Fala se muito num tal de "Sistema". Para os direitistas conservadores, um país governado a séculos pela direita, em alguns anos de governos de "esquerda" conseguiram criar um mecanismo próprio ou um modus opernadi que facilite a "tomada de decisões".
O verdadeiro sistema foi herdado do colonialismo e do escravagismo, ou seja, os brancos e burgueses mandam nos pretos, pobres e trabalhadores assalariados. Esse é o verdadeiro sistema. Foi modernizado com a máscara da democracia, ou seja, usa-se o sufrágio para que o povo sobre influência do poder econômico, escolham seus "representantes".
Já sabemos que existem dois modos de produzir riquezas: o capitalista e o socialista. O primeiro prega a defesa dos diretios individuais, enquanto o segundo busca a defesa dos direitos coletivos. O grande medo do capitalista é perder o status, ou seja, não pertencer a uma classe social privilegiada. Por isso, o socialismo é visto como uma ameaça!
Os leigos acreditam que o governo Lula age sobre o regime socialista. Esse é um grande equívoco, pois, o sistema econômico do Brasil é a "economia de mercado" (capitalismo) e por isso há sempre especulações da Bolsa de Valores e a repercussão do "mercado" quando o governo toma alguma decisão. Isso se dá porque a direita prega o "estado mínimo" e a privatização.
Sem o controle do Estado quebra-se o Contrato Social. De acordo com John Locke "os indivíduos cedem parte de seus direitos e liberdade em troca de proteção do Estado". Quais direitos e liberdade? Pagar os impostos e pedir licença, por exemplo, para dirigir ou possuir um veículo, ou seja, não se tem a liberdade do indíviduo (contratante) viver sem pagar tributos, nem se "licenciar" com o Estado. Em contrapartida, o contratado (Estado) vem cumprindo sua obrigação de proteger o cidadão?
Então, o "Sistema" que tanto falam não passa de uma cultura de acúmulo de riquezas onde supõe-se que se dá, geralmente, de três formas: exploração da mão-de-obra barata; parceria privada com a pública; e a "corrupção" no âmbito do exercício de sucessivos mandatos eletivos.
O capitalismo é o único sistema econômico onde quem trabalha só ganha o excedente da produção, a sobra. Enquanto que no cooperativismo e no socialismo há uma melhor distribuição da riqueza produzida, por isso os conservadores politicos (burgueses) usam esse termo como forma de dar a entender que vão lutar contra os "privilégios" da burguesia. Um paradoxo total.
Nesse caso, lutar contra o "Sistema", muita gente entende que é a luta contra a corrupção. Mas, na verdade, temos uma classe privilegiada que dá as cartas do jogo. E a "quebra do Sistema" se torna apenas uma "falácia" porque é uma vingança pessoal contra alguns políticos, ou seja, não agem na raiz do probelma que é a falta de investimento em educação, cultura e filosofia, ou seja, criar pessoas conscientes, pensantes e que produzam ideias e políticas públicas.
A luta de classes: burguesia versus proletariado é a verdadeira luta contra o sistema. E na política isso se reflete no que agora usam e abusam dos termos que são a direita e a esquerda. Sendo que a esquerda luta pela justiça social e a direita, agora, procura combater a esquerda. Vimos isso com a ascenção da extrema-direita nos EUA, no Brasil e em diversos países do mundo.
Há um "Sistema" que muitos ignoram, mas, é ele quem impera na maioria dos critérios para a elegibilidade e viabilidade de uma eleição: o poder econômico. Muitas pessoas preferem votar e ajudar os mais abastados, esquecendo os conceitos de caridade e de filantropia.
Portanto, podemos ter duas concepções de "Sistema", o "dominante" que é o do elitismo burguês que já é antidemocrático por natureza e o "midiático-político" que é o ditador disfarçado de democrata tentando dar um golpe através do voto "democrático". Nesse caso, é preciso que a sociedade consiga fazer sua escolha com base no projeto popular e não no poder econômico.
Quem souber ler, leia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário