Já dizia o saudoso Bezerra da Silva: "Você de revólver na mão é um bicho feroz... Sem ele anda rebolando e até muda de voz...". Pois bem, a verdade é que quem se diz cristão e a favor da família deve pregar o amor entre as pessoas e não o ódio. E sabemos que a política armamentista é uma forma de fazer com que a elite escravize o cidadão comum que não tenha condições de se armar. Esse comportamento só aumenta a opressão e o abismo entre as classes.
Recentemente, com a eleição de Jair Bolsonaro chegamos ao auge do autoritarismo e do antiesquerdismo. As pessoas começaram a se afastarem dos princípios cristãos, abandonando o amor, o perdão e a caridade para se entregarem à idolatria, o ódio e a vingança.
No campo político, temos uma frágil democracia que se sustenta no sufrágio universal que está em crise com as investidas do atual presidente para tentar pôr em xeque o resultado das eleições desse ano, principalmente se sair perdedor (quadro mais provável, de acordo com as pesquisas eleitorais). Ou seja, Bolsonaro quer a todo custo ter em mãos algo que possa questionar o resultado das eleições em caso de derrota.
Mas, por conta de ser um autêntico "neofascista", todas as falas do presidente sobre anticorrupção, sobre a defesa da família e da democracia caíram por terra. Além de indícios e denúncias de corrupção e pedidos de impeachment, ele continua defendendo a família (a dele) e atacando sem precedentes as instituições democráticas e a constituição, cometendo crimes de responsabilidade e continuando "imune".
O fato é que a "arminha" feita com gesto pelas mãos dos brasileiros que o elegeram foi e continua sendo o maior símbolo de incentivo à violência como saída para a manutenção do antiesquerdismo (e antipetismo) no Brasil. Inclusive tivemos crimes por motivações políticas como o assassinato do petista Marcelo Arruda praticado por um bolsonarista.
É por conta disso que a Fiesp, a Febraban, os Estudantes de Direito da USP, os Artistas e Intelectuais, políticos e a sociedade do país estão assinando uma carta em defesa do Estado de Direito ameaçado pelo "desamor" disseminado pelo bolsonarismo no Brasil se tornando uma grave ameaça à nossa democracia.
Amor e livros sim, ódio e armas, não!
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