quarta-feira, 27 de junho de 2012

A FÉ E A PERSERVERANÇA É QUEM SALVA

 Hoje, pela manhã, minha mãe contou-me uma história linda de fé e esperança, onde Deus mostra o seu amor e o seu compromisso para conosco. Cheguei a chorar emocionado com o que ouvi. Mas, tem gente que ainda acha que isso é obra de homens altruistas. Obrigado Senhor meu e Meu Deus!

O milagre no supermercado

Uma mulher era casada e mãe de três filhos pequenos. Ela e o marido estiveram desempregados, por conseguinte toda a família passara por sérias dificuldades tempos atrás.

Certo dia, contou ela, no auge do desespero uma voz lhe disse: “Vai ao supermercado fazer compras”. “Como fazer compras se eu não tenho dinheiro?”, questionou-se. Entretanto obedeceu àquela voz interior.

Chegando ao supermercado dirigiu-se às gôndolas e foi enchendo o carrinho. Colocou de tudo, de alimentos a produtos de limpeza e de higiene pessoal. Carrinho lotado, encaminhou-se para a fila do caixa de número sete. Enquanto aguardava na fila, pensava consigo mesma: “Como eu vou pagar se não tenho dinheiro?”, entretanto confortava-se: “O Senhor proverá”. 

Chegou a sua vez. Colocou todos os produtos na esteira do caixa que começou a passá-los no leitor ótico. Quando já tinha passado mais da metade das compras, ouviu-se uma voz no sistema de som do supermercado: “Atenção senhores clientes! Numa promoção inédita, acaba de ser sorteado o cliente que está sendo atendido neste exato momento no caixa de número sete, o qual levará suas compras sem desembolsar sequer um centavo”.

REFLEXÕES

Hoje, li em um outro blog que questionava se era um milagre ou não através de circunstâncias mundanas, alegando que milagre é a suspensão momentânea das leis da natureza, ou seja, é interferir diretamente no curso das leis naturais.Mas, A fé e a perserverança é quem salva. Milagre pode ser uma expressão popular da açao divina. O que é importante é que Deus estava com ela naquela momento, não importa suspender a lei natural, mas ser feita a vontade de Deus.

terça-feira, 26 de junho de 2012

COCA COLA NO BRASIL TEM SUBSTÂNCIA SUSPEITA DE CAUSAR CÂNCER


26 Jun (Reuters) - A Coca-Cola vendida em vários países, inclusive no Brasil, continua apresentando níveis elevados de uma substância química associada a casos de câncer em animais, e que já foi praticamente eliminada na versão do refrigerante comercializada na Califórnia, disse na terça-feira o Centro para a Ciência no Interesse Público, com sede nos EUA.

A entidade disse que amostras da Coca-Cola recolhidas em nove países mostraram "quantidades alarmantes" da substância 4-metilimidazole, ou 4-MI, que entra na composição do corante caramelo. Níveis elevados dessa substância foram relacionados ao câncer em animais.
Em março, a Coca-Cola e sua rival PepsiCo anunciaram ter pedido aos fornecedores do corante para que alterassem seu processo industrial, de modo a atender a uma regra aprovada em plebiscito na Califórnia para limitar a exposição de consumidores a substâncias tóxicas.
A Coca-Cola disse na ocasião que iniciaria a mudança pela Califórnia, mas que com o tempo ampliaria o uso do corante caramelo com teor reduzido de 4-MI. A empresa não citou prazos para isso.
Na terça-feira, a Coca-Cola repetiu que o corante usado em todos os seus produtos é seguro, e que só solicitou a alteração aos fornecedores para se adequar às regras de rotulagem da Califórnia.
Segundo o CCIP, amostras da Califórnia examinadas recentemente mostravam apenas 4 microgramas de 4-MI por lata da bebida. A Califórnia agora exige um alerta no rótulo de um alimento ou bebida se houver a chance de o consumidor ingerir mais de 30 microgramas por dia.
Nas amostras brasileiras, havia 267 microgramas de 4-MI por lata. Foram registrados 177 microgramas na Coca-Cola do Quênia, e 145 microgramas em amostras adquiridas em Washington.
"Agora que sabemos que é possível eliminar quase totalmente essa substância carcinogênica das colas, não há desculpa para que a Coca-Cola e outras empresas não façam isso no mundo todo, e não só na Califórnia", disse em nota Michael Jacobson, diretor-executivo do CCIP.
A FDA (agência de fiscalização de alimentos e remédios dos EUA) está avaliando uma solicitação do CCIP para proibir o processo que cria níveis elevados de 4-MI, mas disse que não há razão para crer em riscos imediatos aos consumidores.
Neste ano, um porta-voz da FDA disse que uma pessoa teria de consumir "bem mais de mil latas de refrigerante por dia para atingir as doses administradas nos estudos que demonstraram ligações com o câncer em roedores".
A Coca-Cola disse na terça-feira que continua desenvolvendo a logística para adotar o novo corante caramelo.
"Pretendemos ampliar o uso do caramelo modificado globalmente, para nos permitir agilizar e simplificar nossa cadeia de fornecimento e os sistemas de fabricação e distribuição", disse a empresa em nota.
Uma porta-voz não quis comentar os custos dessa mudança.

(Reportagem de Brad Dorfman)

UMA VIDA BROTOU NO MEU QUINTAL

 Bananeira

UMA VIDA BROTOU NO MEU QUINTAL

Uma vida brotou no meu quintal
Tão verde, viçosa, veio do fundo
Da terra, onde fora arrancada a raiz
Mas, a natureza me deixou feliz
Pois, sua força é profunda.

Veio surgindo de onde parecia não mais existir
Eu cá não pude resistir
Comtemplei essa dádiva de Deus
A vida que nos surpreende
Deixando-nos um recado final
De que a vida é bela
Eu cá comigo cultivo ela
Tão verde no meu quintal.

CARACTERÍSTICAS DO FENÔMENO ARTÍSTICO: O CONHECIMENTO ARTÍSTICO COMO PRODUÇÃO E FRUIÇÃO

O CONHECIMENTO ARTÍSTICO COMO PRODUÇÃO E FRUIÇÃO


— A obra de arte situa-se no ponto de encontro entre o particular e o universal da
experiência humana.


“Até mesmo asa branca/ Bateu asas do sertão/ Então eu disse adeus Rosinha/ Guarda contigo meu coração” (Luís Gonzaga e Humberto Teixeira).

No exemplo da canção “Asa Branca”, o vôo do pássaro (experiência humana universal) retrata a figura do retirante (experiência particular de algumas regiões). Cada obra de arte é, ao mesmo tempo, um produto cultural de uma determinada época e uma criação singular da imaginação humana, cujo valor é universal. Por isso, uma obra de arte não é mais avançada, mais evoluída, nem mais correta do que outra qualquer.

— A obra de arte revela para o artista e para o espectador uma possibilidade de existência
e comunicação, além da realidade de fatos e relações habitualmente conhecidos.


O conhecimento artístico não tem como objetivo compreender e definir leis gerais que expliquem por que as coisas são como são.

“Tudo certo como dois e dois são cinco” (Caetano Veloso).

As formas artísticas apresentam uma síntese subjetiva de significações construídas por meio de imagens poéticas (visuais, sonoras, corporais, ou de conjuntos de palavras, como no texto literário ou teatral). Não é um discurso linear sobre objetos, fatos, questões, idéias e sentimentos. A forma artística é antes uma combinação de imagens que são objetos, fatos, questões, idéias e sentimentos, ordenados não pelas leis da lógica objetiva, mas por uma lógica intrínseca ao domínio do imaginário.


O artista faz com que dois e dois possam ser cinco, uma árvore possa ser azul, uma tartaruga possa voar. A arte não representa ou reflete a realidade, ela é realidade percebida de um outro ponto de vista.
O artista desafia as coisas como são, para revelar como poderiam ser, segundo um certo modo de significar o mundo que lhe é próprio. O conhecimento artístico se realiza em momentos singulares, intraduzíveis, do artista ou do espectador com aquela obra particular, num instante particular.

— O que distingue essencialmente a criação artística das outras modalidades de conhecimento humano é a qualidade de comunicação entre os seres humanos que a obra de arte propicia, por uma utilização particular das formas de linguagem.

A corporificação de idéias e sentimentos do artista numa forma apreensível pelos sentidos caracteriza a obra artística como produto da criação humana. O produto criado pelo artista propicia um tipo de comunicação no qual inúmeras formas de significações se condensam pela combinação de determinados elementos, diferentes para cada modalidade artística, como, por exemplo: linhas, formas, cores e texturas, na forma plástica; altura, timbre, intensidade e ritmo, na forma musical; personagens, espaço, texto e cenário, na forma teatral; e movimento, desenho no espaço, ritmo e composição, na forma da dança.

O que seria essa utilização particular das formas da linguagem? Num texto jornalístico, a matéria pode informar sobre uma peça teatral de fim de ano ocorrida na escola X, feita por um grupo de alunos, descrevendo e relatando o acontecimento. Seu objetivo é informar o leitor sobre o fato.

No conto “Pirlimpsiquice”, Guimarães Rosa também fala de um acontecimento semelhante, de um modo completamente diferente. É um texto poético que se inicia com a seguinte frase: “Aquilo em nosso teatrinho foi de Oh!”. Nessa frase, o texto não dá apenas uma informação ao leitor, mas concretiza uma multiplicidade de significações relativas à experiência de um grupo de alunos que fizeram uma peça de final de ano num colégio de padres. A expressão “foi de Oh!” é uma síntese poética que ganha sentido para o leitor dentro do conjunto do texto e contém tudo o que é relatado a seguir, ao mesmo tempo que lhe propicia conferir a este “Oh!” suas próprias significações. Essa expressão quer dizer o quê? Espanto, maravilha, embevecimento, susto, medo e muitas outras coisas para cada leitor. O que importa é que, em vez de descrever minuciosamente o que foi a experiência, Guimarães Rosa condensa toda essa experiência numa única frase síntese que, como imagem poética, é um modo particular de utilização das possibilidades da linguagem, criando um tipo diferenciado de comunicação entre as pessoas.

Assim como cada frase ganha sentido no conjunto do texto, realizando o todo da forma literária, cada elemento visual, musical, dramático ou de movimento tem seu lugar e se relaciona com os demais daquela forma artística específica.

— A forma artística fala por si mesma, independe e vai além das intenções do artista.

A “Guernica”, de Picasso, contém a idéia do repúdio aos horrores da guerra. Uma pessoa que não conheça as intenções conscientes de Picasso pode ver a “Guernica” e sentir um impacto significativo; a significação é o produto revelado quando ocorre a relação entre as imagens da obra de Picasso e os dados de sua experiência pessoal.

A forma artística pode significar coisas diferentes, resultantes da experiência de apreciação de cada um. Seja na forma de alegoria, de formulação crítica, de descoberta de padrões formais, de propaganda ideológica, de pura poesia, a obra de arte ganha significado na fruição de cada espectador.

— A percepção estética é a chave da comunicação artística.

No processo de conhecimento artístico, do qual faz parte a apreciação estética, o canal privilegiado de compreensão é a qualidade da experiência sensível da percepção. 

Diante de uma obra de arte, habilidades de percepção, intuição, raciocínio e imaginação atuam tanto no artista quanto no espectador. Mas é inicialmente pelo canal da sensibilidade que se estabelece o contato entre a pessoa do artista e a do espectador, mediado pela percepção estética da obra de arte. 

O processo de conhecimento advém de relações significativas, a partir da percepção das qualidades de linhas, texturas, cores, sons, movimentos, etc.

Quando Guimarães Rosa escreveu: “Nuvens, fiapos de sorvete de coco”, criou uma forma artística na qual a metáfora, uma maneira especial de utilização da linguagem, reuniu elementos que, na realidade, estavam separados, mas se juntaram numa frase poética pela ação criadora do artista. Nessa apreciação estética importa não apenas o exercício da habilidade intelectiva mas, principalmente, que o leitor seja capaz de se deixar tocar sensivelmente para poder perceber, por exemplo, as qualidades de peso, luz, textura, densidade e cor contidas nas imagens de nuvens e fiapos de sorvete de coco; ao mesmo tempo, a experiência que essa pessoa tem ou não de observar nuvens, de gostar ou não de sorvete de coco, de saber ou não o que é uma metáfora fazem ressoar as imagens do texto nas suas próprias imagens internas e permitem que crie a significação particular que o texto lhe revela. A significação não está, portanto, na obra, mas na interação complexa de natureza primordialmente imaginativa entre a obra e o espectador.

— A personalidade do artista é ingrediente que se transforma em gesto criador, fazendo parte da substância mesma da obra.

Van Gogh disse: “Quero pintar em verde e vermelho as paixões humanas”. Os dados da sensibilidade se convertem em matéria expressiva de tal maneira que configuram o próprio conteúdo da obra de arte: aquilo que é percebido pelos sentidos se transforma em uma construção feita de relações formais por meio da criação artística. O motor que organiza esse conjunto é a sensibilidade: a emoção (emovere quer dizer o que se move) desencadeia o dinamismo criador do artista. A emoção que provoca o impacto no apreciador faz ressoar, dentro dele, o movimento que desencadeia novas combinações significativas entre as suas imagens internas em contato com as imagens da obra de arte. Mas a obra de arte não é resultante apenas da sensibilidade do artista, assim como a emoção estética do espectador não lhe vem unicamente do sentimento que a obra suscita nele. Na produção e apreciação da arte estão presentes habilidades de relacionar e solucionar questões propostas pela organização dos elementos que compõem as formas artísticas: conhecer arte envolve o exercício conjunto do pensamento, da intuição, da sensibilidade e da imaginação.

— A imaginação criadora transforma a existência humana através da pergunta que dá sentido à aventura de conhecer: “Já pensou se fosse possível?”.

“O mestre Nasrudin estava sentado à beira de um lago muito grande. O prefeito da cidade passava por ali naquele momento e viu quando Nasrudin jogou um pouco de iogurte nas águas e começou a mexê-las com uma vareta. Perguntou-lhe o que fazia e o outro respondeu:
— Estou fazendo iogurte.
— Mas isto é um absurdo — disse o prefeito. — É impossível fazer iogurte dessa maneira, água não vira iogurte.
— Já pensou se fosse possível? — respondeu Nasrudin”9 (9. Ver Grillo, N., 1994).

A imaginação criadora permite ao ser humano conceber situações, fatos, idéias e sentimentos que se realizam como imagens internas, a partir da manipulação da linguagem. É essa capacidade de formar imagens que torna possível a evolução do homem e o desenvolvimento da criança; visualizar situações que não existem, mas que podem vir a existir, abre o acesso a possibilidades que estão além da experiência imediata.

A emoção é movimento, a imaginação dá forma e densidade à experiência de perceber, sentir e pensar, criando imagens internas que se combinam para representar essa experiência. A faculdade imaginativa está na raiz de qualquer processo de conhecimento, seja científico, artístico ou técnico. A flexibilidade é o atributo característico da atividade imaginativa, pois é o que permite exercitar inúmeras composições entre imagens, para investigar possibilidades e não apenas reproduzir relações conhecidas.

No caso do conhecimento artístico, o domínio do imaginário é o lugar privilegiado de sua atuação: é no terreno das imagens que a arte realiza sua força comunicativa.

“Oi, meu patrão, a gente num deve de levá os negoço de arranco, lá cumo quem diz a ferro
e fogo.
Quem num arranja de bons modo, de cum força é que num vai.
Corda munto esticada rebenta.
Ancê já viu cumo é que se tempera viola? Pois arrepare.
Caboclo pega da viola cum jeito, cumo quem corre a mão na crina de burro chocro.
Puxa pras cavera de devagá.
Aperta elas leve leve.
Passa os dedo nas corda, experimenta.
Bombeia o bordão.
Entesa as tripa do meio: ipa! Não vai rebentá.
Destroce, torna a experimentá.
Tempera a prima na afinação, sorta um espiricado e cumeça a ponteá.
Por daí um poco viola tá chorano cumo gente.
Magina ancê se o violero de um arranco apertasse as cravera numa vezada.
Num ficava uma corda só.
Era um desastre dos diabo.
A gente, meu patrão, decede os negoço cumo quem tá temperano viola”10 (10. Ver Gomes, L., 1985.).

A qualidade imaginativa é um elemento indispensável na apreensão dos conteúdos, possibilitando que a aprendizagem se realize por meio de estratégias pessoais de cada aluno.

Fonte: 1. Parâmetros curriculares nacionais. 2. Arte : Ensino de primeira à quarta série. I. Título. Páginas 28-31

O FENÔMENO ARTÍSTICO: A LITERATURA COMO FONTE DE CONHECIMENTO

A arte como objeto de conhecimento

O universo da arte caracteriza um tipo particular de conhecimento que o ser humano produz
a partir das perguntas fundamentais que desde sempre se fez com relação ao seu lugar no mundo.
A manifestação artística tem em comum com o conhecimento científico, técnico ou filosófico seu
caráter de criação e inovação. Essencialmente, o ato criador, em qualquer dessas formas de conhecimento,
estrutura e organiza o mundo, respondendo aos desafios que dele emanam, num constante processo de
transformação do homem e da realidade circundante. O produto da ação criadora, a inovação, é resultante
do acréscimo de novos elementos estruturais ou da modificação de outros. Regido pela necessidade básica
de ordenação, o espírito humano cria, continuamente, sua consciência de existir por meio de manifestações
diversas.
O ser humano sempre organizou e classificou os fenômenos da natureza, o ciclo das estações,
os astros no céu, as diferentes plantas e animais, as relações sociais, políticas e econômicas, para
compreender seu lugar no universo, buscando a significação da vida.
Tanto a ciência quanto a arte, respondem a essa necessidade mediante a construção de
objetos de conhecimento que, juntamente com as relações sociais, políticas e econômicas, sistemas
filosóficos e éticos, formam o conjunto de manifestações simbólicas de uma determinada cultura.
Ciência e arte são, assim, produtos que expressam as representações imaginárias das distintas
culturas, que se renovam através dos tempos, construindo o percurso da história humana. A própria
idéia de ciência como disciplina autônoma, distinta da arte, é produto recente da cultura ocidental.
Nas antigas sociedades tradicionais não havia essa distinção: a arte integrava a vida dos grupos
humanos, impregnada nos ritos, cerimônias e objetos de uso cotidiano; a ciência era exercida por
curandeiros, sacerdotes, fazendo parte de um modo mítico de compreensão da realidade.
Mesmo na cultura moderna, a relação entre arte e ciência apresenta-se de diferentes maneiras,
do início do mundo ocidental até os dias de hoje. Nos séculos que se sucederam ao Renascimento,
arte e ciência eram cada vez mais consideradas como áreas de conhecimento totalmente diferentes,
gerando uma concepção falaciosa, segundo a qual a ciência seria produto do pensamento racional
e a arte, pura sensibilidade. Na verdade, nunca foi possível existir ciência sem imaginação, nem
arte sem conhecimento. Tanto uma como a outra são ações criadoras na construção do devir humano.
O próprio conceito de verdade científica cria mobilidade, torna-se verdade provisória, o que muito
aproxima estruturalmente os produtos da ciência e da arte.
Os dinamismos do homem que apreende a realidade de forma poética e os do homem que a
pensa cientificamente são vias peculiares e irredutíveis de acesso ao conhecimento, mas, ao mesmo
tempo, são dois aspectos da unidade psíquica. Há uma tendência cada vez mais acentuada nas
investigações contemporâneas no sentido de dimensionar a complementaridade entre arte e ciência,
precisando a distinção entre elas e, ao mesmo tempo, integrando-as numa nova compreensão do
ser humano. Nova, mas nem tanto. Existem muitas obras sobre o fenômeno da criatividade que
citam exemplos de pessoas que escreveram a respeito do próprio processo criador. Artistas e
cientistas relatam ocorrências semelhantes, tornando possível a sistematização de certas invariantes,
como por exemplo, o ponto culminante da ação criadora, a famosa “Eureka!”: o instante súbito do
“Achei!” pode ocorrer para o matemático na resolução repentina de um problema, num momento
em que ele não esteja pensando no assunto. Da mesma forma, um músico passeava a pé depois do
almoço, quando lhe veio uma sinfonia inteira na cabeça; só precisou sentar depois para escrevê-la.
É claro que nos dois casos, tanto o matemático quanto o músico estiveram durante um longo
tempo anterior maturando questões, a partir de um processo contínuo de levantamento de dados,
investigando possibilidades.
Parece que, em geral, esse caráter de “iluminação súbita” é comum à arte e à ciência, como
algo que se revela à consciência do criador, vindo à tona independentemente de sua vontade, quer
seja naquele ou noutro momento, mas sendo posterior a um imprescindível período de trabalho
árduo sobre o assunto.
Malba Tahan, um dos mais importantes educadores brasileiros no campo da matemática, disse,
no início da década de trinta, que a solução de um problema matemático é um verdadeiro poema de
beleza e simplicidade.
Para um cientista, uma fórmula pode ser “bela”; para um artista plástico, as relações entre a
luz e as formas são “problemas a serem resolvidos plasticamente”. Parece que há muito mais
coisas em comum entre estas duas formas de conhecimento do que sonha nossa vã filosofia.
Esta discussão interessa particularmente ao campo da educação, que manifesta uma
necessidade urgente de formular novos paradigmas que evitem a oposição entre arte e ciência,
para fazer frente às transformações políticas, sociais e tecnocientíficas que anunciam o ser humano
do século XXI.
Apenas um ensino criador, que favoreça a integração entre a aprendizagem racional e estética
dos alunos, poderá contribuir para o exercício conjunto complementar da razão e do sonho, no qual
conhecer é também maravilhar-se, divertir-se, brincar com o desconhecido, arriscar hipóteses
ousadas, trabalhar duro, esforçar-se e alegrar-se com descobertas.

