Depois da euforia das festas juninas, aumento dos casos de covid-19, ainda tem pessoas que acreditavam que a pandemia havia acabado e pasmaram em dizer: "o coronavírus está voltando". Bem assim, é na política e na vida social de Japaratuba, ao baixar a poeira, esquecem que a estrada ainda é de chão.
É verdade que a luta de classes, apesar do antiesquerdismo do governo Bolsonaro, está cada vez mais acirrada. Isso porque a classe dominante teimam em descumprir as leis que garantem os direitos dos trabalhadores e lutam para cada vez mais cortar os benefícios já conquistados.
Preocupados com a reeleição, os políticos usam e abusam do poder econômico que, diga-se de passagem, numa sociedade altamente capitalista, lucros e vantagens é o que interessa. E assim seguem inertes os que deviam ser os fiscais e representantes do povo.
Aqui nesse canal falamos sobre as leis que interessam serem cumpridas ao poder público e as que não interessam. E com isso ficaram para trás as leis que criam a Ouvidoria, o Fundo Muncipal de Cultura, a Lei dos Mestres, a autonomia (CNPJ) da Secretaria da Educação, isso sem falar na atualizaão e reformulação dos Regimento Interno da Câmara e da Lei Orgânica do Município.
Principais debates do mês
Também repercutiu bastante a Paralisação dos Professores que escancaram uma crise na educação municipal demosntrando que a gestão prefere a judicialização das demandas do setor do que o diálogo para a resolução dos questionamentos do sindicato e dos profissionais da educação. Um exemplo foi o decreto sobre a reposição de aulas, onde, no entendimento dos sindicalizados, foi uma forma encontrada pela gestão para intimidar a classe.
Depois da paralisação, os professores foram surpreendidos com panfletos exibindo seus soldos e tentando colocar a população contra a classe alegando que os profissionais recebem valores altos e só pensam em salários prejudicando assim os alunos. Mas, é fato que a gestão municipal sempre começou as aulas com atraso no início do calendário e deu vários pontos facultativos sem considerar a educação como serviço essencial.
E, como se a natureza desse uma resposta a toda a crise da educação municipal, no dia 15 de julho, o telhado de uma escola no Povoado Porteiras desabou e, grças a Deus, não houve vidas perdidas, apenas bens materiais. Esse evento resumiu toda a situação do setor educacional em Japaratuba.
Mas, o mais gritante foi a inércia dos nossos representantes diante dos acontecimentos. Não houve um apoio efetivo aos professores, nem manifestação sobre o desabamento, apenas dois vereadores emitiram nota de solidariedade. E mais, o parlamento municipal está em recesso, devendo retornar agora em Agosto, precisamente amanhã, dia 1º de Agosto.
Finalizando o mês, dia 28 de Julho aconteceu a Reunião Ordinária do Conselho de Cultura que luta pela regulamentação do Fundo Municipal de Cultura e pela Lei dos Mestres. E, no dia 29 de Julho houve uma Audiência Pública para discussão, debate e aprovação da LOA, onde a sociedade, através de pessoas como Heriberto pôde questionar sobre o descumprimento da lei que dá autonomia à Secretaria Muncipal de Educação.
Em fim, além do exposto acima, diversos debates e queixas foram identificadas nas redes sociais como falta de medicamentos e sobre duas obras paradas: reforma do campo e construção do ginásio de esportes. Inclusive houve comentários sobre as licitações e aditivos entre o município e as empresas executoras. E sobre os panfletos criminosos não se sabe quem é ou quem são os autores.
É por causa desses fatos que Julho pode ser considerado, até agora, o mês mais movimentado do ano. E agora em Agosto retornam os trabalhos dos parlamentares. Precisamos cobrar e exigir o cumprimento da lei.
Vamos futucar?
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