, iludi-me pela fruta cobiçada, deturpada, traiçoeira, cheia de interesses mundanos. As aspirações do espírito batiam de frente com os suspiros da carne, reveladas pela ação-reação, engano-desengano!

Entre árvores sou apaixonado, colecionador de musas e inspirado sempre... Um amante sem limites, incondicional, tendo em mim " a parte desejada"!

Romântico, realista, clássico, barroco, simbolista, tantas escolas da vida ideal que muitas vezes parece tão real que confunde-se com o peito estremecido de um poeta do novo tempo.

Entre árvores vivas e de todas as espécies, galhos secos, podres, ou até mesmo sem vida, sigo sem medo porque o Senhor da Vida é o maior, infinito e amoroso!


Que Deus abençõe o nosso dia!

HORA, F. J. Texto publicado originalmente em: 28/08/2012

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

ELEIÇÕES 2022: A luta da democracia contra o golpismo da direita

O golpismo está impregnado na história política do Brasil a começar pelo "descobrimento" que, na verdade, foi invasão. Os historiadores enumeram diversos golpes. Por isso, consideramos a Independência do Brasil em 1822 como marco inicial para os vários golpes que eclodiram daí por diante.

A Independência do Brasil foi tipo "faça a revolução antes que o povo a faça" e o então príncipe-regente Pedro de Alcântara manteve o domínio do Brasil nas mãos de sua família que detinham a Coroa Portuguesa. E é com esse pano de fundo que o imperador D. Pedro I dissolveu a Assembleia Nacional Constituinte em 12 de novembro de 1823, evento conhecido como " a Noite da Agonia", conseguindo em 25 de março de 1824, aprovar a Constituição Imperial sem que esta fosse apreciada por uma Assembleia, sendo esse o primeiro golpe de Estado.

Depois vieram os golpes que todos já conhecem como: Golpe da Maioridade (1840) que fez o D. Pedro II subir ao trono com apenas 14 anos; Proclamação da República (1889) que derrubou a monarquia; Golpe de 3 de novembro de 1891 que dissolveu o Congresso Nacional e decretou estado de sítio; O curioso caso de Floriano Peixoto; a Revolução de 1930; o Golpe do Estado Novo” (1937); Deposição de Getúlio Vargas em 1945; O Golpe Militar de 1964 e agora recente o Golpe Parlamentar de 2016 que derrubou a ex-presidente Dilma.

E esse último golpe foi continuado com o governo Temer e consolidado com a eleição da extrema-direita em 2018 através dos sucessivos ataques às instituições democráticas e ao estado de direito, prisão de Lula e disseminação em massa de fake news.

Depois de assumido o mandato, o povo brasileiro pôde amargar um governo voltado para um projeto antiesquerdista ou seja, ações e políticas públicas voltadas para o aumento das desigualdades sociais. E como retribuição à elite estamos sofrendo com a carestia e a consequente diminuição do poder aquisitivo, aumentando o mapa da fome no Brasil.

Através do uso da mídia querem passar a imagem de que o contrário de democracia seja o socialismo, quando na verdade é a ditadura que é o oposto, regime político pelo qual Bolsonaro demonstra saudosismo, inclusive idolatra torturador e prega o uso de armas em detrimento de livros. A verdade é que não existe "direita democrática", pois, a democracia só prevalecerá enquanto for conveniente.

Diante desse cenário, 2022 desponta como uma oportunidade em meio à uma crise sanitária, econômica, política e social para a restruturação da nossa fragilizada democracia. Tudo o que Bolsonaro prega contraria o Estado ideal para uma vida plena sem desigualdades sociais, sem fome e sem miséria.

Não precisa discurso de ódio, nem armas e nem fake news. O povo brasileiro quer a democracia e o atual governo se mostra antidemocrático. E a direita já provou que só se serve da democracia quando esta lhe convém, ou seja, quando consegue colocar o opressor no poder através do voto dos oprimidos. 