Fonte: 1. Parâmetros curriculares nacionais. 2. Arte : Ensino de primeira à quarta série. I. Título. páginas 26-27.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

IVILMAR GONÇALVES SERÁ SEPULTADO NESTA SEGUNDA-FEIRA

Morre poeta e ator sergipano Ivilmar Gonçalves
Além de poeta ele era ator, escritor e professor na rede municipal de ensino.
Ele estava internado no Hospital de Urgência desde o domingo 17.

24/06/2012 15h29 - Atualizado em 25/06/2012 12h11
Do G1 SE


Na manhã deste domingo (24), morreu o poeta, ator, escritor e professor Ivilmar Gonçalves, 29, que estava internado no Hospital de Urgência, desde o dia 17, quando foi vítima de um grave acidente ao colidir a sua moto com uma carreta, na BR101.

Segundo amigos da família, ele teve fraturas na bacia e fêmur e acabou não resistindo aos ferimentos. Familiares aguardaram a liberação do corpo no Instituto Médico Legal de Aracaju, para realização do velório do Teatro Atheneu, na capital sergipana. De lá o corpo segue para Lagarto, a 75Km de Aracaju, cidade natal do poeta, onde um outro velório deve acontecer antes do sepultamento.

Fonte: G1


SOBRE IVILMAR GONÇALVES

A cultura lagartense perdeu na manhã deste domingo um grande talento. Ivilmar Gonçalves, natural da cidade de Itaporanga, mas como mesmo dizia "lagartense de alma", acabou morrendo no hospital em que estava internado, desde o último dia 17, quando sofreu um acidente na BR-101. Ele acabou perdendo o controle da sua moto e foi parar debaixo de uma carreta, nas proximidades da sua cidade natal. O poeta logo foi encaminhado ao Hospital de Urgências de Sergipe, com vários ferimentos.

O artista passou a semana no hospital e todos estavam otimistas quanto à sua melhora. Infelizmente, o quadro clínico se agravou nos últimos três dias e o jovem talento acabou dando o último suspiro.
Ivilmar Gonçalves era um dos fundadores da Cia de Teatro Cobras & Lagartos, companhia famosa em Sergipe e ganhadora de vários prêmios culturais.

O jovem, de apenas 29 anos, já havia participado de filmes nacionais e também de comerciais.


Ivilmar, o poeta de alma lagartense 
Fonte: http://lagartense.com.br/9098/ivilmar-o-poeta-de-alma-lagartense
 
Quando Ivilmar despontou para o mundo das artes e empreendeu seus primeiros trabalhos, deixou evidente a existência de uma força que o motiva sempre a ir além, onde ele vai chegar? Só o tempo será capaz de responder. Por hora apontamos fragmentos do teu trabalho até aqui.

BIOGRAFIA


Nascido em 05 de junho de 1983. Lagartense, com certeza. Mora nesta cidade desde os três anos de idade, vindo de Itaporanga D'Ajuda.

Orgulha-se de ser conterrâneo de gente como Silvio Romero e Assuero Cardoso. Começou a escrever poemas ainda no Ensino Médio (1999 a 2001), no Colégio Abelardo Romero Dantas - o popular Polivalente, onde tomou gosto pelos concursos literários do gênero. Daquela época, conquistou o prêmio de Melhor Poesia, com o texto "Deus Doente", no VII Concurso Estudantil de Poesia Falada de Lagarto e Região, sendo agraciado também como Melhor Intérprete.

De lá, dividiu sua produção literária entre a Poesia e o Teatro - paixão que, mais tarde (em 2003), levou-o, juntamente com outros jovens lagartenses, a fundar a Companhia de Teatro Cobras e Lagartos, em atividade até os dias de hoje. São de sua autoria os textos teatrais "A peleja de Valentin contra a Morte pelo Amor de Manuela" e "Estudos sobre a Vingança", montados por esse grupo. Escreveu também, em 2008, o texto comemorativo do SESC, pelos 60 anos dessa instituição em Sergipe.

