quarta-feira, 30 de maio de 2018

SUSPIROS DE UM POETA ACANHADO

nino-timido1

SUSPIROS DE UM POETA ACANHADO


Peço desculpas ao papel

Porque cheguei sem pudor

Mas, saiba que antes pensei

Em como poderia então deflorar

Como o lápis ou a caneta

Que a pena não pude encontrar.


Fiquei acanhado por não saber

O que escrever nesse meu tempo

São tantas ideias para cantar

Que até fiquei sem tema

A corrupção parece o fracasso

Do meu país, és o dilema.


Ora, me recordo em que outrora

No poetar das minhas transas

Paria versos sem me apressar

Se podia ou não me comparar

Com quem escreve por esporte

Eis aqui a minha sorte

Não quero me subestimar.


Juraram-me que sou trovador

De fidelidade a poesia na lira

Pelos antigos bem entoada

Que no drama da vida se perde

Chama o poeta de nerd

Porque não segue a sua estrada.


                                             Hora, F. J. 30/05/2018.

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