segunda-feira, 29 de junho de 2020

A CONTADORA E O POETA: Lançamento será em 22 de Julho de 2020

A Contadora e o Poeta, divulgação.



O livro A Contadora e o Poeta, é um romance de autoria do escritor F. J. Hora, se passa em uma universidade particular da capital. Um grupo de amigos vivem experiências inusitadas por conta da presença de um poeta no curso de contabilidade.

O ano inicial é 2012, estendendo-se até 2016 com o recebimento da carteira de identidade profissional.

Toda a narrativa é construída por diálogos em sms, redes sociais ou mensageiros instantâneos e encontros na faculdade.

Karen se encanta pela personalidade intelectual e marcante do poeta, apesar do conflito de ideias e de estilo.

O lançamento acontecerá dia 22 de Julho através de vídeos (trailer e live) e propagandas nas redes sociais, às 20 horas.

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E-mail: fjhora@hotmail.com

segunda-feira, 22 de junho de 2020

ENTREVISTA: Rafaela Teles fala sobre cultura, política e religião



As vésperas do São João, nosso blog dialogou com Rafaela Teles, a mais jovem ativista sócio-cultural da cultura negra em destaque. Vamos conhecer um pouco da sua biografia e saborear a entrevista.


Rafaela Santos Teles Vasconcelos (Japaratuba, 19 de novembro de 1984), é uma mulher preta, empreendedora, Japaratubense de alma leve, militante, ativista social e cultural, artesã e microempreendedora individual. Filha de José Almeida dos Prazeres Teles (mais conhecido como Dézinho Taxista) e Maria Eulália Santos (mais conhecida como Moça da saudosa Benedita). Nasceu no município de Japaratuba, de família pobre, estudou em escolas públicas, graduou-se em licenciatura plena em Ciências da Religião pela Universidade Federal de Sergipe é graduanda em Serviço Social e pós graduanda em História e Cultura Afro brasileira. Destacou-se por sua luta cultural e social, sua militância começou a ser colhida à partir de 2010, quando da participação efetiva na Casa de Cultura Afro Sergipana. Desde 2014 é membro do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Japaratuba - CMPC, contribuindo na função de secretária executiva.


CONFIRA AS 10 PERGUNTAS PRINCIPAIS DO DIÁLOGO


1. Como você despertou para a atividade cultural e religiosa em Japaratuba? 


Na atividade Cultural, a princípio, foi vontade de reconhecer-se como sujeito integrante e formador da pluralidade cultural, sentir a vivência das manifestações, as histórias e os elementos formadores da cultura local valorizando o que é próprio em cada uma delas e contribuir da melhor forma possível para seu desenvolvimento. Na questão religiosa além do sentimento de pertencimento ao algo maior, a academia me deu a consciência que só participando das diversas expressões definidas como religiosas e que podemos enxergar como essa diversidade religiosa se torna elemento central de ação pró-ativa em favor de atitudes de tolerância e respeito às diferentes vertentes religiosa com suas crenças, mitos e ritos. 

2. Dizem que Japaratuba é celeiro da cultura sergipana. Você concorda? Porque? 

Entendo ser sim um celeiro cultural do estado de Sergipe. Japaratuba tem em sua história as mais variadas expressões populares e todas tiveram representantes de muita envergadura seja no cenário local, estadual, nacional e até mesmo cenário internacional que é o caso do artista plástico Arthur Bispo do Rosário, mas,  percebamos que não é só desse filho ilustre que Japaratuba se faz representar, tivemos Garcia Rosa na Poesia, mas, não se resume somente a essas áreas pois são nas manifestações populares que se ver a riqueza da sua miscigenação com a presença de diversos grupos populares como exemplo reisados, cacumbis, chegança, taieira e muitos mais, e é nessas expressões que vemos nomes como Mestre Curral, Maestrina Dona Iêda, Mestre Batinga, Mestre Nego, Mestre André dentre muitos. No entanto, assistimos nas últimas décadas o declínio dessa manifestações por falta de políticas públicas que visem a valorização e preservação dessas manifestações. 