Participou dos mais tradicionais concursos de poesia da região, conquistando diversos prêmios, entre os quais destacam-se:
  • 1º Lugar no Concurso de Poesia Falada de Penedo - AL (2004);
  • 1º Lugar no X Concurso de Poesia Falada de Japaratuba (2006);
  • 1º Lugar no XXIV Festival de Poesia Falada de Estância (2006);
  •  Selecionado no Prêmio Banese de Literatura, com o poema "O Mar e o Rochedo (2006);
  • 2º Lugar no Concurso de Poesia Falada de Propriá (2012).


Publicou, em 2012, seu primeiro livro, "Caderno de Exercícios", por meio do Prêmio Santo Souza de Poesia, da SECULT - Secretaria de Estado da Cultura de Sergipe, em parceria com a Segrase. É formado em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acarau - UVA, Polo de Lagarto, e Pós-Graduado em Psicopedagogia Institucional. Divide seu tempo entre o magistério e a produção cultural em Sergipe, com atenção à Literatura e ao Teatro. Exerce também a profissão de Ator. Tem se dedicado, recentemente, ao cinema e ao mercado de vídeo, participando das últimas produções instaladas em Sergipe, como os longas "O Sr. do Labirinto" (2011) e "Aos ventos que virão" - este ainda em finalização. Para ele, "ninguém está imune à arte, a boca mais fria ou o olho mais errante... Ninguém".
Selecionamos dois poemas que não dizem tudo, mas ilustram um pouco de sua obra.




A Moça e o Tempo

Debruçada na janela
Uma moça espera seu noivo chegar
Enquanto o noivo não chega
A moça, distraída, vê o tempo passar.

O relógio na parede: tic, tac, tic, tac...

O noivo chega
A moça casa
Nasce o filho
Batizado, domingo
Retrato de família.

O coração no peito: tic, tac, tic, tac...

É o aluguel da casa
É a prestação da TV
É a conta na farmácia
É a licença para viver
É o pão nosso de cada dia
E o pão que o diabo amassou
É o deboche da vizinha
E a carne que aumentou.
 E o jantar atrasa
E o amor estraga
E os lábios secam
E os seios se deprimem
Brotam as rugas
E as olheiras são permanentes
Pesam as dores nas costas
E cai a certeza dos dentes. 

É reumatismo
Celulite
Ataque cardíaco
E gripe.

E o marido cai doente
E a aliança enferruja
E o neto reprova
É a cadeira de balanço
E a cadeira de rodas
É o vestido desbotado
E o vai-e-vem das horas
É o medo de falar
E o silêncio de existir
- Ai, meu Deus, é tanta coisa!
Desabafa a pobre senhora. 
... 

Debruçada na janela
Uma velha espera sua morte chegar
Enquanto a morte não chega
A velha, distraída, vê o tempo passar...



Lagarteiros
 
 (...)
Vaidosa
Não perde uma moda
Faz graça!
Essa gente bonita
Fugindo da chuva
Para não desfazer o penteado.
É dia de comício
Tem festa no bairro
Lagarto dança
Com a música alta
E os desaforos políticos.

Mas tropeça, desajeitada
No calçamento
E na própria língua
Bifurcada.

terça-feira, 19 de junho de 2012

OS CENTENÁRIOS EM 2012 - HISTÓRIA, CULTURA E IDENTIDADE NACIONAL

A começar por Amácio Mazzaropi (São Paulo, 9 de abril de 1912 — Taubaté, 13 de junho de 1981) foi um ator e cineasta brasileiro, veio os nordestinos Jorge Leal Amado de Faria (Itabuna, 10 de agosto de 1912 — Salvador, 6 de agosto de 2001) foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos e, Luiz Gonzaga do Nascimento (Exu, 13 de dezembro de 1912 — Recife, 2 de agosto de 1989) foi um compositor popular brasileiro, conhecido como o Rei do Baião.

100 ANOS DE MAZZAROPI , uma homenagem da TV Cultura. Outra homenagem significativa é o filme longa-metragem Tapete Vermelho. Trata-se de um caipira (vivido por Matheus Nachtergaele) que resolve mostrar ao filho quem era Mazzaropi. No caminho até o cinema que exibe um filme do comediante, pai e filho se envolvem com violeiros que venderam a alma ao diabo, mandingas, o Movimento dos Sem-Terra, vigaristas que lhes roubam a mula, caminhoneiros e um milagre em Aparecida. Experiências que vão render a ambos uma grande lição sobre direitos humanos. A homenagem não pára no argumento do filme (que tem direção de Luiz Alberto Pereira): o ator Matheus Nachtergaele compõe um tipo com o mesmo andar e a mesma voz do ídolo.






A Globo, esse ano, também investiu na cultura nordestina com a exibição da Novela GABRIELA,  um grande sucesso de Jorge Amado, o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos como Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra são criações suas, além de Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres.



E para finalizar, o Escritor, Poeta e Crítico Literário F. J. Hora, em parceria com Gil Santos, apresentou ao povo de Japaratuba, na 16ª edição do Festival de Poesia Falada Poeta Garcia Rosa, uma bem produzida homenagem ao Rei do Baião.
Com o poema de sua autoria, F. J. Hora, através do intérprete Davi, cantou a história do Rei do Sertão, tendo como plano de fundo um autêntico cenário nordestino, sertão e caatinga.

Hora do Adeus

Luíz Gonzaga

O meu cabelo já começa pratiando
Mas a sanfona ainda não desafinou
A minha voz vocês reparem eu cantando
Que é a mesma voz de quando meu reinado começou

Modéstia à parte é que eu não desafino
Desde o tempo de menino
Em Exu no meu sertão
Cantava solto que nem cigarra vadia
E é por isso que hoje em dia
Ainda sou o rei do baião

Eu agradeço ao povo brasileiro
Norte Centro Sul inteiro
Onde reinou o baião
Se eu merecí minha coroa de rei
Esta sempre eu honrei
Foi a minha obrigação
Minha sanfona minha voz o meu baião
Este meu chapéu de couro e também o meu gibão
Vou juntar tudo dar de presente ao museu
É a hora do Adeus
De Luiz rei do baião



OUTROS NOMES DA LITERATURA BRASILEIRA


Nelson Falcão Rodrigues (Recife, 23 de agosto de 1912 — Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 1980) foi um importante dramaturgo, jornalista e escritor brasileiro, tido como o mais influente dramaturgo do Brasil. Sua primeira peça foi A Mulher sem Pecado, que lhe deu os primeiros sinais de prestígio dentro do cenário teatral. O sucesso mesmo veio com Vestido de Noiva, que trazia, em matéria de teatro, uma renovação nunca vista nos palcos brasileiros. A consagração se seguiria com vários outros sucessos, transformando-o no grande representante da literatura teatral do seu tempo, apesar de suas peças serem tachadas muitas vezes como obscenas e imorais.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

TRIO FOLHA VERDE: Forró, Samba e Cultura

Idealizado por Gilson Aboiador (vocalista), do Povoado Várzea-Verde, composto por Tuca seu irmão e o amigo Natanael (principal sanfoneiro), o Trio Folha Verde é uma banda do gênero forró que desde Agosto de 2011 vem se apresentando no JHS de Várzea-Verde e eventos locais.

