PRÓLOGO
Quando cheguei às 18 horas e 30 minutos naquele dia, início de Fevereiro de 2012 e avistei de longe o bloco onde estudaria Contabilidade na maior universidade da capital. Para espanto de amigos e colegas, aquele que se dizia poeta, estava prestes a cursar Ciências Contábeis.
Era Sílvio, um artista do interior do estado. E naquela noite estava aperreado por um mal estar, talvez o nervosismo de estar ali naquele mundo nunca antes habitado.
Um ano considerado de mudanças em sua vida, após uma fase de fuga dos “agitos” da vida social, aquele seria um dos grandes passos na sua nova caminhada. Seu porte era social, estilo clássico, onde lhe descreveram no jargão midiático: “ele é intelectual”.
Para um início de curso, não estava muito atrasado. Mas, precisaria enfrentar a vida, diante das fracas condições financeiras e da oportunidade de, finalmente, ter seu diploma de curso superior.
Nesse meio termo conhece Karen, aquela que é o seu oposto, mas, que tinham apenas um interesse em comum: serem bacharéis e futuros contadores.
CONSIDERAÇÕES
A obra reúne um conflito existencial que paira entre a arte e ciência. De um lado o poeta sonhador, do outro a contadora pé no chão. O paradoxo de ideologias é o grande tempero da história, claro regada a humor, romance, paixões e realidade.
Um homem dividido pelo amor/amizade a três mulheres - amizade, paixão e sexo, tudo isso banhado a poesia e contabilidade, mas, será que combina?
"...Diferente da contabilidade, no amor, por padrão, as transações devem ser de primeira fórmula: eu amo você e você me ama ou nós (dois) nos amamos. Mas, como a carne é fraca e sucumbe às oscilações do desejo, e passa pra segunda, terceira e até quarta fórmula.
Em teoria, se a paixão fosse contabilizada, não haveria espaço para o pau-a-pau, pois, as oscilações do coração poriam à prova a fidelidade e admitiriam mais de uma contrapartida..."
Um romance para quem quer viajar nos tempos da faculdade - não dos períodos de prova, mas, do amadurecimento e crescimento intelectual. Aguardem!
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