quarta-feira, 17 de agosto de 2022

ELEIÇÕES 2022: A luta da democracia contra o golpismo da direita

O golpismo está impregnado na história política do Brasil a começar pelo "descobrimento" que, na verdade, foi invasão. Os historiadores enumeram diversos golpes. Por isso, consideramos a Independência do Brasil em 1822 como marco inicial para os vários golpes que eclodiram daí por diante.

A Independência do Brasil foi tipo "faça a revolução antes que o povo a faça" e o então príncipe-regente Pedro de Alcântara manteve o domínio do Brasil nas mãos de sua família que detinham a Coroa Portuguesa. E é com esse pano de fundo que o imperador D. Pedro I dissolveu a Assembleia Nacional Constituinte em 12 de novembro de 1823, evento conhecido como " a Noite da Agonia", conseguindo em 25 de março de 1824, aprovar a Constituição Imperial sem que esta fosse apreciada por uma Assembleia, sendo esse o primeiro golpe de Estado.

Depois vieram os golpes que todos já conhecem como: Golpe da Maioridade (1840) que fez o D. Pedro II subir ao trono com apenas 14 anos; Proclamação da República (1889) que derrubou a monarquia; Golpe de 3 de novembro de 1891 que dissolveu o Congresso Nacional e decretou estado de sítio; O curioso caso de Floriano Peixoto; a Revolução de 1930; o Golpe do Estado Novo” (1937); Deposição de Getúlio Vargas em 1945; O Golpe Militar de 1964 e agora recente o Golpe Parlamentar de 2016 que derrubou a ex-presidente Dilma.

E esse último golpe foi continuado com o governo Temer e consolidado com a eleição da extrema-direita em 2018 através dos sucessivos ataques às instituições democráticas e ao estado de direito, prisão de Lula e disseminação em massa de fake news.

Depois de assumido o mandato, o povo brasileiro pôde amargar um governo voltado para um projeto antiesquerdista ou seja, ações e políticas públicas voltadas para o aumento das desigualdades sociais. E como retribuição à elite estamos sofrendo com a carestia e a consequente diminuição do poder aquisitivo, aumentando o mapa da fome no Brasil.

Através do uso da mídia querem passar a imagem de que o contrário de democracia seja o socialismo, quando na verdade é a ditadura que é o oposto, regime político pelo qual Bolsonaro demonstra saudosismo, inclusive idolatra torturador e prega o uso de armas em detrimento de livros. A verdade é que não existe "direita democrática", pois, a democracia só prevalecerá enquanto for conveniente.

Diante desse cenário, 2022 desponta como uma oportunidade em meio à uma crise sanitária, econômica, política e social para a restruturação da nossa fragilizada democracia. Tudo o que Bolsonaro prega contraria o Estado ideal para uma vida plena sem desigualdades sociais, sem fome e sem miséria.

Não precisa discurso de ódio, nem armas e nem fake news. O povo brasileiro quer a democracia e o atual governo se mostra antidemocrático. E a direita já provou que só se serve da democracia quando esta lhe convém, ou seja, quando consegue colocar o opressor no poder através do voto dos oprimidos. 

A mobilização em torno da eleição de Lula logo no primeiro turno será a forma mais eficaz de derrubar a continuação do golpe de 2016 e colocar de volta no comando do país um político oriundo da luta operária e dos movimentos sociais, que já mostrou eficiência na manutenção da democracia e da instituição de políticas sociais e em defesa da classe trabalhadora.

A esquerda não pode se dividir e seguir o antiesquerdismo da direita que tem como único projeto o ódio contra a esquerda, o PT e os trabalhadores. Enfrentar o bolsonarismo é vital, mas, dar manutenção ao antipetismo é o mesmo que fortalecer a campanha bolsonarista. Por mais que não se acredite que Lula seja o candidato ideal, mas, nesse momento é o único que representa a luta contra o imperialismo e o golpe da direita. 

Vamos a luta. Em 2022 a palavra de ordem é: FORA, BOLSONARO!


Nenhum comentário:

Postar um comentário