Capa do livreto distribuído no
11º festival de Poesia Falada da cidade de
Japaratuba – SE.
Na verdade, há três Antônio Garcia Rosa, dois japaratubenses e um açoriano, aqui vamos falar de: ANTONIO GARCIA ROSA que nasceu no Engenho Riacho Preto em Jarapatuba/SE, a 08 de dezembro de 1877.Graduado em Farmácia pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1897. Professor e Poeta. Faleceu em Aracaju, a 28 de agosto de 1960. Foi membro fundador da Academia Sergipana de Letras. Ele é autor desses versos:
junto ao meu empalidece,
a minha ternura é tanta
que o beijo termina em prece!
Um beijo, filho, é pecado,
diz-lhe o padre em confissão;
mas... se o tivesses roubado,
terias o meu perdão.
Eis-me afinal resoluto,
tenho fé que hei de esquecê-la...
- Não se cobre o céu de luto
porque se apaga uma estrela.
Ao por do sol, já fanada,
langue, do hastil penderás.
Tão depressa és cobiçada,
quanto esquecida serás.
SONHAR
Razão! Por mais que tu, mofando rias
Da loucura sem par dos meus castelos,
Vale mais do que as tuas zombarias
A alegria imortal de concebê-los.
Em pensamentos vãos e em vãs porfias
De amor, sempre conforme aos meus anelos,
Vão-se-me os dissabores, vão-se os dias,
Desabrocham-me nalma os sonhos belos
Quem sonha cria um mundo a seu talante...
Gele-me o peito a dúvida exaustiva
Ou ruja torva a cólera espumante,
Salva-me o sonho e o espírito me aviva,
Como se anima o trôpego viandante
Ao fulgor da miragem fugitiva.
Texto e poemas extraídos da obra: Fontes de Alencar, ANOTAÇÕES DE POESIA no Centenário da
REVISTA AMERICANA (1909-1919)
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