XVI FESTIVAL DE POESIA FALADA POETA GARCIA ROSA - Japaratuba-SE
MELHORES POESIAS??
5º LUGAR: REINVENÇÃO (Estância);
4º LUGAR: DE PAI PARA FILHO: Desde 1912...;
3º LUGAR: RENTE À PELE, A LUZ DA LUA;
2º LUGAR: ÚLTIMO LAMENTO;
1º LUGAR: VIDA SEM HOLOFOTES... ÚLTIMO ESPETÁCULO
MELHOR CENÁRIO: VIDA SEM HOLOFOTES... ÚLTIMO ESPETÁCULO
INTERPRETAÇÃO: ÚLTIMO LAMENTO (Jadson)
JÚRI POPULAR: VIDA SEM HOLOFOTES... ÚLTIMO ESPETÁCULO
Show de Bola...
PLACAR: 3 x 2 (JÁ ERA DE SE ESPERAR)!
COMENTÁRIOS SOBRE O PLACAR: "Com licença poética convidei Camões para participar do jogo, grande poeta, atendeu meu pedido de vim cá... mas astuto disse nesse time não quero jogar... Fiquei sem jeito com a sua decisão, mas logo ele que era certo o primeiro lugar. Perguntei para ele qual era o impasse, ele disse tenho uma reputação a zelar, sem jogo sou o grande poeta, se eu entrar nesse time vou diminuir o meu cantar...!"
EM HOMENAGEM AOS 100 ANOS DO REI DO BAIÃO (4º lugar, desculpas seu Luiz) A CAATINGA VEIO AO PALCO, TÃO NATURAL E SEM ARTIFÍCIOS...!
Agradecimentos À EQUIPE, AO nosso Intérprete DAVI (revelação), GIL E SUA EQUIPE, além da amante da boa poesia Rose Almeida.
DE
PAI PARA FILHO: Desde 1912..
F. J. Hora
Numa
sexta-feira treze,
Vejam só
que ironia
Exatamente
naquele dia
Pernambuco
foi premiado,
Na
divisa do estado
No
sertão, céu lindo e azul,
Na
fazenda Caiçara
No sopé
da Serra do Araripe
No
município de Exu.
Filho de
Januário, pai de nove irmãos
Tocando
e consertando
Depois
da roça, o acordeão,
“Oito
baixos” respeitado
Em festa
tradicional.
Luiz,
aos oito de idade
Na falta
do “principal”
Tocou e
cantou a noite inteira
Sendo
essa a primeira
De uma
missão especial.
Em 1929,
já escoteiro
O
“neguinho afiotado”
Não era
mais menino
Viu-se
já apaixonado
Por
Nazarena, da região
Filha do
Coronel Deolindo...
Dezoito
anos incompletos
Entra
nas forças da Revolução
O
soldado “Gonzaga”, corneteiro
Ganhou
fama no Exército Brasileiro
E assim
seguiu seu passo
Em
missão para Belém e outros estados
Com o
apelido de “Bico de aço”.
Em 1946,
explodiu sua carreira
Em
disparada com Humberto Teixeira
Domingos
Ambrósio e outros parceiros
Relembrando
seu pé de serra
E cheio
de cartaz voltou à sua terra
Num
reencontro emocionado
Tocou
baião, xote e xaxado
E sua
música “Dança Mariquinha”;
Registrou
também o filho de Odaléia
Seu
eterno varão Gonzaguinha.
Já no
auge do reinado
No
Grande Oriente do Brasil
Foi
Paranapuan, da acácia amarela
Flor
linda e tão bela
Símbolo
da Grande Iniciação
E é por
isso que até hoje
Ainda é
Rei do Baião.
E assim,
de pai para filho
Com a
música veio a união
E a
fortuna de sua realeza
Que ao
destino não engana,
Que
debilitado, mas devoto
Com
pneumonia e fraco dos ossos
Luiz
disse adeus...!
Um adeus
forte e cantado
Como um
aboio saudoso
Lula,
Luiz Gonzaga, Gonzagão
Ser
artista do Nordeste foi seu sonho
Desde
1912 inaugurado
Mais do
que um nordestino, coroado
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