domingo, 11 de maio de 2025

DEPRESSÃO E NOTÍCIAS FALSAS: Os males do século XXI

Imagem: Pixabay


Não é só a depressão, a ansiedade e o autismo, transtornos relacionados à saúde física e mental, infelizmente há um problema maior de saúde moral: Notícias Falsas e o "fenônemo" da Desinformação.

A depressão e ansiedade são comuns em sociedades altamente consumistas e pessoas com baixo poder aquisitivo, aliadas ao analfabetismo político, desigualdades sociais, racismo e desinformação causada pelos antigos boatos, atualmente veículadas na mídia tornando-se as famosas "fake news" ou notícias falsas. Além disso, a tecnologia com informações instântaneas também contribuem para esse processo.

É isso mesmo, a crescente onda de desinformação vem crescendo por conta da velocidade das notícias falsas veiculadas na mídia, principalmente nas redes sociais. O efeito emocional causado em uma sociedade, em sua maioria de natureza hipócrita, escravagista e conservadora é devastador. 

Sabemos que é útil conservar as tradições saudáveis, como o folclore e a cultura popular, a cultura erudita e  diversas manifestações da produção artísitca e cultural brasieira, mas, quanto a questões como racismo, homofobia, intolerância religiosa e xenofobia devem ser combatidas e reeducadas as pessoas que não conseguem se adaptar a tudo que for contra o "elitismo" da burguesia e/ou classe dominante.

A classe dominante brasileira tem raízes no período colonial brasileiro, já que o Brasil, diferente dos EUA que foi colônia de povoamento, foi uma colônia de exploração. Vejam a diferença do mando político-econômico no obejtivo de transformação social, política e econômica: povoar para desenvolver a terra e a sociedade local; explorar para beneficiar a metrópole (Portugal) sem investimentos. 

E lembrando que na colônia de povoamento o trabalho era livre, na de exploração o trabalho era escravo. Diante desse histórico cresceu no Brasil a luta de classes, com mais força após a redemocratização do país nas eleições de 1989. Com o fortalecimento da luta sindical, do moviemento dos trabalhdores se acentuaram as mentiras sobre a revolução socialista no Brasil.

O então recém fundado Partido dos Trabalhadores (PT) sofreu com notícias falsas de que chegando ao poder implantria o comunismo e acabaria com a propriedade privada. E infelizemente, a mídia contribuiu para isso manipulando o debate de Collor e Lula. Nessa reportagem da revista Veja, Boni, ex-funcionário da Globo também  fala sobre outros eventos como o Diretas Já. 

Recentemente, há mais de uma década, precisamente em 2013, na chamada "jornadas de Junho" tiveram início um processo de "reação" das elites políticas e da burguesia por conta da uma possibilidade de um quarto mandato do PT e mais uma vez a sequência de um governo de esquerda ou centro-esquerda no Brasil. E foi o que ocorreu, Dilma Roussef venceu Aécio Neves no segundo turno, numa disputada acirrada e resultado apertado. 

Aécio Neves pode ser chamado de precursor do golpe que derrubou a ex-presidente Dilma. A crise no governo se deu por conta da dificuldade de diálogo com o Congresso Nacional, causando um suposto travemento do seu governo, resultando na articulação do Presidente da Câmara, na época, Eduardo Cunha a abrir o processo de impeatchment de Dilma.

Após Temmer ter assumido abriu-se as portas para a extrema-direita. Prisão de Lula e a intensificação midiática do antipetismo, antiesquerdismo e antiintelectualismo com disparos em massa de notícias falsas nas redes sociais, culminando assim com a eleição de Jair Bolsonaro em 2018.

Apesar do desmonte dos direitos trabalhistas, do questionamento da credibilidade das urnas que o elegeu,  e o negacionismo durante a pandemia, sua máscara de golpista ficou evidente facilitando assim o retorno de Lula ao poder por causa do histórico do petista de defesa dos trabalhadores e da democracia, colocando novamente o PT no Palácio do Planalto.

E agora, no terceiro mandato de Lula ficou claro a falha do governo em não ter um setor de comunicação forte e combatente para enfrentar as mentiras financiadas pela extrema direita mundial para enfraquecer os governos de esquerda. No Brasil, isso ficou evidente com a crise do Pix em 2024 e agora a descoberta das fraudes do INSS em 2025. 

A crise do Pix foi um processo de desinformação articulado pela extrema direita que fez com que a população entendesse que haveria a taxação do pix, o que não é verdade. O que se queria era dar mais poder para a Receita Federal fiscalizar e evitar fraudes e lavagem de dinheiro no sistema financeiro do país. A falsa impressão de que o pix seria taxado causou grande pânico entre a população e o desgaste do governo. 

