quarta-feira, 8 de julho de 2020

ENTREVISTA: A transparência e a cidadania na visão de HERIBERTO

Foto: divulgação da pré-candidatura


Essa semana, o papo do Blog foi com Heriberto, que ao lado de novos nomes na política, é um cidadão em destaque. Conheça um pouco sobre ele e saboreie a entrevista. 


Heriberto Pereira Nascimento, nascido em Pão de Açúcar-AL em 1975, chegou em Japaratuba em 05 de fevereiro de 1992, onde concluiu o ensino médio. Nem sempre se interessou por política, mas sempre observador quanto às más gestões, até que a necessidade de poder contribuir veio à tona. Nos últimos três anos procurou sempre olhar os portais oficiais, aos poucos fui se acostumando e encontrou nas redes sociais um meio para começar essa contribuição. Heriberto ou Beto, como é chamado pelos amigos, é Administrador de Empresas, curso superior que lhe dá uma boa visão sobre a administração pública.

Confira as 10 principais perguntas do blog para Heriberto.


1.    Você, hoje, é uma figura pública tanto popular como política. Quando se deu esse reconhecimento de que o cidadão precisa participar da “fiscalização” dos atos de seus representantes? 

Não tenho essa consciência ainda que sou uma figura tão pública, mas fico feliz pela colocação. Quanto à conscientização de externar a insatisfação do que vem ocorrendo em Japaratuba, infelizmente, não faz muito tempo. Vinha acompanhando de forma distanciada, mesmo com o senso “crítico a flor da pele” até descobrir uma forma de contribuir com a comunidade local: usar os portais da transparência e as redes sociais para disseminar os dados, mesmo sendo parciais, para que comecem a ter a consciência de como estão sendo utilizados os recursos públicos em benéfico da comunidade. 

Mesmo tendo essa revolta não fazia ideia que poderia fazer diferença com tal ação. Fiscalizar é essencial para que o andamento da coisa pública tenha resultados eficientes e eficazes. Mas também fazer chegar essas informações à população é fundamental. 

2 Você já foi aliado de algum grupo político? Se sim, qual a experiência diante das ações que fogem do contexto da aceitação popular? 

Não digo aliado, pois nunca participei efetivamente de “agrupamento”. Diante do contexto local fui eleitor de um agrupamento que no momento achava “menos pior.” Não havia descoberto às redes sociais como meio para contribuir com informações relevantes para toda a comunidade. Apesar de nenhuma gestão atingir 100 % da aceitação popular, as últimas gestões sempre fugiram da boa aceitação: obras inacabadas, salários atrasados, classe estudantil prejudicada ( universitários), falta de plantão médico, falta de remédio na farmácia básica, falta de profissionais da saúde etc. Foram alguns pontos que fugiram da aceitação popular. 

3 Na sua opinião, a sociedade está mais informada, ou ainda está dependente do poder econômico? Por quê? 

Sim e não. A informação na maioria das vezes serão passadas conforme o grau de interesse, como muitos não sabem ou não querem pesquisar, acabam absorvendo e tendo como boa informação aquilo disseminado. Isso acaba até causando conflito de opinião, principalmente nas áreas mais carentes, pois a informação sempre chega de forma distorcida, como modo de aprisionarem famílias carentes em uma sociedade cada vez mais interligadas pelas redes de sociais. 

4 Como cidadão, quais as áreas você percebe que estão com déficit de atenção do poder público? 

Qualidade de vida é baseada em alguns parâmetros e Japaratuba não fica fora de tal avaliação e, consequentemente, do déficit econômico, educacional e de saúde.

Nas últimas décadas não houve uma melhora no desenvolvimento econômico de Japaratuba, é tanto que com o desinvestimento da Petrobras na área fez com que esse déficit ficasse escancarado; o comércio ficou decadente e não houve geração de emprego, onde a maioria depende da administração pública. Na área da educação a queda constante no número de alunos demonstra a fragilidade das escolas municipais. Pouco é investido em suas estruturas para tonar mais atrativas e em condições de oferecer melhor acolhimento e aprendizagem aos seus alunos. Sua estrutura física torna-se um local não muito aconchegante devido ao forte calor e sem aulas alternativas em sua grade curricular. A saúde de forma geral nunca foi oferecido atendimento compatível com as necessidades locais, isso fica nítido quando uma pessoa com problemas mais sérios de saúde precisa de atendimento constante. Carros sucateados, reclamações por falta de alguns profissionais e estrutura de atendimento não eficaz são mais alguns efeitos deficitários da saúde em Japaratuba. 