3. Em 2015, houve um evento sobre o 13 de maio. Qual o legado desse evento para a história de Japaratuba? 

O evento representou um marco para os descendentes afro brasileiros no município de Japaratuba, mesmo tendo ocorrido apenas uma vez no município entendo que o embrião está vivo e logo se tornara mais um evento no futuro calendário cultural do nosso município. Esse evento que recebeu o nome Movimento Afro 13 de Maio, nasceu como um projeto que foi a unificação com as comemorações dos 15 anos de resistência do grupo Guerreiros do Maculelê. 

4. Continuando com os eventos culturais, “Águas da Missão”, qual o significado para uma cidade que tem a cultura africana em suas entranhas? 

A celebração serviu para difundir a cultura afrodescendente e, também, é uma maneira de militar pelo fim da intolerância religiosa assim como, de promover uma Cultura de Paz, igualdade, inclusão social e respeito. É um lindo momento de agradecimento e gratidão aos Orixás, aos nossos ancestrais e a Nossa Senhora da Saúde. Assim, está claro que o evento é um marco na luta do contra o preconceito e a intolerância religiosa e desejo que essa chama permaneça acesa e, unidos, possamos tornar ainda mais visível seja no nosso município ou nas cidades vizinhas essa demonstração de respeito as religiões de matrizes africanas. 

5. Em 2014, tivemos a criação de uma importante ferramenta do controle social: o conselho de cultura. Como você ver a atuação do conselho e a integração com a gestão pública? 

Percebo que o Conselho estar muito abaixo das expectativas, quando o assunto é seu papel como fiscalizador e promotor de políticas públicas culturais dou minha contribuição seja como amante da cultura e expressões populares, seja como secretaria executiva e continuarei persistindo para ver primeiro a cultura em Japaratuba ser mais pujante como também ver o conselho mais ativo nas suas funções. 
No tocante a integração com a gestão pública vejo uma inconstância, ora o conselho é importante e ai o diálogo é aberto e sentimos a presença dos representantes próximos ao conselho mais as vezes esses mesmos representantes se afastam como se o conselho não pudesse ajudar na fomentação da expressões culturais e na criação de políticas públicas que visem a preservação de patrimônio japaratubense. 

6. Você já foi candidata ao Conselho Tutelar. Quais os desafios do setor em nossa cidade, com relação ao Ministério Público, Assistência Social e Programas Sociais da Saúde e Educação voltadas para o público infantil? 

Sim, por duas vezes, a primeira em 2014 e a última em 2019. Um dos desafios é o aparelhamento transparente entre gestão pública, conselho municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), órgão que é responsável pela eleição e o ministério público órgão responsável pela fiscalização da eleição. 

7. E sobre as eleições a Conselho Tutelar. As campanhas eleitorais tomaram proporções da política partidária ou o poder econômico não impactou no resultado das urnas? 

Foi visível a influência do poder econômico no resultado das urnas, precisamos urgentemente fazer uma campanha de conscientização junto a todos os setores da sociedade para mudamos tal fato, haja visto que a função é de extremar importância e a sociedade não pode se deixar levar por fatores econômicos quando for decidir os membros deste renomado órgão de preservação dos direitos e aplicação das normas dos deveres de nossos jovens e para isso os melhores precisam estar incumbidas desta função. Boa parte dos candidatos têm vinculação com vereadores, é algo que todo mundo sabe. É um processo eleitoral, precisa mobilizar a comunidade para votar, então vereadores entram no processo apoiando as pessoas que eles consideram importantes para os seus mandatos legislativos. Salientando, há necessidade da reavaliação do processo das eleições ao Conselho Tutelar, como por exemplo o estudo da viabilidade de um curso especifico para poder participar da eleição. O risco é que a politização deturpe a função principal do cargo. Precisamos da conscientização das pessoas com envolvimento com a causa, e isso nem sempre é verdadeiro. Os mecanismos para restringir os candidatos existem e são aplicados na tentativa de minimizar o uso político. Em Japaratuba, é necessário ter, no mínimo, mais fiscalização voltadas para as irregularidades do dia da votação. 