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CONTATOS PARA SHOWS: (079) 9927-8239/9144-6758

PRODUÇÃO:   







terça-feira, 12 de junho de 2012

12 DE JUNHO: DIA DOS NAMORADOS



CANTO XXI
O namoro e o beijo na boca

Beijo na boca não existe mais,
Está mais avançado
E namorar está ultrapassado:
Ninguém é de ninguém,
Beijo de língua é o que convém
E para namorar tem que estar pelado.

Dançar em festas ou zoadas
São preliminares do coito
Homens sedentos e afoitos
São vistos como donzelo
Mulher virgem é careta,
Demodê ou até sem futuro,
Namorar tem que ser no escuro;
Quem for fraco não se meta!

Casar é um tremendo palavrão
É um broxante, fim de papo
A gota d'água na pegação
O que vale agora é beijar,
Agarrar, pegar todas
E o máximo que aguentar!

Românticos, calmos,
Responsáveis e reservados
São vistos como otários
Candidatos a corno,
Pagador de contas e, donzelos.
Os que buscam as virgens,
São trabalhadores e sérios,
Ou nunca vão se casar
Ou vão ficar com o resto.

Depois de já curtidas,
Entre amigos, estranhos de fora,
Sem virgindade, com filhos
Ou da casa da prostituição
Muitos homens apaixonados
Honestos e solitários
Procuram e tratam com perfeição
Como se fossem de respeito
Donzelas ou sem defeito
Como manda a tradição!

 Hora, F. J.
CANTOS MODERNOS I. 1ª Edição.--F. J. Hora Poeta
Originalista, Japaratuba – SE, 2010.


DEFINIÇÃO
(Fonte: Wikipedia)

O Dia dos Namorados ou Dia de São Valentim é uma data especial e comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre casais sendo comum a troca de cartões e presentes com simbolismo de mesmo intuito, tais como as tradicionais caixas de bombons. No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de Junho. Em Portugal também acontecia o mesmo até há poucos anos, mas atualmente é mais comum a data ser celebrada em 14 de Fevereiro.

HISTÓRICO



A história do Dia de São Valentim remonta a um obscuro dia de jejum tido em homenagem a São Valentim. A associação com o amor romântico chega depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.

O bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.

Além de continuar celebrando casamentos, ele se casou secretamente, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.

Considerado mártir pela Igreja Católica, a data de sua morte - 14 de fevereiro - também marca a véspera de lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimônio) e de Pan (deus da natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.

Outra versão diz que no século XVII, ingleses e franceses passaram a celebrar o Dia de São Valentim como a união do Dia dos Namorados. A data foi adotada um século depois nos Estados Unidos, tornando-se o The Valentine's Day. E na Idade Média, dizia-se que o dia 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por isso, os namorados da Idade Média usavam esta ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta do(a) amado(a).

Atualmente, o dia é principalmente associado à troca mútua de recados de amor em forma de objetos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silhueta de um coração e a figura de um Cupido com asas. Iniciada no século XIX, a prática de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em massa. Estima-se que, mundo fora, aproximadamente mil milhões (Portugal) (um bilhão no Brasil) de cartões com mensagens românticas são enviados a cada ano, tornando esse dia um dos mais lucrativos do ano. Também se estima que as mulheres comprem aproximadamente 85% de todos os presentes no Brasil.

O dia de São Valentim era até há algumas décadas uma festa comemorada principalmente em países anglo-saxões, mas ao longo do século XX o hábito estendeu-se a muitos outros países.

A DATA NO BRASIL

A data provavelmente surgiu no comércio paulista, quando o comerciante João Dória trouxe a ideia do exterior e a apresentou aos comerciantes. A ideia se expandiu pelo Brasil, amparada pela correlação com o Dia de São Valentim — que nos países do hemisfério norte ocorre em 14 de fevereiro e é utilizada para incentivar a troca de presentes entre os apaixonados.


NAMORO: O QUE É? 

 
O namoro é uma instituição de relacionamento interpessoal não moderna, que tem como função a concretização do sentimental e/ou ato sexual entre duas pessoas através da troca de conhecimentos e uma vivência com um grau de comprometimento inferior à do matrimônio. A grande maioria utiliza o namoro como pré-condição para o estabelecimento de um noivado ou casamento, definido este último ato antropologicamente como o vínculo estabelecido entre duas pessoas mediante o reconhecimento governamental, religioso ou social.

Com a evolução da tecnologia, já é comum encontrar casos de pessoas cujo namoro se dá através das modernas formas de telecomunicação, como o telefone ou a internet. Assim, sendo, casais podem namorar apesar de estarem em estados, países ou continentes distintos.

Entre a maioria dos grupos protestantes o namoro descompromissado e liberal, ou seja, sem ter como objetivo o casamento e onde há relações sexuais, não é bem visto e até proibido, por atentar contra suas doutrinas originais, que solicitam pureza moral e abstinência sexual antes do casamento.




CANTO V
Do amor verdadeiro

Só sabe o que é amor
O ser que ama e que padece,
Amar é para quem conhece
O que é a essência do amor
Confundido com o sexo, a paixão
Com o desejo, o prazer e a ilusão!

Amar não é namorar, já disse,
Com palavras doces e cruas
A mãe ama, o pai ama,
O irmão e até o amigo,
Homem ou mulher, animais,
Amantes e amigos são iguais
Pois, o amor é o mesmo
Só falta medir a intensidade
Porque nutridas de amor
Amamos por toda eternidade.

O bem estar do outro
A vida feliz que eu puder dar,
É disso que vive o amor
E muitos dizem só gostar
Ou com desejo pelo corpo
Dizem que estão a amar.

Se digo amo a um amigo,
Do sexo masculino ou macho
Talvez seja motivo de piada,
Comentários sórdidos, risada
Enquanto que a mulher dar um fora
Para ela não existiu nada!