A mobilização em torno da eleição de Lula logo no primeiro turno será a forma mais eficaz de derrubar a continuação do golpe de 2016 e colocar de volta no comando do país um político oriundo da luta operária e dos movimentos sociais, que já mostrou eficiência na manutenção da democracia e da instituição de políticas sociais e em defesa da classe trabalhadora.

A esquerda não pode se dividir e seguir o antiesquerdismo da direita que tem como único projeto o ódio contra a esquerda, o PT e os trabalhadores. Enfrentar o bolsonarismo é vital, mas, dar manutenção ao antipetismo é o mesmo que fortalecer a campanha bolsonarista. Por mais que não se acredite que Lula seja o candidato ideal, mas, nesse momento é o único que representa a luta contra o imperialismo e o golpe da direita. 

Vamos a luta. Em 2022 a palavra de ordem é: FORA, BOLSONARO!


domingo, 7 de agosto de 2022

Ativistas e amantes da cultura se reunem para debater ações culturais

O tema da reunião foi "Formação Cultural Associativa", aconteceu no sábado, 06 de Agosto, no Grupo de Dona e contou com a presenção de ativistas culturais, mestres, artesão e outros artistas.



A reunião foi coordenada por Maria de Lourdes Horta, mais conhecida como Lurdinha Horta. Um dos temas principais foram "reacender a Chegança e a Taeira" e a criação de um associação para os grupos culturais.

Entre os participantes, tiveram destaques na fala de Ninizo, Gilney, Sr. André sobre as dificuldades de transporte dos grupos, César Batinga, Ronald, Heriberto, Everton da Capoeira e o Professor Luciano Acioly.

No final, a presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais (CMPC), Rafaela Teles, propôs para a reunião seguintes a presença de novos integrantes.

A reunião movimentou o cenário cultural de Japaratuba que precisa de uma repaginação e ao que tudo indica há um "novo incentivo" para a construção de uma cultura forte, independente e participativa. A sociedade junto com o controle social tentará um "diálogo fraterno" com a gestão para viabilizar o suporte devido aos grupos folclóricos e culturais do município.

Avante mestres e brincantes.

ELEIÇÕES 2022: Antiesquerdismo é um perigo

Como resultado do antiesquerdismo e antipetismo no Brasil temos uma cruel consequência: a eleição e o (des)governo de Jair Bolsonaro. 


Quem esqueceu o que o presidente disse: "não sou coveiro" quando lhe perguntaram sobre os mortos pela covid-19? E mais: "...e se eu virar um jacaré..." se opondo à vacinação. Pois bem, isso é fichinha, se olharmos os últimos quase quatro anos de mandato. Mas, e antes, nos seus 30 anos de vida pública? 

Que o brasileiro não votou enganado, isso ai já está mais do que claro. Durante toda a sua vida pública e  agora na presidência o presidente demosntrou um comportamento contrário ao que se espera para um estadista e democrata no exercício do mandato. 

O único projeto que importa a Bolsonaro e seus apoiadores é o antiesquerdismo e o antipetismo. Para isso, estão se mobilizando com as fakes news e com o ataque ao sistema eleitoral (urnas eletrôncias) às instituições democráticas para que tenham respaldo em suas postagens e notícias contra a esquerda.

O atual presidente aproveitou a crise dos governos do PT provocada pelo travamento intencional no Congresso Nacional para enfraquecer o governo e criou um inimigo único do povo brasileiro, nesse caso três inimigos: um humano (Lula), um partido (PT) e um espectro político (esquerda) e se juntou com outros golpistas para consolidarem o golpe de 2016 tirando da corrida presidencial o seu principal líder político e primeiro lugar nas pesquisas.

Mas, por que o antiesquerdismo é um perigo? Porque o antiesquerdista é racista, autoritário e passa a considerar que todos os males sociais ocorrem por culpa daqueles que não se ajustam à sociedade e, por vezes, respondem com violência, ódio e/ou vingança aos protestos contra a opressão capitalista. 

