A Burguesia são donas dos meios de produção: indústrias, máquinas, equipamentos e, principalmente, o capital. Já o Proletariado, esse só tem a mão-de-obra para vender. Resumindo, o trabalhador produz a riqueza, mas, só fica com o excedente, a remuneração, geralmente, um valor fixado pelo governo ou um piso salarial definido pela classe representativa, se tiver.
Para evitar a revolução socialista, foram criados os "direitos trabalhistas", direitos esses conquistados que, gradativamente, a Burguesia através do Poder Político e Econômico vem retirando e levando o proletariado à exaustão física e mental. O grande sonho do capital é controlar o governo para que o Estado não intervenha na economia e abra as portas para a livre negociação, ou seja, ou o trabalhador aceita as condições do patrão ou fica desempregado.
Poucas profissões conseguem manter um padrão econômico autossuficientes como é o caso dos profissionais da área da Construção Civil, Medicina e do Direito. No geral, são os compradores quem ditam o preço e não os vendedores que por conta da necessidade, acabam "negociando" de forma desigual favorecendo os oportunistas.
Oportunistas são aqueles que acumulam riquezas e esperam o fracasso das pessoas e das empresas para adquirem bens e patrimoônios já construidos e beneficiados a preço baixo e lucrarem mais ainda. Geralmente, pessoas que lutam para construir e realizar seus sonhos, mas, numa crise precisa se desfazer de tudo o que construiu ao longo da vida.
Pesquisas revelam que há um "adoecimento mental" por causa do desmonte das políticas públicas de proteção trabalhista, crise essa aprofundada nos governos Temer e Bolsonaro. Por isso, não há como defender a exploração capitalista articulada pelos bancos, empresas e investidores famintos por lucros.
Capitalismo é isso: minimizar os custos e maximizar os lucros. Mas, para que isso aconteça alguém tem trabalhar mais e outros ganharem menos. O 1º de Maio, precisa não só ser um feriado, mas, um dia de luta e de aprendizagem. Precisamos recuperar nosso poder de indignação perante as injustiças e desigualdades sociais.
E há outra saída a não ser o trabalhador vender sua mão obra (geralmente barata)? Sim, a união dos trabalhadores, a luta sindical e o fortalecimento dos movimentos sociais. Há o cooperativismo que é um meio de produção onde o lucro é dividido para todos e não só para algumas pessoas. É uma alternativa para acabar com a figura do "dono", pois, na cooperativa todos são donos das máquinas, equipamentos, da produção e do lucro.
Outra saída é o investimento maciço em Educação, principalmente uma que estimule o espírito científico, a reflexão filosófica e a produção cultural, como é o caso do ensino superior. Atualmente, a intelectualidade e a ciência estão em desconstrução pelos apoiadores da extrema-direita, o que representa um enorme perigo para as futuras gerações que serão manobradas pela indústria de massa, pelo consumismo e pela depressão.
Hoje, a grande preocupação é com a economia, principalmente inflação e desemprego. Mas, se a cada dia que passa o trabalhador entrega o poder de decisão nas mãos dos patrões como querem que não haja carestia e mais trabalhos e menos direitos?
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