Os projetos dos anos culturais foram interrompidos no fatídico 19 de dezembro de 2016 quando após votado, o PLL-15/2016 (institui 2017-Ano Cultural "Mestre Curau") foi reprovado. Na oportunidade, o Mestre Gibras demonstrou grande indignação e revolta perante o absurdo político da então oposição que, deliberadamente, demonstrava consenso em não aprovar mais nenhum projeto que não fosse de autoria do executivo naqueles últimos 90 dias de mandato parlamentar. Por conta disso, diversas pautas de interesse público como também a Lei dos Mestres ficou sem regulamentação por parte do Executivo Municipal.
Sabemos que naquele dia, tivemos alguns vereadores que não compareceram à sessão, o que enfraqueceu a luta. Inclusive, a postagem em nosso blog teve ampla repercussão, chegando a quase 850 visualizações, tendo em vista que a média por postagem é de 162 visualizações até o momento.
Mas, o fato é que o protagonismo do Sr. Gilberto dos Santos, a quem carinhosamente chamamos de Mestre Gibras, é público e notório, não só naquele momento como em outros, além das visibilidades dos conselhos em Japaratuba como também o recém-criado Conselho Municipal de Políticas Culturais, ocorrido em 2014.
De lá para cá lutou incansavelmente, apoiando e incentivando a participação popular no controle social e os grupos folclóricos, culturais e brincantes que contribuem para a formação da nossa identidade fazendo jus ao título de "celeiro da cultura sergipana" à nossa cidade ribeirinha. Lutou até a sua ida para o outro plano em setembro desse ano deixando órfão toda a cultura, a literatura e o controle social.
Então, mais do que justo, é nossa obrigação, manter viva a memória de quem foi baluarte das nossas tradições, dedicando grande parte da sua vida a amar nosso povo, nossa cultura e nossa democracia. Por isso, convocamos a sociedade, principalmente, a ala cultural para criar um movimento para que a municipalidade, através dos "nossos representantes" proclamem por força de lei que 2023 seja o Ano Cultural Mestre Gibras e que seja elaborado um calendário de eventos culturais tanto de resgate como de manutenção da nossa identidade cultural.
Além de saraus regados a vinho, feiras de livros e eventos como o do 13 de maio e palestras sobre Cultura, Literatura e Política fazem parte desse universo que Gibras nos deixou como legado. Também pode ser visto com a família se há escritos e/ou obras que o ativista cultural pretendia publicar e que podem ser publicados postumamente.
Enfim, temos agora o dia 15 de novembro, quando ele completaria 70 anos como marco inicial dessa nova fase cultural em Japaratuba, inclusive podemos até rebatizar o nome do Festival de Poesias. Mas, essa é um debate amplo com a classe artística e cultural de nossa cidade.
Vamos todos a luta. Não podemos esmorecer.
Vamos futucar?
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