Em Japaratuba, a 'pulítica" é o termo popular para se referir ao período eleitoral. Diferente disso, a política partidária e os "lados" antagônicos são motivos de debates e "intrigas". De um lado, grande parte do grupo da situação, ao invés de falar das políticas públicas urgentes que o município precisa, preferem especular quem será o sucessor da prefeita e contra quem irá disputar, ou seja, quem será o candidato das "oposições" (que formará a polarização). Do outro lado, a oposição se mantem mais reservada.
Como reflexo da política nacional, a atual administração é simpatizante da extrema-direita, tendo em vista o apoio em 2018 e em 2022, no segundo turno ao "mito". Já o grupo da oposição é de esquerda. Dessa forma, mesmo que a comunidade e os eleitores não tenham consciência disso, estão diante de uma luta de classes.
São modus operandi já conhecidos da população, que diante das reclamações ainda não experimentaram a "terceira via". Mas, os rumores políticos se resumem em: política pártidária em detrimento das políticas públicas. E, no cenário atual, quais as políticas públicas ou quais áreas urgem uma solução eficiente e eficaz? São as de sempre: saúde, educação e assistência social.
Na saúde, além das deficiências relatadas pelo controle social, principal no manejo dos recursos, vem agora o reincidente "fechamento do plantão noturno". Pois é, não é a primeira vez que isso acontece na terra de Arthur Bispo do Rosário (que é mais famoso).
Na educação, além dos problemas estruturais das escolas e da educação como um todo, temos a crise que passou por todas as três gestões da atual prefeita: o corte sazonal e/ou temporário do transporte escolar universitário. Pasmem, foi promessa de campanha "ampliar" o referido transporte.
E na assistência social, o fim dos programas sociais como o cartão da gente e de "tradições" como a entrega do peixe da semana santa. Mas, isso é fichinha diante da falta de suporte aos mais necessitados, além de não ter uma política de incentivo à geração de emprego e renda para cobrir a deficiência da gestão pública. São mais de três meses sem cesta básica em uma comunidade carente.
Observe que não citamos os problemas na infraestrutura, na cultura, nem nas prestações de contas e transparência da gestão pública. Nem também citamos a inoperância do poder legislativo em cobrar, legislar e fiscalizar o poder executivo. Temos muitas leis caducas e leis que simplesmente são ignoradas.
Mas, o que é mais importante, as políticas públicas ou a política partidária? Interessa a quem que a sucessão eleitoral e a disputa política sejam discutidas já agora, no pós pleito de governadores, deputados, senadores e presidente da republica? Interessa a quem está no poder e nele quer se perpetuar.
Não vamos falar da oposição, pois, esta não está no poder. Tem defeitos? Claro, ninguém é perfeito. Até porque a oposição em Japaratuba não é atuante no sentido de se opor politicamente à situação, mas, tem a força política necessária para arrastar multidões e fazer frente a uma eleição disputadíssima na terra do índio Japaratuba.
Mas, e os nomes, quais correm a boca miúda e nas redes sociais, no zap-zap? Da situação temos quatro nomes principais, o do Presidente da Câmara, Valdir Neguinho, por ter sido o vereador mais votado, o ex-prefeito Hélio Sobral, o secretário de obras Décio Neto e a filha do ex-comerciante Zé Alves, a Clecinha, a qual acrescentaram a alcunha política "de Lara", associando-a assim à principal liderança da situação em vista de ter conqusitado três mandatos e estar impossibilitada de concorrer por já ser reeleita.
E a oposição? Primeiro, falou-se em "união da oposição" o que dá a entender que estavam desunidas. Mas, a verdade é que sempre foi assim, as oposições se unem num grupo coeso e forte para enfrentar o grupo antagônico. E na oposição temos dois nomes fortes e que demonstraram força política em 2020, mesmo não tendo vencido aquele pleito. Rui e Sizi ou vice-versa estão amadurecendo o projeto que vem como alternativa a tirar do poder o modus operandi típico da gestão atual.
Jornais, programas e formadores de opinião já estão atentos a essa especulação que está estamapada na mente dos "aliados" da situação e de seus correligionários. O resultado das eleições de 2022 é sempre usado como referencial, mas, agora é a hora de abrir espaço para os estrelismos e ver quem cai na graça da população. Como diz o malandro: Abra do olho!
E você, o que acha? Vamos futucar?
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