Histórico
Japaratuba, fica no Vale do Japaratuba (rio que banha a região e lhe deu nome), mas, o Vale do Cotinguiba é mais conhecido pela cultura canavieira que causa progresso e problemas ambientais ao mesmo tempo. Distante 54 km da capital sergipana é conhecida na mídia como "Celeiro da Cultura Sergipana", porém, os fazedores de cultura, a maioria estão anônimos.
Desde 2003 que o atual grupo situacionista está em Japaratuba e foi eleito por conta do antipetismo da época: o entao Prefeito Padre Geraldo dava "carta branca" aos secretários para o exercício do cargo e acabou ficando desgastado. Mesmo assim deixou um grande legado de trabalho social e 4 eleições, tornando-se o maior líder político da história japaratubense. Lembrando que começou com o PMDB, passando posteriormente para o PT.
O grupo da situação começou com o PFL (25), depois mudou para PR (22), depois PSC (20) e está com União Brasil (44), por não ter um partido fixo, ficou mais conhecido como o grupo dos Mouras. Contrário ao saudoso Padre Geraldo, o seu líder centraliza o poder em suas mãos travando qualquer secretário ou pessoa pública que queira "brilhar", por isso é conhecido como o governo "anti-estrela", fato esse que gerou uma celeuma em 2023: quem seria o sucessor? Então, foi dado "Carta-branca" para o Secretário de Obras "brilhar"...
Tanto pessoas da situação quanto da oposição esperavam que o pretenso "sucessor" fosse alguém de Japaratuba e que tivesse histórico e/ou votação política expressivas como credenciais para o cargo, porém a "centralização" exagerada de poder empurrou goela abaixo uma candidatura que depende da transferência de votos e não meramente dos méritos do candidato.
Diferente dos governos do atual vice-prefeito Hélio Sobral, ambos os "grupos" sempre pagaram em dias, porém, nos quesitos de justiça social, a atual gestão é extrema direita, apoiou Bolsonaro em 2018 e em 2022. É reincidente no fechamento do plantão médico noturno e famosa pelos cortes constante no transporte escolar universitário. Já a oposição é a popular esquerda, por ser do PT (centro-esquerda) e por ter mais coerência nos projetos políticos é conhecido pela sigla. Então, mais uma vez estamos numa luta de classes e dessa vez mais com mais responsabilidade na luta pela justiça social.
Os Candidatos
DÉCIO NETO: 2024 é o ano que Lara Moura, atual prefeita, não queria que acabasse, pois, não pode concorrer por já ser reeleita, acabou colocando Décio Neto como seu pretenso sucessor que "eleitoralmente" é chamado de Décio de Lara pelo União Brasil 44, porém, como em 2016, tivemos um candidato de fora (Capela), dessa vez teremos um de Carmópolis, com um diferencial, foi Secretário de Obras na atual gestão, tendo um contato maior com o povo. Assim como em 2020, o grande trunfo da atual gestão são as obras, porém, na proposta, o condidato confessa: "Grandes obras, muitas vezes, são ineficazes", deixando claro que o projeto continuista de "infraestrutura" não é o ideal para Japaratuba. Também fala da "repactuação" do poder público com o povo, já que não há ouvidoria, nem políticas públicas sociais ativas na cidade.
Pouco se sabe sobre sua vida e sua biografia, exceto, as candidaturas anteriores em Carmópolis. Na "proposta" ele não se apresenta, apenas tenta se alocar como sucessor da atual gestão.
SIZI DA SAÚDE: ex-vereadora, foi candidata a vice-prefeita na chapa de Rui Brandão em 2020. Oposição ao grupo político de Lara e Hélio, junto com Rui Brandão encabeça a chapa majoritária pelo PT - Partido dos Trabalhadores, que entre outras atribuições, é herdeira política do saudoso Pe. Gerard. Diferente da situação que o povo já conhece o modo de governar, Sizi propõe uma renovação já que conta como experiências apenas os cargos de vereadora que exerceu, sendo considerada a única candidata "genuinamente" japaratubense.
Sizi por ser da "esquerda" traz em seu currículo o contrário da extrema-direita (União Brasil): democracia e participação popular.
Avaliação
Situação: Apesar de candidata em 2020 e reeleita, pesou para a atual prefeita
"a condenação dos envolvidos em atos de improbidade administrativa no município de Pirambu". Entre os citados, André Moura, na época secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro, a esposa dele, Lara Moura, atual prefeita do município de Japaratuba, e o ex-prefeito do município de Pirambu, Juarez Batista. Mesmo assim, apenas elencada na transformação estética que a cidade sofreu com a liberação de obras previstas pelos governos petistas, principalmente o de Dilma Roussef, qualquer um que fosse secretário de obras, poderia executar os projetos, uma vez que na situação a única "ordenadora de despesas" é a Prefeita.
Japaratuba sempre gostou de pessoas de fora, um exemplo são os dois maiores líderes políticos não serem japartubenses, inclusive um com dupla nacionalidade, isso derruba o discurso dos "forasteiros", o que se deve discutir agora é quem tem mais tempo, mais trabalho e mais dedicação ao povo japaratubense.
Em 2018, não criou o CNPJ da Educação, descumprindo a lei, vindo obrigatoriamente a criar já agora em 2024, revogando a lei anterior.
Políticamente, perdeu o apoio do vereador mais votado da história de Japaratuba, Valdir Neguinho, que em 2020 teve mais de 800 votos.
Oposição: Trata-se de um grupo tradicional de esquerda, cuja candidata nunca foi prefeita para que se possa fazer comparações, portanto, sua candidatura é fruto do "clamor popular" que já a queriam como a titular em 2020. Não é uma oposição que se opõe de forma incisiva, mas, tem um capital político muito forte e demonstra ter a capacidade de ser a única com força política para quebrar a "continuidade" da atual gestão.
Opinião: Lara e Hélio são duas administrações vistas e revistas pelo povo de Japaratuba. Na sua segunda gestão, o atual vice-prefeito não reparou a sua mancha histórica (atraso de salários) deixada na primeira gestão sendo reincidente, e Lara não cumpriu grande parte de suas promessas de campanha. O grande dilema será a reflexão: até que ponto as obras estruturais (urbanização) embelezam a cidade, mas, não trazem melhorias na saúde, na educação e tampouco na assistência social e o pior, não gera emprego nem renda para a população? O fechamento por duas vezes do plantão médico noturno e o corte parcial dos transportes universitários. Paralelamente, temos a questão do "babismo" (paixão política) e da defesa dos que tem cargo na gestão, pois, economicamente, Japaratuba só tem como principal empregadora o Município de Japaratuba, ou seja, é urgente uma política pública de geração de emprego e renda.
Por outro lado, temos uma oposição que não se opõe e uma situação que, contrariando a lei, tenta manobras midiáticas para rebater as críticas e colocar a população contra quem critica, fiscaliza e denunciam as irregularidades da gestão. Primeiro, foi os "blogueirinhos" e agora são os "donos da verdade", pois a extrema direita é antiintelectualista, ou seja, não se dá bem com quem fala baseado nos fatos e na ciência, só enxergam os "mitos"...
Na análise das "propostas" a situação falha e não convence como dar continuidade a um trabalho "ineficaz", já a oposição consegue ser mais clara com compromisso e estratégia de ação. Resumidamente se não for o poder econonômico quem decida a eleição, a oposição tem mais chance de êxito nesse pleito. E você, o que acha?
Inhô?
Inhora?