8. Hoje, você faz parte de um bloco ou grupo político de oposição. Como se deu o rompimento com a gestão atual e a caminhada em busca de um novo projeto? 

O rompimento se deu, é fato, os motivos, razões, seja lá o que promoveu essa ruptura ficou no passado e lá deve ficar, agora a caminhada que me levou para o grupo que estou e esse novo projeto, começou quando recebi um convite para uma reunião com assessoria do Senador Alessandro para tratamos de assuntos no tocante a Japaratuba. Foi nesse momento durante a reunião que coloquei pontos que entendia serem primordiais para a população e desse diálogo fui convidada para filiar-me ao partido, pois, estavam buscando uma pessoa com o perfil que apresentei para representar o estado em Brasília no encontro nacional de mulheres e assim nasceu meu vínculo com o grupo que estou e é por esse grupo de novas ideias e valores que estou pré-candidata nas próximas eleições. 

9. Na sua visão, o eleitorado mudou em relação a 2016? Dentro do quadro atual, pode haver resultados diferentes? Quais? 

Sim, houve muita mudança, o eleitorado está mais atento aos movimentos dos nomes políticos, eles estão mais críticos com determinados acordos que visam só atender a projetos pessoais dentro da política e a permanecia de determinados grupos no poder. Vejo muito viável e cheia de esperança que o eleitorado promova várias mudanças seja de atitude própria, não aceitando a troca de seu voto por nada e essa quebra de costume leve nomes novos, cheios de vontade para fazer diferença ao parlamento municipal. 

10. Você é pré-candidata a vereadora. Algumas alianças de pessoas antigas na política estão dizendo que é renovação. De que forma, sua candidatura irá oportunizar aos eleitores ou cidadãos que querem mudança? 

Farei um mandato transparente com publicação das ações para manter a população ciente das nossas ações, emitiremos informativo mensal prestando contas à população que nos outorgou o mandato; Lutaremos pelo fortalecimento dos Movimentos Sociais já que são a forma mais legítima de o povo lutar pelos seus direitos garantidos pela Constituição e demais leis da democracia; Buscaremos formas de democratizar de todos os setores da gestão pública, pois acredito que a democratização é o único caminho legítimo para o povo cobrar e fiscalizar o uso dos recursos públicos; Vamos através de diálogo com todos buscar uma reforma e Atualização das Leis do Município, pois entendemos que a força do poder legislativo está na regulamentação das leis da democracia, dando mais direitos ao nosso povo e permitindo que o vereador fiscalize e cobre ações do executivo municipal. Buscarei formas de representar os anseios das classes estudantis, artísticas, comerciais e a sociais, pois estão órfãos de um representante legítimo no poder legislativo. Realizarei reuniões periódicas para ouvir as reivindicações da comunidade esse é o papel do vereador ouvir o povo e levar as demandas para o prefeito e cobrar sua atenção a estas causas.  E estarei sempre antenada aos clamores da sociedade quando a uma prestação serviço justa por parte dos aparelhos da administração pública a população Japaratuba sem fazer qualquer distinção.

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sábado, 20 de junho de 2020

DESO DE CARIRA: Carro pipa ao invés de água nas torneiras.





Moradores do Loteamento Bela Vista reclamaram da falta de água na Ouvidoria do Ministério Público, gerando o Processo: 201665001447, contra a COMPANHIA DE SANEAMENTO DO ESTADO DE SERGIPE e o MUNICÍPIO DE CARIRA.

