Antes que eu pensasse que os outros eram iguais a mim eu pensava que eram diferentes. De repente eu me deparei com a realidade: estabelecer igualdade com diferença.
Não foi fácil entender porque eu tinha que ser diferente se eu queria ser como todos, porém, os hábitos comuns não me satisfaziam. Eu tinha de ser eu mesmo.
Como criança era adiantado, curioso, desconfiado, extrovertido, mas, como pré-adolescente fiquei tímido, acanhado. Fui obrigado a criar um novo mundo para mim, pois aquele não me atendia mais. Mesmo tive que unir o mundo real ao ideal.
O grande dilema são os outros. Ser de Libra é ver-se através dos outros e isso não é bom. Quando eu ouvia as músicas da época, de Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo, entre outros, cantava e todos gostavam e hoje ainda gostam, porém as pessoas estão interessadas em ritmos acelerados, dançantes e até eu não curto mais as novas músicas das duplas que eu ouvia na época.
"Traga uma cerveja", é o que ouço quando canto as músicas que eu gosto, românticas, banalizadas pela cultura de é brega. A cultura separou três tipos de música: pagode, brega e rock. O Brega é tudo o que não é rock, nem pagode ou até mesmo forró.
O preconceito é passado de pai para filho, entre grupos de amigo e demais relacionamentos. A lei e a moda reprimem essa manifestação. O falso respeito da população que usam do protocolo, da moda, para não serem anti-sociais, demodê ou arcaicos.
A mulher só quer homens pegadores, machistas e intimidadores. Aqueles idealistas, intelectuais, oníricos passam despercebidos como seres dotados de inteligência para ficar na história como desajeitados.
Poesias como enfeite, uma criação incrível que fica mais no papel do que na visão e na sensibilidade. Leitores de recados do orkut e visualisadores de buddypoke, colecionadores de amigos e comunidades sem utilizá-las, sem ter consciência da ação.
Meninas namoradeiras, que estudam na capital, que querem ter um emprego, curtir todas as festas, rapazes pegadores, que usam roupas de marca, frequentam todas as baladas e festas, iguais aos novos e muito diferentes dos velhos.
O estilo de gente velho, do tempo antigo já era. E o que é que os outros querem? Uns olham a vida do outro, invejam, fazem tudo por dinheiro. A massa valoriza o rico, o que banca festas, lidera farras e folias, dá carona, nem que seja uma vez na vida, pior é nada...!
Durante a minha juventude descobri que preciso dos outros e durante essa jornada, sem ajuda deles, outra descoberta fiz, eles precisam muito mais de mim. Que Deus abençõe, perdoe e os ajudem, pois, assim como os outros, nada fiz além do que eu pude!
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