Poeta, escritor, amante da cultura, Gibras foi um grande incentivador de artistas e fazedores de cultura a lutarem pelos seus direitos e pela sua identidade. Militante ativo da boa política, foi candidato a vice-prefeito em 2012, através da junção dos partidos PCB e PSOL, sempre alinhado com a defesa das minorias.
Dos 70 anos completados hoje, viveu praticamente em sua totalidade até expirar quase dois meses antes. Foi uma vida dedicada a fazer o bem e a encorajar jovens e adultos a entrarem nas instâncias do controle social e exerceram seu papel democrático de cidadão fiscalizador. Além da política, Gibras tinha outra grande paixão: a cultura.
Autor dos livros Reminiscencias (2015) e Japanovenas (2019), uma curiosidade é que o seu primeiro livro foi publicado por uma editora local, ou seja, Gibras se orgulhava de ser "bairrista" e valorizar a "prata da casa", inclusive foi um dos incentivadores para a implantação da primeira editora de Japaratuba, a JHS Publicações, juntamente com outros amigos de luta.
É inegável o avanço cultural de Japaratuba após a criação do CMPC, pois, deu uma nova roupagem ao "fazer cultura", inclusive na relação da sociedade com o poder público. Diversas leis como a Lei dos Mestres e dos Anos Culturais marcaram a atividade política e cultural de Japaratuba. Em 2014 foi o homenageado do Festival de Poesias Falada de Japaratuba.
Enfim, Gibras foi o baluarte da cultura japaratubense, tornando-se indispensável em qualquer evento dessa natureza, seja como responsável, seja como conselheiro. A sua partida deixou órfão uma classe que ainda engatinha a sua autonomia enquanto ativistas culturais e fazedores de cultura. Portanto, clamamos e reclamamos que 2023 seja o Ano Cultural "Mestre Gibras" para inauguramos uma nova era no celeiro da cultura sergipana.
Vamos futucar?
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