Sendo contra a esquerda, esquece que seu crescimento está limitado pela opressão capitalista. Que não tendo como produzir bens e riquezas, só lhe resta vender a mão-de-obra para receber como "recompensa" um salário mínimo ou outra remuneração que não condiz com a quantidade de riqueza produzida pela sua força de trabalho.

E mais, em nome do antiesquerdismo, idolatram seu líder maior e lhe dão carta branca para usar e abusar do erário público de forma irresponsável e criminosa como o Escândalo dos Pastrores do MEC, as rachadinhas, os gastos sem prestação de contas do cartão corpotativo, e etc.

Em fim, o antiesquerdismo é uma política imperialista, ou seja, se refere a tudo que for contrário a esquerda e que só defendem os interesses da burguesia ou de alguma elite. Portanto, os interesses do povo, dos movimentos sociais e da sociedade civil organizadas ficam precarizados com o avanço do pensamento antiesquerdista.

As eleições já estão próximas. Vamos futucar?

O VERDADEIRO CRISTÃO FALA EM AMOR E NÃO EM ARMAS

Já dizia o saudoso Bezerra da Silva: "Você de revólver na mão é um bicho feroz... Sem ele anda rebolando e até muda de voz...". Pois bem, a verdade é que quem se diz cristão e a favor da família deve pregar o amor entre as pessoas e não o ódio. E sabemos que a política armamentista é uma forma de fazer com que a elite escravize o cidadão comum que não tenha condições de se armar. Esse comportamento só aumenta a opressão e o abismo entre as classes.

Recentemente, com a eleição de Jair Bolsonaro chegamos ao auge do autoritarismo e do antiesquerdismo. As pessoas começaram a se afastarem dos princípios cristãos, abandonando o amor, o perdão e a caridade para se entregarem à idolatria, o ódio e a vingança. 

No campo político, temos uma frágil democracia que se sustenta no sufrágio universal que está em crise com as investidas do atual presidente para tentar pôr em xeque o resultado das eleições desse ano, principalmente se sair perdedor (quadro mais provável, de acordo com as pesquisas eleitorais). Ou seja, Bolsonaro quer a todo custo ter em mãos algo que possa questionar o resultado das eleições em caso de derrota.

Mas, por conta de ser um autêntico "neofascista", todas as falas do presidente sobre anticorrupção, sobre a defesa da família e da democracia caíram por terra. Além de indícios e denúncias de corrupção e pedidos de impeachment, ele continua defendendo a família (a dele) e atacando sem precedentes as instituições democráticas e a constituição, cometendo crimes de responsabilidade e continuando "imune". 

O fato é que a "arminha" feita com gesto pelas mãos dos brasileiros que o elegeram foi e continua sendo o maior símbolo de incentivo à violência como saída para a manutenção do antiesquerdismo (e antipetismo) no Brasil. Inclusive tivemos crimes por motivações políticas como o assassinato do petista Marcelo Arruda praticado por um bolsonarista.

É por conta disso que a Fiesp, a Febraban, os Estudantes de Direito da USP, os Artistas e Intelectuais, políticos e a sociedade do país estão assinando uma carta em defesa do Estado de Direito ameaçado pelo "desamor" disseminado pelo bolsonarismo no Brasil se tornando uma grave ameaça à nossa democracia.

Amor e livros sim, ódio e armas, não!

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

JÔ SOARES: Expirou um dos mais importantes intelectuais brasileiro



Seu nome: José Eugênio Soares, mais conhecido como Jô Soares. Até no nome era gênio. Tinha 84 anos, nos deixou na madrugada de hoje no Hospital Sírio-Libanês. Talvez, o blog tenha pecado por nunca ter escrito algo sobre o artista quando o mesmo ainda estava entre nós, mas, o fato é que tem pessoas que consideramos imortais e, como tal, ficamos surpresos com a notícia de sua morte.

