Relembrando sem saudades as exaustivas desfiladas pelas ruas da minha cidade... Que cidade! (diga-se de passagem...). "É uma obrigação cívica, demonstração de patriotismo" diziam os contemporâneos. Existe tanta obrigação não cumprida que essa eu preferia ignorar.
Mas, o Grito no Ipiranga não foi mais do que uma mudança de ângulo. E o príncipe-regente já não aguentava mais ser visto como um simples filho do rei de Portugal.
De repente as coisas mudam de lugar e... (o resto todo mundo já sabe...). Mas, essas datas exercem um papel fundamental na visão de mundo de cada cidadão que já agendaram um ritual em suas memórias... Mas, as autoridades é quem mantém acesa essa chama, despertando-os e encorajando-os.
O povo gosta de multidão. Não porque são amigos ou conhecidos, mas para ostentar seus anseios e estar no centro das atenções, onde a atenção é o próprio evento.
Bandeiras, pelotões e a rabadinha... São as diversões que os patriotas declaram ao ver os desfiles das escolas pelas ruas. Zombar, apesar de não existir dia exclusivo no calendário, virou a moda dos eventos cívicos, onde muitos vão porque não encontraram algo melhor para fazer (ir para a praia, farrear, fazer compras no shopping ou curtir um show da banda do momento...)
Talvez um dia o hino seja verdadeiro ao dizer:"Entre outras mil/És tu Brasil, Ò Patria Amada..."
Nenhum comentário:
Postar um comentário