A ILUSÃO DA PRIVACIDADE
A fuga das cidades pequenas para as grandes. A desvalorização dos frutos e artistas da terra vem de uma necessidade humana e ao mesmo tempo um defeito: a privacidade e a invasão dela.
A verdade é que não temos privacidade, as pessoas sabem quando você comprou uma roupa nova, se emagreceu, engordou, cortou o cabelo, está de sapato novo, ou até mesmo está for de moda. Pessoas que não conseguiram evoluir na produção de ideias e não conseguem intervir de forma inteligente no mundo e nas coisas, somente na base do poder outorgado, vivem de querer controlar e observar a vida dos outros.
Que diversão tem a não ser isso: prestar atenção ou incomodar a vida dos outros, seja com som alto, seja com comentários hipócritas e discriminatórios que nada tem a ver com o conceito de civilização moderna?
Falta amor às pessoas. E esse amor não é o que os cantores, nem a mídia disseminam. Porque a indústria de massa só quer vender o seu produto, em nome da facilidade. Por isso, a todo tempo temos nossas vidas, ações e atitudes expostas ao mundo e sempre somos pegos pela fraqueza, como peixe que morre pela boca.
Estamos nos escondendo atrás de um celular ou rede social na web, esquecendo que os mantenedores de sites e servidores estão montando o maior banco de dados sobre nós e nossas vidas. Do mesmo modo é quem está na janela, na porta ou na calçada, vendo a vida passar (a dos outros).
Em cidades grandes, vizinhos não se conhecem, nem nunca se viram, nem se importam se você está usando aquela roupa “demodê” ou inventou moda, fazendo ou usando um “look” novo. No mundo onde as pessoas pensam e tem vida própria, não tem tempo para saber quem botou chifre em quem, mas, em investimentos, produção científica e trabalho.
Gostei. Interessante reflexão.
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