O primeiro turno das eleições desse ano nos deram um recado: as pesquisas servem de parâmetro, mas, não devem apassivar a luta. Apesar da vitória de Lula no primeiro turno, o resultado mostrou um bolsonarismo que continua forte, mas, não o suficiente para vencer, assim esperamos.
É preciso ser mais enfático, ser mais incisivo na luta contra as fake news. É preciso deixar claro para o povo brasileiro a ameaça iminente contra a democracia em uma possível reeleição de Bolsonaro. Ele representa o maior retrocesso político e social nunca antes visto depois da redemocratização em meados dos anos 80.
O primeiro golpe foi usurpar a identidade nacional. Ele e seus apoiadores usam a bandeira nacional como símbolo do antiesquerdismo e do antipetismo, isso sem falar que desde as manifestações de 2013 que uma onda antidemocrática começou a ter força nas ruas e nas redes sociais com pessoas pedindo a intervenção militar.
O golpe de 2016 que tirou a presidente Dilma do poder, e o golpe jurídico que deixou fora da corrida presidencial o primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Lula, em 2018, foram decisivos para o crescimento do bolsonarismo. Além de atentar contra a liberdade de expressão, atentam contra a liberdade de existir, isso porque o que Bolsonaro prega deu fôlego ao machismo, racismo, intolerância religiosa, misoginia, sexismo, homofobia, o ódio e a violência.
Nesse segundo turno a luta maior é contra as notícias falsas. As pessoas passam a acreditar em fofocas, montagens e distorções para macular a imagem da esquerda brasileira, mesmo sabendo que Lula já foi presidente e nunca fechou igrejas, nem implantou o comunismo, tampouco transformou o país numa Venezuela ou em Cuba como os bolsonaristas pregam.
Vimos nas redes sociais as pessoas disseminando fake news sobre aborto, religião e sobre o socialismo. E o nosso trabalho será o de esclarecer às pessoas a verdade dos fatos sobre esses temas. Temos como legado dos governos de esquerda, combate à fome e à pobreza com o FOME ZERO, e as políticas públicas como criação do SAMU, o dia da Marcha pra Jesus, o PAC, Política Nacional do Livro, a Farmácia Popular, o Prouni, o Primeiro Emprego, o Mais Alimento, o Dia do Evangélico e etc.
O grande legado do governo Bolsonaro foi o negacionismo da vacina e a perda de várias vidas para a covid, vista por ele como uma gripezinha e que a vacina poderia fazer a pessoa "virar jacaré", sendo ele mesmo o primeiro a não dar bom exemplo, se recusando a tomar a vacina.
Depois vem o ataque ao estado democrático de direito, para passar a impressão de que a democracia é frágil e precisa de uma intervenção onde ele e somente ele, o presidente, tenha poder absoluto sobre tudo e sobre todos. O projeto bolsonarista é a instalação de uma autocracia, regime ditatorial onde o poder é concentrado em um único governante.
Além disso tem o ataque à imprensa, aos artistas e intelectuais através da Lei Rouanet. O ataque ao processo eleitoral e a todos que pensam diferente como os nordestinos, índios e negros.
Nesse primeiro mandato, pudemos desfrutar de uma democracia ainda forte que puderam acalmar o espírito autoritário do presidente, porém, nesse segundo mandato, com um congresso mais bolsonarista ele pode aprovar leis e projetos que mande nossa democracia pras cucuias. Ou seja, não vai ser preciso um golpe militar para acabar com a democracia, o retrocesso se dará através do voto e da democracia representativa.
Então, clamamos à sociedade que votem em quem sempre respeitou a democracia, os trabalhadores e sempre buscou promover a justiça social, lutando com uma sociedade cheia de desigualdades sociais. Vamos votar em quem sentiu na pele a fome e a exploração do trabalho e por isso criou políticas públicas de combate à fome e à pobreza.
A luta contra a corrupção caiu por terra. Bolsonaro é pai do orçamento secreto, da mamata com cartão corporativo e teve sim escândalos de corrupção no seu governo que ainda não foram concluídos, mas, os processos estão em andamento e sua cúpula teme serem presos por isso, em caso de derrota nas urnas.
Portanto, para que a democracia esteja segura e o nosso povo livre da ameaça autoritária, não podemos reeleger Bolsonaro presidente. Não precisa amar Lula, mas, reconhecer que o momento é grave e que ele é o único líder capaz de enfrentar essa ameaça antidemocrática e autoritária que estamos vivendo nesses últimos quatro anos.
Todos os políticos, empresários, intelectuais, artistas e pessoas públicas que tem compromisso com a democracia e a justiça social estão declarando voto contra Bolsonaro. Isso é a prova de que quem é patriota de verdade sabe reconhecer quem luta contra a fome e a miséria.
E você o que acha disso?