Mas, o que jamais morrerá é o seu legado em todas as áreas que atuou, principalmente como humorista e intelectual, afinal em suas entrevistas buscava valorizar os artistas e pessoas ligadas a cultura, sempre com respeito e muita gentileza.

Dono de uma bem humorada crítica sutil, em seus trabalhos sempre denunciou os horrores da ditadura militar, a situação sócio-econômica e até mesmo cultural do brasileiro. Além de humorista, apresentador de televisão, dramaturgo, diretor teatral, ator e músico brasileiro, foi um escritor e sua obra continuará a viver por ele.

Trazemos um trecho da matéria do jornal Folha de São Paulo: "Mundo não é feito para pessoas de exceção" onde Jô fala sobre seu livro "O Homem Que Matou Getúlio Vargas".

Jô Soares, Presente! Vá em paz, Jô!

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Carta em defesa da democracia da Faculdade de Direito da USP

Fachada da Faculdade de Direito do Largo São Francisco,
no Centro de São Paulo, anuncia data para leitura do manifesto
em Defesa da Democracia brasileira. — Foto: Divulgação/USP

                   
Devido aos seguidos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro,  a Faculdade de Direito da USP divulgou, em 26 de julho, uma carta em defesa da democracia e do processo eleitoral que conta com com assinaturas de autoridades, ex-ministros do STF, artistas, acadêmicos e banqueiros. O título do documento é, "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!"

Diferentemente de uma outra carta (petição) que está circulando que diz defender as liberdades, mas, é partidária... Essa não menciona partido, nem candidato, nem líder político ou espectro... Mas, a defesa coletiva do estado de direito e, consequentemente, da democracia..

O documento será lido no próximo dia 11 de Agosto de 2022, aniversário da Faculdade de Direito da USP.

Nós sabemos quem é o atual líder do "movimento antidemocrático brasileiro"... Quem é que faz alusão à ditadura e incita a violência. 

Então, concluímos que na carta da Faculdade de Direito da USP cabem todos os brasileiros que defendem a democracia, seja de esquerda ou de direita.

Confiram aqui a íntegra da carta:

"Em agosto de 1977, em meio às comemorações do sesquicentenário de fundação dos Cursos Jurídicos no País, o professor Goffredo da Silva Telles Junior, mestre de todos nós, no território livre do Largo de São Francisco, leu a Carta aos Brasileiros, na qual denunciava a ilegitimidade do então governo militar e o estado de exceção em que vivíamos. Conclamava também o restabelecimento do estado de direito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.


A semente plantada rendeu frutos. O Brasil superou a ditadura militar. A Assembleia Nacional Constituinte resgatou a legitimidade de nossas instituições, restabelecendo o estado democrático de direito com a prevalência do respeito aos direitos fundamentais.

Temos os poderes da República, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, todos independentes, autônomos e com o compromisso de respeitar e zelar pela observância do pacto maior, a Constituição Federal.

Sob o manto da Constituição Federal de 1988, prestes a completar seu 34º aniversário, passamos por eleições livres e periódicas, nas quais o debate político sobre os projetos para país sempre foi democrático, cabendo a decisão final à soberania popular.

A lição de Goffredo está estampada em nossa Constituição “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

Nossas eleições com o processo eletrônico de apuração têm servido de exemplo no mundo. Tivemos várias alternâncias de poder com respeito aos resultados das urnas e transição republicana de governo. As urnas eletrônicas revelaram-se seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral.

Nossa democracia cresceu e amadureceu, mas muito ainda há de ser feito. Vivemos em país de profundas desigualdades sociais, com carências em serviços públicos essenciais, como saúde, educação, habitação e segurança pública. Temos muito a caminhar no desenvolvimento das nossas potencialidades econômicas de forma sustentável. O Estado apresenta-se ineficiente diante dos seus inúmeros desafios. Pleitos por maior respeito e igualdade de condições em matéria de raça, gênero e orientação sexual ainda estão longe de ser atendidos com a devida plenitude.