Já as fraudes do INSS tiveram início em 2019, no governo Bolsonaro ou até mesmo antes. Mas, por a fraude ter sido revelada somente agora em 2025,  deu munição para que se criasse uma guerra de narrativas entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e a oposição bolsonarista, para tentar mais uma vez influenciar a população na popularidade do Presidente. 

Vejam que nessa guerra de narrativas, a maioria se baseiam em notícias falsas e na omissão de informações e no antipetismo, ferramentas que a oposição está usando ao seu bel-prazer e não há uma reação do governo em fazer campanhas de esclarecimentos à população perante a pressão da oposição bolsonarista.

Mas, uma coisa é certa: em 2026 o Brasil terá que escolher novamente entre o golpismo ou a democracia. A luta de classes, para desespero da burguesia continuará existindo. E, para os golpistas só resta uma arma: as notícias falsas e o antipetismo. E a velocidade da informação através da mídia eletrônica e das redes sociais é a ferramenta mais usada. 

E qual a solução? Educação, principalmente educação política. É preciso acabar com o voto por indicação, pois, o uso estratégico dos redutos eleitorais de um líder político consegue conduzir o povo a votar num proejto pessoal travestido de projeto popular e/ou coletivo, elegendo assim políticos que não representam os interesses da causa pública. 

E você o que acha? Emitir notícias falsas é mesmo uma deficicência moral? E acreditar nelas, sem sequer checar as informações, seriam frutos de ressentimentos e/ou ódio com determinado grupo político?

quinta-feira, 1 de maio de 2025

1º DE MAIO: QUEM GERA RIQUEZA SÃO OS TRABALHADORES


Imagem: Cortador de Cana. Rogério Paiva/Ascom MPT


A Burguesia são donas dos meios de produção: indústrias, máquinas, equipamentos e, principalmente, o capital. Já o Proletariado, esse só tem a mão-de-obra para vender. Resumindo, o trabalhador produz a riqueza, mas, só fica com o excedente, a remuneração, geralmente, um valor fixado pelo governo ou um piso salarial definido pela classe representativa, se tiver. 

Para evitar a revolução socialista, foram criados os "direitos trabalhistas", direitos esses conquistados que, gradativamente, a Burguesia através do Poder Político e Econômico vem retirando e levando o proletariado à exaustão física e mental. O grande sonho do capital é controlar o governo para que o Estado não intervenha na economia e abra as portas para a livre negociação, ou seja, ou o trabalhador aceita as condições do patrão ou fica desempregado.

Poucas profissões conseguem manter um padrão econômico autossuficientes como é o caso dos profissionais da área da Construção Civil, Medicina e do Direito. No geral, são os compradores quem ditam o preço e não os vendedores que por conta da necessidade, acabam "negociando" de forma desigual favorecendo os oportunistas.

Imagem: Pixabay

Oportunistas são aqueles que acumulam riquezas e esperam o fracasso das pessoas e das empresas para adquirem bens e  patrimoônios já construidos e beneficiados a preço baixo e lucrarem mais ainda. Geralmente, pessoas que lutam para construir e realizar seus sonhos, mas, numa crise precisa se desfazer de tudo o que construiu ao longo da vida.

Pesquisas revelam que há um "adoecimento mental" por causa do desmonte das políticas públicas de proteção trabalhista, crise essa aprofundada nos governos Temer e Bolsonaro. Por isso, não há como defender a exploração capitalista articulada pelos bancos, empresas e investidores famintos por lucros.

Capitalismo é isso: minimizar os custos e maximizar os lucros. Mas, para que isso aconteça alguém tem trabalhar mais e outros ganharem menos. O 1º de Maio, precisa não só ser um feriado, mas, um dia de luta e de aprendizagem. Precisamos recuperar nosso poder de indignação perante as injustiças e desigualdades sociais.

E há outra saída a não ser o trabalhador vender sua mão obra (geralmente barata)? Sim, a união dos trabalhadores, a luta sindical e o fortalecimento dos movimentos sociais.  Há o cooperativismo que é um meio de produção onde o lucro é dividido para todos e não só para algumas pessoas. É uma alternativa para acabar com a figura do "dono", pois, na cooperativa todos são donos das máquinas, equipamentos, da produção e do lucro.

Outra saída é o investimento maciço em Educação, principalmente uma que estimule o espírito científico, a reflexão filosófica e a produção cultural, como é o caso do ensino superior. Atualmente, a intelectualidade e a ciência estão em desconstrução pelos apoiadores da extrema-direita, o que representa um enorme perigo para as futuras gerações que serão manobradas pela indústria de massa, pelo consumismo e pela depressão.

Hoje, a grande preocupação é com a economia, principalmente inflação e desemprego. Mas, se a cada dia que passa o trabalhador entrega o poder de decisão nas mãos dos patrões como querem que não haja carestia e mais trabalhos e menos direitos?


Imagem: Pixabay