quinta-feira, 18 de junho de 2009

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sábado, 13 de junho de 2009

Os jovens e a sexualidade - INICIAÇÃO SEXUAL

Esse assunto tem me chamado muito a atenção. O mundo pós repressão sexual está bastante empolgada com a idéia da liberdade sexual.
Atualmente, a maioria dos programas educativos e palestras sobre sexo e sexualidade só atentam para dois únicos assuntos: DST e gravidez precoce ou indesejada.
Compartilho o pensamento moderno da não repressão, porém com responsabilidade e segurança. O sexo é uma criação divina e por isso deve ser bem utilizado.
Sou jovem e o meu corpo pede, o desejo sexual me inclina a querer as mulheres para curtir, pegar, ficar, transar, namorar. Por causa do corpo, o nosso pensamento não prevê as consequências finais.
Se a iniciação sexual só ocorresse no seu devido tempo, todos esses problemas não existiriam. A virgindade, hoje tema banal, seria a porta para aniquilar de vez essa realidade moderna. Esse é o preço da liberdade sexual.
O casamento sim é a liberação para as atividades sexuais. O matrimônio, hoje, ainda é uma saída para a desilusão dos prazeres carnais, da promiscuidade. Mas, quando o casamento chega o indivíduo já manteve relações sexuais com inúmaros (as) parceiros (as).
Enquanto a sociedade tratar a sexualidade como uma opção social, discriminatória ou não, problemas como prostituição, DST e gravidez precoce ou indesejada jamais serão resolvidos.
O que precisa é reeducar a nossa sociedade. A reação à repressão foi longe demais. Usar camisinha resolve o problema...? A camisinha evita tudo isso, mas, não impede que as pessoas se desiludam com seus relacionamentos e fiquem magoados por causa do sexo, da entrega do corpo, da paixão (confundida por amor).
Para curtir a vida (...no presente...) esquecemos nosso passado e não pensamos no futuro. Usar camisinha é a solução até que a insatisfação com a vida nos prove o contrário!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

5º Tema de CANTOS ORIGINAIS

CANTO V
Do amor verdadeiro

Só sabe o que é amor
O ser que ama e que padece,
Amar é para quem conhece
O que é a essência do amor
Confundido com o sexo, a paixão
Com o desejo, o prazer e a ilusão!

Amar não é namorar, já disse,
Com palavras doces e cruas
A mãe ama, o pai ama,
O irmão e até o amigo,
Homem ou mulher, animais,
Amantes e amigos são iguais
Pois, o amor é o mesmo
Só falta medir a intensidade
Porque nutridas de amor
Amamos por toda eternidade.

O bem estar do outro
A vida feliz que eu puder dar,
É disso que vive o amor
E muitos dizem só gostar
Ou com desejo pelo corpo
Dizem que estão a amar.

Se digo amo a um amigo,
Do sexo masculino ou macho
Talvez seja motivo de piada,
Comentários sórdidos, risada
Enquanto que a mulher dar um fora
Para ela não existiu nada!

E ainda, digo, como se fosse cantiga
E se amigo namorar a amiga?
Existe o verbo “se apaixonar”
E se digo “se amar”?
Ou estou apaixonado, ou amando
E se amo posso ou não namorar
Depende da paixão, do desejo
Do espírito a combinar!

Amar é querer bem e não o corpo
A nudez ou o toque físico.
E não diga fazer amor,
Nem se apaixone ou jure
Tampouco dizê-lo que é chama
Ou que “seja eterno enquanto dure”.

Diga amo porque quero o bem
Da pessoa amada, homem ou mulher
Ou que seja só da amada
Tão bela o quanto se quer
Mas, que seja tão puro e suave
Como uma fonte de fé
Mesmo que pareça irreal,
Não existe amor terreno
Carnal, erótico ou coisa assim
O amor é puro e ideal
E a solidão não é o fim.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

4º tema de CANTOS ORIGINAIS I de F. J. Hora

CANTO IV
Do casamento

É mais que uma cerimônia
Casar é fundir nossas almas
Com seres que complementam
O nosso vazio da razão,
É mais que uma questão pessoal
E para mim significa muito além
Na igreja e no cartório também
Não é mais que a união carnal.

Vejo o casamento contratado
Como se fosse um negócio
Que se inicia com um contrato
E que finda com o divórcio
Quebrando os laços familiares
E abalando os maternais.

E ainda mais o macho
Que a mulher tanto preza
Usa-a e ela a ele se entrega
E se um deles se nega
O casamento não é consumado
E se por isso não estiver casado
Recorrerem a uma lei cega
Da repressão e pura ilusão
O casamento é um compromisso
É uma eterna união.

Quando dois corpos se unem
Daí conclui-se o seu estado
De uma família em construção,
É um lar, é um ninho,
É o ser humano em formação,
É uma nova instituição
Uma experiência universal
Para do mundo a povoação.

Sendo assim, o que é casar?
Talvez o mundo dê outra impressão
Por causa da visão sexual
Da busca do prazer carnal.
Talvez ao casamento não aconteça
Nem na igreja, nem no cartório
Mas, no leito conjugal.

terça-feira, 9 de junho de 2009

CANTOS ORIGINAIS I de F. J. Hora

CANTO III
Da virgindade

Ser virgem, pura ou coisa parecida
Está mais no espírito que na carne
Como se fosse um mal, mas, não é
Não está no hímem, está na mulher
Que não sabe o que é maldade.

