sábado, 22 de outubro de 2022

O RECADO DAS URNAS E O VOTO EM LULA NO SEGUNDO TURNO

Crédito: Reprodução/redes sociais
Manifestação antidemocrática no 7 de setembro de 2022 em São Paulo

O primeiro turno das eleições desse ano nos deram um recado: as pesquisas servem de parâmetro, mas, não devem apassivar a luta. Apesar da vitória de Lula no primeiro turno, o resultado mostrou um bolsonarismo que continua forte, mas, não o suficiente para vencer, assim esperamos.

É preciso ser mais enfático, ser mais incisivo na luta contra as fake news. É preciso deixar claro para o povo brasileiro a ameaça iminente contra a democracia em uma possível reeleição de Bolsonaro. Ele representa o maior retrocesso político e social nunca antes visto depois da redemocratização em meados dos anos 80. 

O primeiro golpe foi usurpar a identidade nacional. Ele e seus apoiadores usam a bandeira nacional como símbolo do antiesquerdismo e do antipetismo, isso sem falar que desde as manifestações de 2013 que uma onda antidemocrática começou a ter força nas ruas e nas redes sociais com pessoas pedindo a intervenção militar.

O golpe de 2016 que tirou a presidente Dilma do poder, e o golpe jurídico que deixou fora da corrida presidencial o primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Lula, em 2018, foram decisivos para o crescimento do bolsonarismo. Além de atentar contra a liberdade de expressão, atentam contra a liberdade de existir, isso porque o que Bolsonaro prega deu fôlego ao machismo, racismo, intolerância religiosa, misoginia, sexismo, homofobia, o ódio e a violência.

Nesse segundo turno a luta maior é contra as notícias falsas. As pessoas passam a acreditar em fofocas, montagens e distorções para macular a imagem da esquerda brasileira, mesmo sabendo que Lula já foi presidente e nunca fechou igrejas, nem implantou o comunismo, tampouco transformou o país numa Venezuela ou em Cuba como os bolsonaristas pregam.

Vimos nas redes sociais as pessoas disseminando fake news sobre aborto, religião e sobre o socialismo. E o nosso trabalho será o de esclarecer às pessoas a verdade dos fatos sobre esses temas. Temos como legado dos governos de esquerda, combate à fome e à pobreza com o FOME ZERO, e as políticas públicas como criação do SAMU, o dia da Marcha pra Jesus, o PAC, Política Nacional do Livro, a Farmácia Popular, o Prouni, o Primeiro Emprego, o Mais Alimento, o Dia do Evangélico e etc.

O grande legado do governo Bolsonaro foi o negacionismo da vacina e a perda de várias vidas para a covid, vista por ele como uma gripezinha e que a vacina poderia fazer a pessoa "virar jacaré", sendo ele mesmo o primeiro a não dar bom exemplo, se recusando a tomar a vacina.

Depois vem o ataque ao estado democrático de direito, para passar a impressão de que a democracia é frágil e precisa de uma intervenção onde ele e somente ele, o presidente, tenha poder absoluto sobre tudo e sobre todos. O projeto bolsonarista é a instalação de uma autocracia, regime ditatorial onde o poder é concentrado em um único governante.

Além disso tem o ataque à imprensa, aos artistas e intelectuais através da Lei Rouanet. O ataque ao processo eleitoral e a todos que pensam diferente como os nordestinos, índios e negros. 

Nesse primeiro mandato, pudemos desfrutar de uma democracia ainda forte que puderam acalmar o espírito autoritário do presidente, porém, nesse segundo mandato, com um congresso mais bolsonarista ele pode aprovar leis e projetos que mande nossa democracia pras cucuias. Ou seja, não vai ser preciso um golpe militar para acabar com a democracia, o retrocesso se dará através do voto e da democracia representativa. 

Então, clamamos à sociedade que votem em quem sempre respeitou a democracia, os trabalhadores e sempre buscou promover a justiça social, lutando com uma sociedade cheia de desigualdades sociais. Vamos votar em quem sentiu na pele a fome e a exploração do trabalho e por isso criou políticas públicas de combate à fome e à pobreza. 

A luta contra a corrupção caiu por terra. Bolsonaro é pai do orçamento secreto, da mamata com cartão corporativo e teve sim escândalos de corrupção no seu governo que ainda não foram concluídos, mas, os processos estão em andamento e sua cúpula teme serem presos por isso, em caso de derrota nas urnas.

Portanto, para que a democracia esteja segura e o nosso povo livre da ameaça autoritária, não podemos reeleger Bolsonaro presidente. Não precisa amar Lula, mas, reconhecer que o momento é grave e que ele é o único líder capaz de enfrentar essa ameaça antidemocrática e autoritária que estamos vivendo nesses últimos quatro anos.

Todos os políticos, empresários, intelectuais, artistas e pessoas públicas que tem compromisso com a democracia e a justiça social estão declarando voto contra Bolsonaro. Isso é a prova de que quem é patriota de verdade sabe reconhecer quem luta contra a fome e a miséria.

E você o que acha disso? 

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

HÁ 5 ANOS POETAS JAPARATUBENSES ESTREAVAM NA BIENAL DE ITABAIANA

 

  Flávio Hora lança seu livro "Fim de Primavera"

No dia 21 de outubro de 2017 compareceram ao Shopping Peixoto, no agreste sergipano, os poetas japaratubenses Jota Erre e F. J. Hora, onde, na oportunidade expuseram seus trabalhos e lançaram seus livros Oceano de Ilusões e Fim de Primavera durante a realização da IV Bienal do Livro de Itabaiana - o maior evento do setor literário do estado de Sergipe.


Poeta Jota Erre apresenta seu livro à cantora Amorosa,
na IV Bienal do Livro de Itabaiana (2017)


Com livros publicados pela editora japaratubense JHS Publicações, os escritores se encontraram com outros colegas da área literária e trocaram ideias e informações sobre a literatura e o mercado editorial em Sergipe.

O saudoso poeta e escritor Gibras (falecido em setembro de 2022) não frequentou o evento literário por conta da sua participação como músico num Encontro de Filarmônicas realizado na cidade de Frei Paulo, tendo feito presença posteriormente na V Bienal em 2019.

O período 2014 a 2019 foi considerado como os "anos de ouro" para a literatura japaratubense. Nesse período houve uma grande movimentação na área literária e cultural com diversas reuniões, encontros e publicações de livro.