Como já foi dito em outras postagens desse blog, a falta de água no Povoado Várzea-Verde, Município de Japaratuba – SE, é um problema antigo. O abastecimento de água além de insuficiente é racionado. Há ruas no povoado onde a água só chega pelos canos às 6 da manhã e vai até às 8 e, em muitas vezes não há força suficiente para subir para os reservatórios e quando sobe não dá tempo a encher, pois chega fraca. E ainda, nas casas mais distantes, principalmente a última casa onde recebe a encanação passa dias sem que a água chegue nas torneiras no horário racionado pelo bombeiro (servidor municipal responsável por ligar e desligar as chaves da caixa que recebe as águas do poço).
O principal impasse que mantém os moradores sofrendo calado é a possibilidade de, em caso de comprovada inoperância do sistema público, caso a Prefeitura não solucione definitivamente o problema, o abastecimento passe para a DESO e com isso ter que pagar pelo serviço. Além disso, os vários motivos apontado pelos moradores são:
- Supostamente, o poço não suporta abastecer o povoado de forma permanente (24 horas);
- O bombeiro desliga a bomba antes da caixa encher completamente;
- Existem pessoas desperdiçando água (o que é impossível devido à escassez do líquido);
- Questões político-partidárias e familiares com o dono das terras de onde as águas provém, impossibilitando tornar o abastecimento um serviço legitimamente público.
Uma outra questão sobre o assunto é a forma como os moradores e as administrações públicas tratam do assunto. A falta de água é um problema, mas para a comunidade local o simples fato de jorrar água, mesmo que por uma ou duas horas nas torneiras, significa que o povoado tem água encanada e assim, subentende-se que só há falta de água quando a bomba “quebra” ou problemas semelhantes.
Não podemos deixar um problema desses que perdura por muitos anos e muitos gestores que passaram pelo poder nunca foram sabedores da real situação do povoado, continue sendo uma forma de alguns líderes locais manipularem as pessoas com ações paliativas e autopromoção política. Precisa-se de ações concretas e que resolva definitivamente o problema.
O Sr. Jailson, residente fixo no povoado a quase 8 anos sente na pele os problemas encontrados no povoado e a resistência dos moradores em se manifestar perante o poder público, temendo ter que pagar conta de água. Inclusive, houve uma iniciativa de um abaixo-assinado solicitando que a DESO passe a operar o sistema de água, o que foi recebido pelos moradores com tentativa de agressão moral e rasgar o papel impresso para ação.
Já estamos cansados de ouvir reclamações e as pessoas resistirem em denunciar ou reivindicar seus direitos de cidadão e ser humano.
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