AÇÃO E REAÇÃO: BRASIL REAGE E PEDE PUNIÇÃO EXEMPLAR PARA ATOS DE TERRORISMO

Invasões em Brasília. 08/01/2022 Crédito: Getty Images 

Segundo a  terceira lei de Newton: "a toda ação corresponde a uma reação... ". Pois bem, o Brasil que assistia passivo os atos antidemocráticos desde o resultado das eleições de outubro do ano passado chegaram ao limite nesse domingo (08). O estopim para que o bolsonarismo fosse definitivamente classificado como criminoso, golpista, terrorista e antidemocrático foram os ataques terroristas às sedes nacionais dos três poderes em Brasília.

Ficou evidente a conivência tanto do governo distrital como da polícia local e, claro, uma falha do novo ministro Flávio Dino. O governo Lula trouxe de volta a tolerância, a humanidade e, principalmente, a democracia. Porém, de agora em diante, sabemos que os golpistas são capazes de praticar o terrorismo contra o patrimônio público e contra a democracia, portanto, são crimes imperdoáveis, uma vez que se trata de interesses do poder econômico que financiam os crimes.

Todo o discurso patriótico foi enterrado e a gora eles serão sempre lembrados e registrados na história como golpistas e terroristas. Criminosos e traidores da pátria. Tudo isso, fruto de uma onda antidemocrática que tomou conta do Brasil desde o golpe de 2016, se consolidando com a eleição do agora ex-presidente de extrema direita. 

É reconhecido mundialmente que Bolsonaro é o mentor intelectual e ideológico desses atos de domingo, por conta do seu discurso contra o sistema eleitoral, atando diretamente a democracia brasileira. O país exige punição exemplar para o ex-chefe de estado e de quem o apoia no quesito antidemocracia e terrorismo.

Muitas fake news foram disseminadas contra a esquerda, inclusive sobre o comunismo (que nunca houve no brasil), mas, agora o Brasil e o mundo sabe que os verdadeiros terroristas, antidemocráticos e golpistas são esses facínoras da extrema-direita, considerados a "ala radical" do bolsonarismo, ou seja, aquela galera que toca o terror por causa do ódio e do ressentimento. 

Agora, não há mais dúvidas. O bolsonarismo é um mal devastador, uma doença maligna, e precisa ser banido. Seus mentores e apoiadores têm que serem punidos exemplarmente para que atos como esse não se repitam. E, de agora em diante, os governantes devem investir maciçamente em educação e cultura e reeducar e recivilizar a sociedade para que os nossos jovens cresçam no amor, na paz e na democracia. 

O afastamento do governador distrital Ibaneis Rocha e a intervenção federal devem ser apenas o começo das punições para o terrorismo sofrido pela democracia brasileira e pelos cidadãos que pagam seus impostos e que trabalham honestamente para terem dignidade. 

Que esse Brasil antidemocrático e terrorista  seja para nunca mais. A nossa luta não pode ser em vão. A democracia vai continuar a reinar no país. Que os atos de domingo sejam o clímax de uma tragédia bolsonarista que chega ao seu desfecho derrotados pela democracia. 

ANO CULTURAL MESTRE GIBRAS JÁ DÁ SINAIS DE FRUTOS EM 2023

Gibras torna-se imortal. Na foto, o poeta Jota Erre e Bomfim Alzirarts. Crédito: Gilberto dos Santos

Como diz um lugar-comum, "é público e notório" que a aprovação do Ano Cultural Mestre Gibras deu fôlego novo aos fazedores de cultura de Japaratuba. Gilberto foi o intelectual partidário sem partido. Paradoxal, não acha? Pois é, isso quer dizer que ele sabia equilibrar sua militância política com as amizades e com as pessoas em geral. Foi pai do controle social, da cultura e dos jovens artistas e aspirantes as artes em geral.

Gibras além de ser um dos fundadores do Conselho Municipal de Políticas Culturais - CMPC, foi fomentador e incentivador cultural. Incentivou artistas locais a participarem do festival de poesias, mesmo diante das controvérsias em relação ao formato (cênico) que deixava muitos poetas insatisfeitos com os resultados.

A criação de projetos de difusão cultural como o Poetas em Foco, Ajamusa (Associação Japaratubense de Músicos e Afins), publicação de antologia de poetas japaratubenses, formação de um grupo de artistas, dentre outros. E ainda tinham os eventos mais reservados como os saraus e os bate-papos regados a vinho e tira-gostos.

Em 2014, a movimentação cultural teve um grande impulso após a publicação do primeiro livro do escritor japaratubense Flávio Hora, chegando a criar a primeira editora da cidade e publicar o seu segundo livro, seguido por Gibras que publicou Reminiscencias e por Jota Erre que publicou Oceano de Ilusões, todos pela editora JHS Publicações. 

Os poetas Jota Erre e Flávio Hora participaram da IV Bienal do Livro de Itabaiana em 2017, Gibras participou em 2019, da quinta edição já com suas duas obras publicadas. 