Várias casas estavam sem água desde o final de Janeiro de 2020 e alguns funcionários da DESO disseram que a única solução era judicializar o caso.

A DESO tentou justificar a falta de água com os rompimentos da adutora e quebra de equipamentos, porém, após a correção no sistema, diversas casas continuaram sem chegar água nas torneiras por longos períodos. O restabelecimento do funcionamento pleno dos sistemas operacionais, se houve, infelizmente não contemplaram as residências dos reclamantes que sem terem outra alternativa se viram obrigado a sofrer os transtornos do abastecimento via carro pipa.

Além disso, quando solicitado o abastecimento a empresa não tem a atenção de avisar ao usuário sobre o horário, onde o mesmo perde horas de trabalho para esperar a DESO vim abastecer.

A ligação da rede de água da residência à rede da cidade custaram aos usuários o valor de R$ 430,00 (quatrocentos e trinta reais) juntamente com as faturas com a tarifa média para consumo até 10m³ (10 mil litros) no valor de R$ 37,74 que são pagas regularmente.

A empresa terceirizada quer que o carro pipa abasteça por no máximo 10 minutos e mesmo assim a água nem é suficiente para encher todos os reservatórios. A mangueira arranha e danifica paredes, pisos e móveis da casa, causando prejuízos ao usuário.

Antes da pandemia, o atendimento no escritório era abusivo, exigindo do cliente o pagamento de contas/faturas a vencer, configurando abuso de poder econômico e constrangimento.

Essa semana, depois de inúmeras reclamações, a água começou a dar sinal em algumas torneiras. Espalharam boatos de que foi a Prefeitura, através do responsável pela infraestrutura do loteamento que "regularizou a água", uma manobra politiqueira. Mas, a verdade, é que a luta é do povo e não da gestão. 

Onde será que conseguiram água? 

OLHANDO NA FECHADURA: Os Filmes Pornôs (crônica).




OS FILMES PORNÔS



Ora, bem nos primórdios da era digital, mesmo assim ainda havia as fitas cassetes, chegou certo colega de infância de Kevin com uma novidade, um DVD Player e mais de vinte filmes de sexo.

Reunira-se numa casa velha, afastada das outras uns cinquenta metros e reviraram as noites para dar conta de assistir a novidade recém-chegada de São Paulo. E aglomeram-se todo o bairro.

E a casa era de taipa ou pau-a-pique como queiram chamar e tinham buracos nas paredes. E por ser o mais velho, o rapaz proibiu qualquer safadeza entre os espectadores.

Porém, a novidade começou a excitar os jovens de tal modo que arrodeavam a casa a espiar o filme pelos buracos e aproveitar o escuro para se masturbarem.

E então, sempre após os primeiros trinta minutos de filmes começavam uma masturbação em massa, onde alguns casais se ausentavam para transar entre as plantas e bananeiras que existiam por ali.

Para aliviar as tensões, sugeriram que alternassem filmes de ação ou comédia romântica com os de sexo. O que gerou a adesão de menores e de transeuntes ao redor da casa como se ali fosse um cinema ou uma festividade.

Começaram a levar bebidas, lanches e outras iguarias, o que mais tarde, após quase um mês de filmes, resolveram parar para evitar conflitos com a polícia que começou a fazer bascolejo na localidade.

(F. J. Hora, em A Flor do Maracujá e Outros Contos, página 81.)

COISIFICAÇÃO: resultado do capitalismo (poema)


Coisificação | Deivis Macêdo

Trecho do Poema do Livro "Poemas Originais" de F. J. Hora, escrito em 2010.


"O mundo onde tudo é dinheiro

Somos coisa, mercadoria

Ambição, orgulho e hipocrisia,

Tudo o que se possa ostentar,

No mundo não há o que pagar

A não ser o que se deve

Que por interesse se emprestou:

Larguem este sentimento de amor

Que sobre o contrário se escreve."