O mundo é machista
Assim pensa macho e fêmea
Numa só veia naturalista
E por mas que eu desminta
Criticando com a norma feminista
A mulher aceita, mais que a morte
E mesmo procurando a sensibilidade
Dá mais valor à virilidade
E à lei do mais forte.

Daí que prefiro a virgem
Que só terá por comparação
Um só corpo, uma só carne,
Um só homem, um só espírito
No seu estado de conjugação
Que se casa por amor
Ou por sexo ou por convenção.

A virgindade é um critério
É um estado de autenticação
Da vida em sua plenitude
Do amor, virtude e contemplação;
É um dom natural do ser
Que a mulher e o homem têm
Como chave para os seus destinos
Tanto para o mal como para o bem.

Ser virgem é não ter
A carne em sofrimento eterno
Da luta entre os dois planos
Da nossa alma, do nosso ser.
Perde-a quem se descobre
E abre-se para o prazer,
Não a perde quem descobre
A união correta com outro ser.

A virgindade é um tesouro
Para a riqueza da vida
De ações puras e desinteressadas
Que sem virgindade não há
Ou mesmo que haja
Raras mulheres, homens
Que abominam a lei do mais forte
Em favor da vida fraternal
Unida em leito conjugal.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

CANTOS ORIGINAIS I

CANTO II
Da condição Feminina

Tão importante para o homem
Este ser vivo, instinto animal
Na lei da selva, do macho.
É a mulher que de sorte
Confunde-se em sua identidade
Por causa do macho mais forte.

A mulher companheira, parceira
Ligada à carne e não ao ideal,
A mãe, tão sagrada da lei
Que se ama dá a vida;
Isso eu bem sei.

Fora a isso o mais que conheço
A prostituta, a interesseira, a devassa,
Mulher da vida ou em desgraça
Adúltera, inconsequente e vil,
Amantes crônicas do sexo servil
Que por muitos desprezadas
Outras, por natureza cortejadas
Tão intensas no nosso Brasil.

A mulher terna e doce
Que é como se fosse
A mulher perfeita e ideal
Virgem e cheia de ternura
Livre do excesso carnal,
Está guardada no inconsciente
E por ela o homem inteligente
Chora, geme sem sentir dor
Mas, a receita está no amor
E não no sexo, nem na aventura
Como uma seda fina é a mulher
Tão alva que qualquer coisa mancha
Terrivelmente em nossa cultura.

Mas, se no plano de Deus,
Que talvez o homem foge
Dando-se à fama de garanhão
Se a mulher sai do seu lugar
Que é feito para a recepção
Quem sabe nada fosse piorar
Ou que perdoasse o erro
Sem entregá-la ao desprezo
Da sua vil decisão
O mundo fosse uma família
Onde reinasse o amor eterno
Não esse que visa o leito
Mas, o verdadeiro, natural e fraterno.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

quarta-feira, 3 de junho de 2009

VÔO AF 447

A fragilidade da vida é um dos temas bastante discutidos na arte. A literatura está repleta de nostalgia e de emoções de inúmeros eu-poéticos. Nessa segunda-feira acordamos diante de um acontecimento, talvez normal, que pela distância física, muita gente ignore ou demonstre um pesar (de praxe) por educação pensando que isso só acontece com os outros.
Já aconteceu com você, perder um amigo, irmão ou parente...? Claro. Tragédias vemos, dores assistimos até que um dia (...Deus me livre...!!!) acontece com a gente...
Não ligar para o próximo é egoísmo, pois o próximo pode ser você!
AQUI VAI O MEU PESAR E A MINHA SOLIDARIEDADE A TODOS AQUELES QUE FORAM AFETADOS POR ESSE ACIDENTE.

Tema de Hoje: A BUSCA DO EU

Esse é um espaço para a publicação dos poemas pensadoristas da obra CANTOS ORIGINAIS I de F. J. Hora.


CANTO I
Em busca do eu

O corpo em mim deseja
Mas, o espírito está frustrado
E assim olho para o meu estado
E vejo o que em mim sobeja,
É um sentimento desumano
Uma busca intensa, precaução
Enquanto o corpo vive a ilusão
O espírito cai logo em desengano.

Tão perplexo fico e com medo
De mergulhar no desconhecido
Um mundo aparente escondido
Obscuro e cheio de segredo,
São os problemas da alma
Mas, ainda quem me acalma
É ver a luz do dia logo cedo

Porque vejo a vida renascer
Um novo dia ali surgir
E o que me dá mais prazer
É com a natureza interagir.

Um súbito desejo sai da carne
Pela carne que ardente vejo
Tão intenso querendo devorar
E o espírito então, no ensejo,
Sente a essência palpitar
Pelo olhar, pelo jeito,
Que venha a lhe completar
E logo a ilusão carnal
Cai por terra sem satisfação
Desejando tão grande emoção
Da força viril e animal.

Logo eu que tanto prezo
O amor verdadeiro, único,
Para todo o sempre, eterno,
Sinto-me invadir a paixão natural
E os sonhos de uma vida
Parecerem coisa anormal
Sem sentido o mundo meu
Vejo o destino fatal
Da busca eterna pelo eu.

Este poema também foi publicado em: http://carlarivera.blogspot.com/.

COMENTÁRIOS

1. Segundo o poeta, o que é que o incomoda gerando essa crise de identidade?
2. O que o autor quis dizer com ver a luz do dia logo cedo?
3. Na terceira estrofe o eu-poético diz lutar contra a força viril e animal. Por quê?
4. O que torna fatal a busca da identidade?