Outra movimentação do setor literário foi o movimento pró academia, iniciados por Claudomir Tavares, Liu Poetisa, Flávio Hora e Périclys Rocha, este último Secretário de Cultura de Japaratuba, culminando com a instalação da Academia de Letras, Artes e Ciências em 2019.

Em todos esses movimentos e eventos, Gibras sempre foi de fundamental importância, não só por ser poeta e escritor, mas, pela seu amor à poesia e a cultura, sendo condecorado posteriormente como membro imortal da academia. Com o seu falecimento em 2022, os artistas e fazedores resolveram homenagear o Mestre com o movimento Pró Gibras pedindo a instituição do ano cultural. 

Diante de tudo isso que Japaratuba viveu e muito mais fatos não citados aqui é que os artistas e intelectuais viram uma oportunidade de resgatar os anos culturais e manter viva a memória do pai dos conselhos e da cultura contemporânea de Japaratuba.

Ativistas e artistas como Everton da Capoeira está otimista com a nova realidade cultural, ele se destaca no maculelê e na capoeira. Já o ativista Bomfim da Capoeira também está conectado com o ano cultural, propondo ações de destaque da vida e obra de Gibras, como: Bloco Afro Cultural VIVA GILBERTO, Rua da Arte, Poesia e Cultura VIVA GILBERTO.

Outros setores estão se movimentando para tornar de fato e de direito uma entidade representativa que garanta políticas públicas como a Lei dos Mestres e que valorize a cultura e todos os folcloristas e brincantes. 

E tem novidades sobre a gestão de Cultura. O CMPC realizará dia 12 de Janeiro de 2023 um novo Fórum Municipal de Cultura, pois o coletivo da última reunião extraordinária decidiu cancelar o fórum realizado no último dia 22 de Dezembro. 

2023 promete muitos frutos. E você, já está ansioso pra ver? Vamos futucar?

LULA ASSUME A PRESIDÊNCIA: REDEMOCRATIZAÇÃO E RECRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DA CULTURA

Luiz Inácio Lula da Silva assume pela 3ª vez a Presidência da República e torna-se o 39º Presidente do Brasil 

Há quem diga que o período que correspondeu ao mandato anterior (2019-2022) foi um dos melhores. Claro que só um bolsonarista e/ou um antipetista diria isso. Entre outros desserviços ao país, três  consideramos como piores: a desdemocratização, a extinção do Ministério da Cultura e o negacionismo (que causou o genocídio).

A desdemocratização já vinha sendo construída desde o golpe de 2016 que destituiu a ex-presidente Dilma Rousseff e se consolidou com a eleição do agora ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro. Uma grande parcela da sociedade absorveram o antipetismo, antissocialismo, neofascismo e neonazismo incentivados pelo discurso autoritário e alusivo à violência do seu "Mito" e isso vem causando um estrago sem precedentes na história do Brasil como os atos antidemocráticos após o resultado do segundo turno das eleições presidenciais.

A extinção do Ministério da Cultura, criado em 15 de março de 1985  e em 1° de janeiro de 2023 (recriação) foi extinto em 02 de janeiro de 2019 (33 anos) e isso é imperdoável pelo retrocesso na  luta sócio-cultural do país. Mas, também foi transformado em Secretaria no Governo Collor e revertido no governo de Itamar Franco. Dois governos que causaram danos morais, econômicos e sanitários ao país. 

O negacionismo foi "a cara do governo" depois de caída a máscara. Não foi surpresa para quem já o conhecia. O fato é que o ex-presidente zombou das vítimas da covid, atrasou a vacinação e não deu exemplo ao negar-se a tomar a vacina, estimulando os setores conservadores da sociedade a questionar os órgãos nacionais e mundiais de saúde e até mesmo o processo eleitoral.

A vitória de Lula e a sua posse consolidaram o retorno da democracia, a volta do ministério da cultura e de um estadista que tem histórico de luta social e trabalhista, combate à fome e, incentivo à cultura. A missão do atual presidente é pacificar e recivilizar o país que vem de um governo que disseminou o ódio e a fake news, que suas ações resumiram-se a uma única palavra: desastre político. 

Com a recriação do Ministério da Cultura renasce a esperança de um país sem armas, com mais livros, educação e esperança para os nossos jovens. Renasce também a democracia que estava sendo pisada pelo discurso autoritário e anticonstitucional do ex-presidente de extrema-direita.

Quem entregou a faixa presidencial foram o "povo brasileiro" representados pelos negros, índios, crianças e demais setores da sociedade. Foi um gesto histórico que mais uma vez deixou claro a fraude que foi o governo do antecessor, pois, o mesmo fugiu para os EUA na véspera da posse.

A posse de Lula também trouxe de volta o orgulho nacional com a recuperação da nossa bandeira que foi usurpada pelo movimento antidemocrático dos bolsonaristas. Agora sim, podemos ostentar o pavilhão nacional sem ser confundido com um antipetista. 

O Brasil vive um novo capítulo: a redemocratização! Agora é hora de concentrarmos nossa torcida e energias positivas no novo governo e cobrar, fiscalizar e participar como cidadãos conscientes.