A tecnologia das duas últimas décadas, fim e início de século, marcam um período de grandes avanços e retrocessos. A humanidade está pagando caro para desfrutar do progresso econômico e tecnológico. Um grande círculo de plantaçõa de cana está devastando nossas matas e acabando com o que resta das belezas naturais de rios e lagoas da nossa região. E, mais, as pessoas se sentem amedrontadas quando alguém que não ostenta algum poder ou status, seja ele econômico ou social, trata desse assunto. Vêem como mera reclamação de um pobre diante de uma situação de impotência, pois a democracia do seu país é usada como instrumento de dominação ideológica e política.
O desenvolvimento capitalista impõe essa realidade onde tudo é modificado, quando não devastado, em nome do desenvolvimento e geração de renda. A sustentabilidade é vista como uma bandeira de quem se autopromove como protetor do meio ambiente. As políticas públicas nessa área não são aplicadas e a população não está preocupada em colocar no poder pessoas envolvidas com essa causa. É preciso deixar de lado as propagandas consumistas, a ideia de que a qualidade de vida se resume em grande poder aquisitivo e altos salários ou lucros máximos. Esse é um caminho sem volta, pois o homem criou a ilusão de que pode dominar a natureza, sofrendo como resposta desastres e catástrofes ambientais.
Sinais do fim do mundo? Sim, infelizmente o ser humano está cavando a sua própria cova. Isso é fato, e a ideia tão antiga de nossos ancestrais que cultuam o mito do mundo que se acabou de água um dia agora vai se acabar de fogo. Por mais que séjamos céticos ou estudantes em poder do conhecimento científico, vemos assuntos como aquecimento global, terremotos, doenças e fome tomarem conta das págins dos jornais e, assistirmos inertes como se isso só acontecesse com os outros; ao olharmos no quintal de casa nos deparamos com a realidade esmagadora da ação humana intervindo no nosso maior bem desse planeta: o meio ambiente.
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