Nada mais gratificante para um patriota do que comemorar a sua independência como Estado-Nação. O Brasil que teve seu processo iniciado com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil em 1808, experimentou transformações socioeconômicas e culturais que ajudaram a construir uma identidade nacional e acabou culminando com a separação oficial, uma vez que sendo Reino Unido, havia um desejo da Coroa Portuguesa que o Brasil voltasse a ser colônia.
Definitivamente, ser patriota, no panorama atual tem que ser desvinculado do apoio ao presidente de extrema-direita, para que os brasileiros que desejam o bem da sua nação possam ostentar com orgulho a bandeira nacional.
Com a independência, o país continuou sendo dominado pelos membros da Coroa Portuguesa. D. Pedro I do Brasil era D. Pedro IV de Portugal e para que a antiga metrópole reconhecesse a independência o Brasil teve que pagar uma indenização, gerando assim o início da dívida externa ao tomar emprestado o dinheiro à Inglaterra.
Sabemos que o grande salto da dívida externa foi durante a ditadura militar e apesar de independente, começamos a nos tornar "dependentes" do FMI (Fundo Monetário Internacional). Então, a soberania de um país depende de uma política que não seja entreguista ao capital estrangeiro.
Mas, o 7 de setembro ficou marcado como o dia do "grito do Ipiranga". Porém, aquele quadro do pintor Pedro Américo é apenas uma representação "idealizada" do Dia da Independência, mas, os historiadores confirmam que não houve cavalaria, e D. Pedro não estava vestido a caráter para a ocasião e sofria de indisposição gástrica por causa de uma "dor de barriga".
Não é desmerecendo o feito histórico da nossa emancipação política, mas, a história contada é sempre adaptada para os moldes da classe dominante para dar a pompa que o imaginário popular idealiza quando se trata de um ato de independência de um país.
Atualmente, o país está aprisionado e precisa se tornar independente da ameaça antidemocrática e fascista dos grupos que pregam o nacionalismo, antiesquerdismo, antiintelectualismo e armamento da população com incitação ao uso da violência, além de pedirem a volta da Ditadura Militar.
Nesse sentido, esse ano, a comemoração dos 200 anos de independência precisa ser revista e concretizada nas urnas com o fim do neofascismo instalado em 2018 com a eleição do presidente de extrema-direita. Só assim poderemos comemorar o bicentenário da nossa emancipação com orgulho no peito.
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