terça-feira, 7 de setembro de 2021

DEMOCRACIA EM RISCO: Defesa do líder e massacre dos pequenos

 


Atos pró-Bolsonaro não representam a luta por um Brasil melhor, nem por um país livre da corrupção. Representam o enaltecimento do autoritarismo e do ataque à democracia, ou seja, o fortalecimento de um projeto golpista.

Ao invés de lutar por educação, saúde e condições dignas de trabalho e de moradia, algumas pessoas preferem  lutar para manter no poder o maior símbolo da opressão capitalista, um governo neofascista sustentado pelo antipetismo, antissocialismo e antiintelectualismo. 

Qual o motivo principal para "amar" Bolsonaro? Um ódio infantil ao PT, partido que governou o país por 12 anos e uma liberação consciente dos sentimentos de machismo, sexismo, autoritarismo e amor a ditadura militar. Essa é a explicação mais cabível para o bolsonarismo.

E os atos de 7 de setembro? Data histórica usada por Bolsonaro como pano de fundo para seu próprio benefício através da convocação de seus apoiadores para "protestos". Isso significa desespero perante o seu fracasso como gestor máximo do país e como aquele que deveria unificar o país ao invés de alimentar o ódio e de atacar as instituições democráticas. 

É público e notório que o que elegeu Bolsonaro foram o antipetismo (aversão pelo PT), disseminação de fake news e a prisão do ex-presidente Lula. E é por esses mesmos motivos que o atual presidente pressente sua derrota em 2022 com a liberação dos direitos políticos de Lula. Só lhe resta alimentar o ódio contra o PT e enaltecer o falso patriotismo, o falso amor a família, e a falsa luta contra  a corrupção. E em último caso, a tentativa de derrubar a democracia para se manter no poder.

Com o golpe de 2016 e a saída da presidente Dilma, em momento algum houve ameaça de ruptura, nem de derrubada da soberania das instituições democráticas como querem fazer agora os bolsonaristas com medo de que seu líder não saia vitorioso das próximas eleições. Isso sem falar na possibilidade de acontecer um impeachment - fato esse que não depende exclusivamente das ruas e sim das elites que vivem das benesses do poder.

Enfim, os atos pró-Bolsonaro só demonstram o isolamento político do presidente, pois, os seus apoiadores fazem vistas grossas aos problemas da nação como inflação alta, desemprego, fome, falta de saúde e de segurança e falta de investimentos em ciência e educação. O governo não consegue reagir porque não sabe o que fazer, nem como fazer, está apegado em questões da manutenção do poder como voto impresso, fim das medidas de enfrentamento ao novo coronavírus e fechamento do STF. 

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