O FIM DO CANTO
F. J. HORA
Sou amigo do lápis e da caneta
E do papel, que ficam ali a esperar
Que a musa chegue de veneta
E alguns versos possa rabiscar
Pois, parece que a pena está obsoleta
Já que muitos não querem cantar
A poesia do nosso tempo esquecida
Na velocidade do estresse, no passo lento da vida!
Esses três elementos, armas vitais
Do silêncio, da concentração, do poetar
Causa-me uma ânsia e tremor fatais
De que quando vá se acordar
Os que não leem, nem querem mais
Fruir com a leitura em bom lugar
Prefiram a poluição sonora, a fantasia
Esquecendo o canto e findando a poesia.
O poema acima discorre sobre uma das preocupações do eu-lírico: o fim da poesia.
Esse tema bastante recorrente na literatura flaviana está presente em quase todos os seus livros de poesia, como uma alerta ou até mesmo u desabafo contra a poluição sonora e o avanço das tecnologias que distanciam os jovens da boa leitura.
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