segunda-feira, 13 de abril de 2020

ANTIINTELECTUALISMO: Negação da condição humana


O Intelecto é a característica principal que diferencia os seres humanos dos demais animais.


Vamos aos significados populares dos termos "intelectual" e "ignorante".


"O que é Intelectual: Um intelectual é uma pessoa que usa o seu "intelecto" para estudar, refletir ou especular acerca de idéias, de modo que este uso do seu intelecto possua uma relevância social e coletiva."


"O que é Ignorante: É uma pessoa que ignora a opinião alheia, que pensa que só ela está certa, e que só a opinião dela é válida.Também é por parte orgulhosa por não aceitar estar errada e não conseguir admitir que o outro esteja certo.Quando tem um certo tipo de poder, torna-se muitas vezes arrogante."


Pois bem, estamos divididos pelo choque ideológico entre os intelectuais e os ignorantes. Há quem fale sobre a arrogância intelectual dos que usam o conhecimento em detrimento de pessoas desinformadas e sem acesso à cultura. Apesar disso, muitos preferem se orgulhar de não ser formado e entenderem poucos sobre ideias, projetos, políticas públicas e controle social, para fugir da responsabilidade do exercício pleno da cidadania, principalmente na escolha de seus representantes.

Quando Deus criou o homem, lhe deu inteligência (intelecto). Negar essa condição, esse dom, é negar a própria existência humana.

Partindo para o plano da política partidária, Bolsonaro (principal disseminador do anti-intelectualismo) conseguiu reunir as características que seus eleitores procuravam em um Presidente da República: machista, anti-intelectualista, autoritário e antissocialista . As demais características são oriundas dessas quatro correntes.

Constantemente, nas redes sociais, uma enxurrada de postagens das pessoas exaltando a ignorância, a despolitização e principalmente, disseminando a violência verbal em quem critica Jair Bolsonaro e seu governo, generalizando a oposição como sendo petista ou esquerdista.

A falta de argumentos dá lugar às frases prontas disseminadas pela indústria das "notícias falsas". Os lugares comuns e o copia e cola desenfreado de texto de outros autores, tomando para si a autoria. Isso reflete o vazio existencial das pessoas que renunciam à sua capacidade intelectual para serem fantoches da política ditatorial da extrema direita (ou da esquerda... que não está no poder ou nunca esteve).

Em resumo: hoje, o brasileiro (em sua maioria) se orgulha dessa escassez de ideias e ideais próprios para viver o sonho das elites que é maximizar os lucros e minimizar os direitos do trabalhador.

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