5 Sobre o poder legislativo, você acredita que houve renovação em 2016? Quais as perspectivas para 2020? 

No nosso legislativo não houve renovação em 2016 que possamos destacar. Mas vale lembrar que nas legislaturas anteriores não houve lá essas atuações marcantes. Vide o retrato de Japaratuba atualmente.

Sempre há perspectivas que novos nomes com novas atitudes apareçam e que façam valer sua representatividade, honrem seu verdadeiro compromisso com a comunidade. Em 2020 isso não será diferente. 

6 Ainda sobre o legislativo, pode-se dizer que temos um parlamento atuante ou nossos vereadores não representam os anseios da população? 

Ele só representa à comunidade, mas não os anseios. Não são atuantes como legisladores, infelizmente. Percebe-se que tentam sempre amenizar as discussões como se estivessem discutindo algo pessoal, íntimo. Os projetos são poucos discutidos, ou não são discutidos. Verdadeiramente não representam os anseios em geral. 

7 Sobre o poder executivo, qual a sua avaliação sobre o modelo político da atual gestão? 

Não posso dizer que seja a pior gestão que Japaratuba já teve, mas quanto ao modelo é decadente e prisioneiro. As repartições não possuem independência para inovar, não fiscalizam, não acompanha de forma técnica a implantação das ações planejadas. Tudo isso trava o andamento da máquina pública. A elaboração de mecanismo de melhorias entre os setores já não existe, construção de um modelo político ajustado a essas exigências são descartadas sem maiores avaliações; Utilizar de artifícios para autopromoção é algo marcante da atual gestão. 

8 A situação, através de seus aliados, tem criticado bastante os grupos oposicionistas. De que forma você ver como positiva essa reação da gestão sobre a participação popular? 

Isso significa que o apoio a atual gestão não é tão maciço assim. A participação popular está cada vez mais ligada às informações que chegam de forma clara e objetiva, isso acaba que desagradando à situação fazendo que tenham reações antes não externadas. Neste sentido, as cobranças acontecem, mostrando que as necessidades da gestão não são às mesmas da comunidade. 

9 Você participa de alguma instância do controle social ou algum colegiado? Em Japaratuba, há boa recepção da gestão no sentido de acolher o controle social? 

Infelizmente não participo de nenhuma instância de forma direta de controle social e nem de colegiado. Todas às informações que tento disseminar, buscando melhoria pela coletividade é pelo acompanhamento que tento fazer nos portais oficiais da gestão municipal e federal. Japaratuba não é diferente de muitas cidades brasileiras, aliás, das gestões, não gosta da participação popular nas decisões importantes que possam impactar positivamente na vida da comunidade. Não há um levantamento, recepção com a comunidade local sobre determinada obra, construção, ações e das reais necessidades e como elas poderiam ser melhores tratadas. Só ouvimos falar sobre Controle social, mas poucos sabem o real sentido e sua importância para a comunidade. 

10 Você é pré-candidato a vereador. De que forma uma possível candidatura sua irá oportunizar a comunidade de Japaratuba sobre a tão sonhada mudança na política? 

Sim, sou pré-candidato pela primeira vez, assim como minha filiação em um partido político. Antes mesmo de minha filiação e pensamento em uma possível candidatura, vi que a melhor maneira de fazer a comunidade ter alguma reação é informar ações que por muitos passam despercebida, isso causa um impacto positivo para todos. E é nessa perspectiva que tento incluir cada vez mais a participação popular e a tão sonhada mudança política: Participação, transparência, publicidade e fiscalização do que é público, fazendo com que o erário seja retornado de forma eficiente e eficaz para quem é de direito: a comunidade em geral. 

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Um comentário:

  1. Muito bem você se destacou de forma correta parabéns Japaratuba precisa de um representante da sua capacidade

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