E ainda, digo, como se fosse cantiga
E se amigo namorar a amiga?
Existe o verbo “se apaixonar”
E se digo “se amar”?
Ou estou apaixonado, ou amando
E se amo posso ou não namorar
Depende da paixão, do desejo
Do espírito a combinar!

Amar é querer bem e não o corpo
A nudez ou o toque físico.
E não diga fazer amor,
Nem se apaixone ou jure
Tampouco dizê-lo que é chama
Ou que “seja eterno enquanto dure”.

Diga amo porque quero o bem
Da pessoa amada, homem ou mulher
Ou que seja só da amada
Tão bela o quanto se quer
Mas, que seja tão puro e suave
Como uma fonte de fé
Mesmo que pareça irreal,
Não existe amor terreno
Carnal, erótico ou coisa assim
O amor é  puro e ideal
E a solidão não é o fim!

Hora, F. J.
CANTOS MODERNOS I. 1ª Edição.--F. J. Hora Poeta
Originalista, Japaratuba – SE, 2010.


JAPARATUBA - SE: 153 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA


Breve Histórico


Os primeiros povos a habitar esse município foram os indígenas, entre eles o cacique morubixaba Japaratuba, que habitava junto com a sua tribo a margem esquerda do Rio Japaratuba mirim, no lugar denominado Canavieirinhas, cujos domínios iam do Rio Siriri até o Rio Poxim do Norte, que, por sua vez, é confluente do Rio São Francisco.

A conquista do território de Japaratuba ocorreu sem nenhum derramamento de sangue. Em 1590, o conquistador Cristóvão de Barros chega às terras de Japaratuba, após várias batalhas com os caciques sergipanos Serigy, Surumbi, Baepeba e Siriri. O conquistador encontrou o cacique Japaratuba no sítio do já falecido cacique Siriri. Japaratuba apresentou-se a Cristóvão de Barros acompanhado por 12 índios armados com arcos e flechas e ornamentados com os aparatos de seus costumes. A intenção do cacique era pedir paz. Após rituais indígenas que foram repetidos pela comitiva de Cristóvão de Barros, todos foram à aldeia do cacique Japaratuba e lá seu irmão cacique Pacatuba também se rendeu, sem derramamento de sangue.

Em 15 de julho de 1623, as terras que ficavam "entre o Rio Sergipe e o Rio Japaratuba" foram repassadas para Bernardo Corrêa Leitão, Francisco Souza e Antônio Fernando Gundatre. No ano de 1691, o capitão Pedro Barbosa Leal e Paulo de Matos receberam a mesma sesmaria. Após a conquista do território do cacique Japaratuba, a aldeia foi vítima de perseguições por parte dos primeiros brancos que se instalaram na região e, em 1695, os descendentes do cacique Japaratuba foram expulsos do território em que habitavam. Em 1698, alguns frades, entre eles o frei Antônio da Piedade, tentaram catequizar os índios. Não obtendo sucesso, partiram de volta para as terras localizadas ao sul e ao centro de Sergipe. Cinco anos depois, sob requerimento do frei Antônio da Piedade, os índios conseguiram retornar às suas terras. Mas foi por volta de 1704 que os religiosos da Irmandade dos Carmelitas Calçados, liderados pelo frei João da Santíssima Trindade, chegaram àquelas terras.

Naquele mesmo ano, uma epidemia de varíola obrigou os índios a abandonarem o lugar de origem. Com isso, os carmelitas tiveram mais acesso aos índios, mas o surto obrigou todos a se mudarem para um lugar denominado Alto do Lavradio ou do Borgado. Com a transferência, a Coroa arrematou o terreno. Foi por isso, então, que surgiu o nome Missão de Japaratuba.

Sob o comando do frei João da Santíssima Trindade, os frades fundaram a Missão dos Índios e o Hospício dos Carmelitas de Japaratuba, cuja padroeira era Nossa Senhora do Carmo. Na parte mais elevada da colina foi construída uma igreja em homenagem à santa, que mais tarde teve o seu nome substituído pelo nome de Nossa Senhora da Saúde. A mudança certamente foi a tradução de um brado de socorro enviado à Virgem Maria contra as moléstias.

A presença dos frades fez com que a localidade ficasse conhecida nas redondezas pelo nome de Missão de Nossa Senhora da Saúde de Japaratuba. Em 1824, com a ascensão em Portugal do Marquês de Pombal, os carmelitas foram expulsos das colônias e a Missão de Japaratuba ficou sem aqueles que promoveram o cultivo da terra e a assistência educacional e religiosa.

O convento ficou abandonado e o hospício foi transformado em cemitério, permanecendo nessa condição até 1924, quando foi construído um novo cemitério. Atualmente, no local restam apenas ruínas da parede do fundo da igreja e do convento. Com a extinção da missão dos carmelitas, os indígenas foram desaparecendo da região. Os poucos que restaram mudaram-se para as terras do cacique Pacatuba.

Desde o início da formação do município, diversos engenhos foram construídos em volta da Missão de Japaratuba, motivo pelo qual recebeu um grande número de escravos. Segundo o historiador Felisbelo Freire, o atual município de Japaratuba chegou a ter mais escravos do que homens livres. Abrigou também um dos mais importantes quilombos de Sergipe, hoje conhecido como povoado Patioba. Flor da Murta, Bury, Palma, São José, Oiteirinhos, Riacho Preto, Boa Sorte, Timbó, Cruz, Tabua, Saquinho, Tobo, Cabral, São João, Soledade e outros engenhos tornaram Japaratuba um dos principais produtores de açúcar da Província de Sergipe D'El Rey.

No século XIX, Sergipe contava com dezesseis vilas e nove povoados, entre eles a povoação da Missão de Japaratuba. Em 1811, essa localidade foi considerada distrito administrativo da Comarca de Capela. Em 27 de junho de 1854, Japaratuba foi elevada à condição de freguesia. Cinco anos mais tarde, precisamente no dia 11 de junho de 1859, pela Resolução Provincial de nº 555, assinada pelo presidente da Província de Sergipe D'El Rey, Inácio Joaquim Barbosa, a freguesia de Japaratuba foi elevada à categoria de vila, tornando-se, ao mesmo tempo, município independente de Capela.

Em 24 de agosto de 1934, pelo decreto-lei de nº 238, do então interventor federal coronel Augusto Maynard Gomes, a sede do município é elevada à categoria de cidade, ao tempo em que é transformada em Sede de Comarca, abrangendo os termos de Carmópolis e Japoatã. Em 1963, o então povoado de Pirambu se tornou independente do município de Japaratuba, passando também a ser comarca desse Município..