Nos próximos dias, em meio a estes desafios, teremos o início da campanha eleitoral para a renovação dos mandatos dos legislativos e executivos estaduais e federais. Neste momento, deveríamos ter o ápice da democracia com a disputa entre os vários projetos políticos visando convencer o eleitorado da melhor proposta para os rumos do país nos próximos anos.

Ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições.

Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democrático de direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira. São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional.

Assistimos recentemente a desvarios autoritários que puseram em risco a secular democracia norte-americana. Lá as tentativas de desestabilizar a democracia e a confiança do povo na lisura das eleições não tiveram êxito, aqui também não terão.

Nossa consciência cívica é muito maior do que imaginam os adversários da democracia. Sabemos deixar ao lado divergências menores em prol de algo muito maior, a defesa da ordem democrática.


Imbuídos do espírito cívico que lastreou a Carta aos Brasileiros de 1977 e reunidos no mesmo território livre do Largo de São Francisco, independentemente da preferência eleitoral ou partidária de cada um, clamamos as brasileiras e brasileiros a ficarem alertas na defesa da democracia e do respeito ao resultado das eleições.

No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições.

Em vigília cívica contra as tentativas de rupturas, bradamos de forma uníssona:

Estado Democrático de Direito Sempre!!!!"


segunda-feira, 1 de agosto de 2022

SESSÃO VAPT-VUPT MARCA RETORNO DOS TRABALHOS LEGISLATIVOS EM JAPARATUBA

Em Japaratuba, a assessoria de marketing do Parlamento Municipal postou nas redes sociais com grande expectativa o retorno das atividades com o fim do recesso e início do segundo semestre. Mas, o que vimos foi uma sessão de pouco mais de 5 minutos e meio. E mais, o presidente da casa disse que "estamos de cara nova e prontos para trazer muitas novidades...", mas, pelo visto já começou com mal impressão.



Além dos acontecimentos ocorridos em Julho que já citamos, temos o problema da comunidade de Badajós que sofre com a falta de acessibilidade, tanto pelas estradas vicinais como pelo ar (comunicação). Literalemte, não tem acesso. Hoje, que seria uma oportunidade desses temas serem discutidos, a CMJ tratou de postar nas redes sociais o retorno das atividades, mas, como sempre não debateram, nem trataram de nenhum assunto de interesse da população durante a sessão.

O fato é que a maioria das estradas do município estão intransitáveis. E o assunto foi parar até nos telejornais.

"Moções de aplauso e de pesar... É o que mais sabem fazer", assim dizem os cidadãos pasmados com a falta de ação dos nossos representantes.

Segundo o TSE: "Ao vereador cabe elaborar as leis municipais e fiscalizar a atuação do Executivo – no caso, o prefeito. São os vereadores que propõem, discutem e aprovam as leis a serem aplicadas no município. Entre essas leis, está a Lei Orçamentária Anual, que define em que deverão ser aplicados os recursos provenientes dos impostos pagos pelos cidadãos. Também é dever do vereador acompanhar as ações do Executivo, verificando se estão sendo cumpridas as metas de governo e se estão sendo atendidas as normas legais.

A Constituição Federal e as leis orgânicas municipais estabelecem tudo o que o vereador pode e não pode fazer durante o mandato. Para acompanhar se os vereadores estão cumprindo bem seus deveres perante a população, os eleitores podem ir às sessões legislativas ou mesmo conversar com os vereadores em seus gabinetes. Caso o eleitor descubra alguma irregularidade, é possível fazer uma denúncia ao Ministério Público."

Fica aqui o nosso repúdio aos vereadores do município que não estão cumprindo seu papel. 

E você, acha esse comportamento correto?

Vamos Futucar?