quinta-feira, 2 de agosto de 2012

QUEM VIVE DE PASSADO É MUSEU (O Mito dos Novos Velhos Erros)

O brasileiro (destacando o japaratubense), está diante de uma verdade universal, típica e bem conhecida dos cidadãos em tempos de campanha política.
A mídia vem repisando a ideia de que "quem vive de passado é museu". Virou uma bandeira de vida, uma visão de mundo da maioria menos politizada e carente para um trabalho de marketing político de engrandecimento popular dos políticos natos.
Dentre as novelas que desencadearam o cenário político nos últimos 20 anos, o japaratubense só lembra de duas, carimbada pelas cores que marcam uma fase onde há um choque ideológico entre a polarização ARENA e MDB seguidas à risca pelos mais antigos em face do "carrancismo".
Sequer tentaram fazer um apanhado da história política do nosso município para compreender o presente e assim podermos conceber um projeto para o futuro onde os erros sejam banidos para sempre em detrimento das idolatrias e paixões a candidatos populistas e magnéticos por natureza. Chega de viver de promessas e ideologias no papel, é hora de agir, por em prática, fazer valer nosso direito de cidadão, mas antes é preciso cumprir o nosso dever: eleger candidatos sérios e comprometidos com a causa pública.
Se não me falha a memória (recorro ao museu), há exatos 20 anos atrás, ouvia-se uma canção em Japaratuba: "vamos votar pra ver Japaratuba crescer/...só vai dar você" mais ou menos isso. Quase ninguém lembra. E ai inaugurou-se um momento de euforia política em tempos de inflação galopante. E então o brilho do que seria um bom trabalho foi manchado pelo desrespeito ao servidor público, sendo esse um dos capítulos mais longos e emblemáticos de toda essa história.
Prosseguindo, já em 1996, surgia uma nova esperança, por amor ao povo, descendente do MDB, como esperança maior, sendo derrotado pela "ARENA", fato esse que na memória da população foi destorcido dando ao  líder perdedor, na atualidade, o título universal de "invicto", acarretando o clímax dessa novela no famoso "desastre político". 
Sob o comando da ARENA, seguiu-se um período a passos do "devagar e sempre", sem expectativas de um novo rumo, uma nova visão, restando ao cidadão japaratubense  o revezamento dos grupos polarizados gerando um entra e sai nada agradável aos anseios da população.
Foi assim que o MDB, um reino dividido contra si mesmo, trouxe de volta o "invicto", o papai noel das histórias de Trancoso, para entregar nas "mãos do povo" uma cidade marcada pela ilusão e a espera quadrangular da visita dos bons homens trazendo dinheiro, fazendo favores, batendo nas portas, clareando as visões por 90 dias de muita euforia, festas e um show de coisas boas e novas para o futuro.
E assim , em 2003, seguindo à lógica dos carnavais, surge o novo, como nunca! Uma reinvenção de como fazer política e, diga-se de passagem, é uma verdadeira aula de idealismo e força política.
Mas, ainda assim, os interesses maiores do "povo", antigos donos da cidade, conseguem ultrapassar a barreira da realidade e continuar no sonho de um governo voltado para os pobres. E, assim, logo assistimos um dos capítulos mais marcantes para a época, mas superficial para uma tomada de decisão atual. Vimos como um líder se desdobra em vários.
E a novidade irrelevante das corridas pelo "ouro eleitoral" foi a quebra da polarização em três oportunidades a começar por 2000, seguindo-se em 2008 e por fim agora em 2012. E ainda, a reascenção da ARENA na 5ª sessão, como um dos capítulos mais emocionantes da história política desse município. Tudo em meio a um mar de rosas, pois o futuro, agora, está em "nossas mãos"!
O desenrolar dos fatos trouxeram à tona a realidade, fazendo os cidadãos acordarem de um sonho e em seguida poder dormir e sonhar novamente, divididos entre os pólos dessa pilha de erros e acertos, certezas e incertezas, que ao alimentar seus aparelhos vão se balanceando, ao passo que arriando, recarregá-las pode ser uma grande explosão!
E para quem não gosta de quebra-cabeça, pois queremos mais é ser feliz, há uma peça chave que encaixa e torna possível prever para onde devemos ir seguindo para emfim resolvermos os conflitos. Por isso, os eleitores devem seguir em frente. Adotar um única bandeira é a solução: a da justiça e da liberdade.
E para ilustrar essa crônica (peço licença ao museu), quero registrar aqui um fato real onde a falta de cultura e informação é um fator decisivo, em sua maioria, para os resultados das eleições:
" Certo senhor, na época meu vizinho. Discutíamos com parentes dele sobre a implantação do Plano Real, um dos marcos históricos desse país e, como exemplo, meu pai, o Sr. Jailson, citou que a casa onde atualmente nos abrigamos, custou em 1993, a bagatela de R$ 5.000.000,00 (Cinco milhões de cruzeiros). O vizinho então olhou para o parente e disse: "Jailson está delirando, na verdade, ele comprou foi por CR$ 5.000,00 (Cinco mil cruzeiros)". Como prova temos o Recibo de Compra e Venda onde está especificado o valor, na época pago com 50 notas de CR$ 100.000,00. E ainda, como reforço para prova foi apresentado talões da conta de energia, onde pagava-se aproximadamente CR$: 45.000,00. 

Então, esse é um claro exemplo da visão de mundo dos cidadãos polarizados em nossa cidade. E é tão provado que, essa semana, ao conversar com uma amiga ela citou que o povo de Japaratuba não tem opção nas eleições, é A ou B, onde eu sei que na verdade existem 3 candidatos. São três caminhos: continuar como estamos, voltar ao passado ou, apostar em novo rumo.




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