Disponível em: http://www.emdagro.se.gov.br/modules/wfdownloads/visit.php?cid=1&lid=233










Hino de Japaratuba
Letra e Música: Roberto Becker


Nasceu as margens do, Japaratuba
O povoado foi crescendo mais bonito
Com as bençãos da Senhora da Saúde
Com o amparo e graça de São Benedito

Parabéns, 11 do mês de junho
Nesta data expressiva e tão bela
O seu povo canta ao ver Japaratuba
Com orgulho desmembrando de Capela

Nasceu....

Sua gente é de raça guerreira
Descendente do irmão Pacatuba
Sou feliz, sou natural do município
Glorioso torrão de Japaratuba

Nasceu...

Suas terras dão produtos mais fortes
Verdes campos engrandecem sua área
Caminhando forte vai Japaratuba
Aumentando a agricultura e pecuária


sábado, 9 de junho de 2012

AVALIAÇÃO DO EXPOSITOR DA POESIA SERGIPANA


 XVI FESTIVAL DE POESIA FALADA POETA GARCIA ROSA - Japaratuba-SE


  
ANÁLISE CRÍTICA (Vários estilos) 

Todos os poetas e poetisas estão de parabéns, entre perder e ganhar o melhor num é nem participar, é divulgar... O que dizer daqueles que vivem a escrever como se a pena fosse a primeira saída? 16 anos de Festival, mais de 14 de poesia, não uma por ano (...de escrever para festivais), mas várias que se enlaçam e enchem o coração preenchendo as páginas do livro que poucos querem ler!
Vi, pela primeira vez, um mundo escondido atrás dos holofotes, indecifrável, inerte, conivente...! Nessa novela onde o ator é mais importante que o personagem, temos que ter cuidado com a mídia que expõe a dramaturgia, pois o espectador  está extasiado perante um universo de desejos e aspirações inconscientes.
Não é só prefência pollítica, religiosa e futebolística que se não se discute; arte também não. Não cabe julgar qual a pior ou a melhor, pois os requisitos em questão fogem do mero ato de cantar...!
Dizem que quem ri por último, ri melhor! Mas, não é só isso. É preciso saber cantar...! E essa mania de ser  poesia tudo o que está escrito em verso é uma metáfora empírica. O modernismo desmontou esse perfil e jutou os pedaços da poética em versos livres, monossílábicos e bárbaros...!
Até parece que ontem foi o meu despertar poético... Saibam todos que esse meu cantar vem desde menino - cheio de quimeras e com um modelo de vida ideal, utópico, mas ciente de sua realidade perante o mundo cruel.
Foi preciso fazer parte para ter uma credencial maior ao falar de mim mesmo... Falar de poesia, dramaturgia, paixões populares. Cada poema (obra em verso) ora apresentados, ora lidos, ora declamados, ora interpretados, ou produções cênicas, diga-se de passagem, foram mercadorias do universo literário, cheio de artistas, poetas e poetisas.
Esse acontecimento, o êxtase dos que escrevem com a alma, é um documento histórico, testemunha de uma realidade nua e crua do qual cada um irá guardar como "o era para ser e não foi" e um "quase ser" o espírito para um dia após o outro...!



                                          1º Lugar - Clique na imagem para ampliar.


 
 ANÁLISE DOS RESULTADOS


És o mistério dos festivais... (Artes Cênicas). Essa fusão de Poesia com Artes Cênicas gera isso, o poema-status.

16º Concurso de Poesia Falada de Japaratuba

Com o objetivo de divulgar o potencial artístico e poético do povo japaratubense e cidades sergipanas, o governo de Japaratuba realiza mais uma edição do Festival de Poesia Falada Poeta Garcia Rosa. Na sua 16º edição o concurso de poesia já é uma referência no estado sergipano, pois proporciona o intercâmbio entre poetas do município e de outras cidades circunvizinhas.
Para o concurso Poesia Falada de Japaratuba Poeta Garcia Rosa, poderão participar todos os poetas sergipanos com uma, duas, ou até três poesias inéditas, Para o evento uma comissão escolherá os trabalhos concorrentes. Serão escolhidos 16 trabalhos que serão apresentados pelos seus autores e interpretes, onde um corpo de jurados escolherá os vencedores das categorias. Com mais de cinco mil reais em prêmios, além de troféus e medalhas, serão contemplados os cinco primeiros lugares,  como também o Melhor Interprete , Produção Cênica e Juri Popular.
por Secom/Japaratuba
O espírito do Festival foi cumprido!? - falar poesias...! 

 QUAL SERIA A CLASSIFICAÇÃO?POÉTICO-INTRÍNSECAMENTE FALANDO...!  

O 5º Lugar: REINVENÇÃO -  Escrever poesias é isso: reinventar, tornar novo o velho (eterna novidade)...;
O 4º Lugar: APELO -  A poesia, apesar dos festivais da vida (mercado), é uma peça rara, não há consumidores ávidos pela leitura, pela fruição;
O 3º Lugar: POETAR, SIMPLESMENTE POETAR - Não há mais nada além de poetar, cada coisa no seu lugar, cumprindo seu papel. O que vier fora disso não é legítimo;
O 2º Lugar: ETERNIDADE - O que é bom não se acaba... Não tem fim, a arte imortaliza...
O 1º Lugar: DE PAI PARA FILHO: DESDE 1912... - Um grande artista celebrado por seu centenário. A trajetória de um grandes nomes imortais.  É a reinvenção, apelo, simples poetar, eterno, de geração em geração.

E a Produção Cênica? OS ATORES DESSA NOVELA...

Melhor Cenário - DE PAI PARA FILHO: DESDE 1912... Trata-se de trazer para o palco todo a identidade de um povo, sem artificialismo, o mandacaru, a carqueja, a planta brava, a cabeça-de-frade... O grande sanfoneiro disse: 
"...Minha sanfona minha voz o meu baião
Este meu chapéu de couro e também o meu gibão
Vou juntar tudo dar de presente ao museu
É a hora do Adeus
De Luiz rei do baião"


Realmente, ficou tudo pro museu...

MELHOR INTÉRPRETE:  DAVI (Revelação) - Representou o espírito jovem de Luiz Gonzaga...
 
JÚRI POPULAR: Não se sabe ao certo, independente do divulgado como oficial, os olhares atentos ao público percebiam BIDU E DAVI... 

ESTE É APENAS UMA MERA ILUSTRAÇÃO SOBRE O QUE É O CENÁRIO ARTÍSTICO DE JAPARATUBA EM DIAS DE FESTIVAIS...!

Parabéns aos vencedores, confira aqui o resultado oficial