sexta-feira, 12 de outubro de 2018

EXPERIÊNCIA DE VIDA POLÍTICA: Uma reflexão sobre a polarização nas eleições presidenciais.

abuso-poder-economicoImagem meramente ilustrativa.


Em 2016 quando enfrentamos uma eleição para o poder legislativo, em Japaratuba, já tínhamos uma visão sobre a força política de um candidato. As pessoas diziam que precisava de alguém que tivesse preparo intelectual e moral para representar o povo, mas, elegeu quem somente tinha poder econômico para negociar com a coisa pública.


O poder da palavra encanta, mas, não atrai voto. Já o poder econômico arrastava multidões. Pois bem. Todos sabem disso. A corrupção era apenas um produto tecnológico típico de todos que comiam o tal “melado”. A hipocrisia era a forma de sobrevivência perante um “sistema bruto”. Depois disso, vem o pior de todos, que é aquele que fala o que o povo quer ouvir e excita as paixões populares, principalmente as mais sórdidas, em tempos de crise, de descrença e de revoltas com o sistema.


Mas, o mais chocante era ouvir de amigos e cidadãos todas essas verdades sobre a “política” e, no entanto, concordarem que não tinha saída, não tinha como ser diferente. E novamente, foram eleitos os mesmos candidatos e afins.


Os que não vivem do erário público, os que desenvolvem projetos sociais e culturais, e adotam uma postura honesta e coerente são chamados de sonhadores. Esses sim deviam ser um “mito” num momento de decisão como esse. Por que essa cegueira diante do autoritarismo e do ódio como resposta a um sistema cheio de mazelas socioeconômicas? Volto a dizer, ao invés do país se unir em torno de um projeto que defenda os excluídos, ficam fascinado por agentes das classes privilegiadas e levantam bandeiras, defendem seus "heróis" e passam de largo dos mendigos nas ruas.


Respeitamos as opiniões e defendo a liberdade do voto. Desperdiçamos uma chance e agora temos que defender a democracia. Não há mais espaços para ficar com ataques de quem é corrupto ou não. Os que não tem processo, esses o povo rejeitou. A mensagem já foi dada, ninguém está inocente, apenas “mostrando as unhas” (no ditado popular).


Por Flávio Hora.

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