quarta-feira, 31 de julho de 2013

CONFORTO TÉRMICO E SUSTENTABILIDADE

.

 

Adobe1Construção de adobe

 

Nasci em um tempo que ainda se construiam casa de “adobro” como chamam os mais velhos. Porém, a euforia consumista deixou as pessoas  mais ousadas e com maior poder aquisitivo, fazendo-a esquecer ou abandonar de vez antigos hábitos. E o resultado de toda esse avanço tecnológico custa caro para o meio ambiente.

CONHEÇA MELHOR O ADOBE

Adobe ou Adobinos são tijolos de terra crua, água e palha e algumas vezes outras fibras naturais, moldados em fôrmas por processo artesanal ou semi-industrial.
O adobino foi utilizado em diversas partes do mundo, especialmente nas regiões quentes e secas. Com o advento da industrialização no século XIX, as técnicas em arquitetura de terra foram, aos poucos, sendo abandonadas. Restando às pessoas de poucos recursos o uso dessas técnicas, além do adobino, o pau-a-pique e também a taipa de pilão, razão principal do preconceito que, de certa forma, se mantém até os dias de hoje.
Porém, podemos afirmar que estamos vivenciando momentos de rompimento desse paradigma (preconceito), com um novo olhar sobre a arquitetura vernacular, uma vez que esta se mostra ecológica e sustentável.
A construção feita com este tijolo torna-se muito resistente, e o interior das casas muito fresco, suportando muito bem as altas temperaturas. Em regiões de clima quente e seco é comum o calor intenso durante o dia e sensíveis quedas de temperatura à noite, a inércia térmica garantida pelo adobino minimiza esta variação térmica no interior da construção.
As construções de adobino devem ser executadas sobre fundações de pedra comum, xisto normalmente, cerca de 60 cm acima do solo, para evitar o contato com a umidade ascendente (infiltração), que degradaria o adobino. Da mesma forma é importante a construção de coberturas com beirais a fim de proteger as paredes das águas de chuva.
As paredes devem ser revestidas para maior durabilidade.
É recomendada a construção de adobino no período de seca, pois o tijolo não deve ser exposto à chuva durante o processo de cura, uma vez que o barro dissolve-se facilmente. No entanto, depois da construção coberta, ele resiste sem problema algum, com grande durabilidade.


Vantagens do uso do adobino:

  • Baixo custo
  • Conforto térmico
  • Uso de material regional
  • Pode ser preparado no próprio local da construção
  • Rapidez na preparação dos tijolos
  • Sustentável.

Apesar da redução no uso do adobino, este ainda é usado em várias regiões do Brasil, principalmente na norte e nordeste. Também em minas Gerais e Goiás é possível encontrar muitas casas em adobino.
Infelizmente muitas casas populares de adobino são construídas sem os cuidados necessários (especificados acima) gerando rápida degradação do material e conferindo a impressão de ser o adobino um material ineficiente.
No entanto a História já o comprovou um material de grande durabilidade, inclusive nas cidades históricas brasileiras, como Ouro Preto e Pirenópolis, que ainda possui muitas casas de tijolos de adobino.


Fonte: Wikipedia.

terça-feira, 23 de julho de 2013

CANTOR DOMINGUINHOS MORRE AOS 72 ANOS

 

23/07/2013 19h48 - Atualizado em 23/07/2013 20h16

Dominguinhos morre aos 72 anos em hospital de São Paulo

Músico lutava havia seis anos contra um câncer de pulmão.
Ele havia sido transferido para a capital paulista em 13 de janeiro.

Do G1 São Paulo

dominguinhosMúsico Dominguinhos morreu nesta terça-feira em
                                              SP (Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem/AE)

 

O músico Dominguinhos morreu nesta terça-feira (23), aos 72 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele lutava havia seis anos contra um câncer de pulmão. De acordo com o hospital, o músico morreu às 18h em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas.

Ao longo do tratamento, ele desenvolveu insuficiência ventricular, arritmia cardíaca e diabetes. Dominguinhos foi transferido para a capital paulista em 13 de janeiro. Antes, esteve internado por um mês em um hospital no Recife. A filha do músico, Liv Moraes, confirmou nesta segunda-feira (22) que o cantor havia voltado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) porque o estado de saúde dele tinha piorado.

Considerado o sanfoneiro mais importante do país e herdeiro artístico de Luiz Gonzaga (1912-1989), José Domingos de Morais nasceu em Garanhuns, no agreste de Pernambuco. Conheceu Luiz Gonzaga com 8 anos. Aos 13 anos, morando no Rio, ganhou a primeira sanfona do Rei do Baião, que três anos mais tarde o consagrou como herdeiro artístico.

nstrumentista, cantor e compositor, Dominguinhos ganhou em 2002 o Grammy Latino com o “CD Chegando de Mansinho”. Ao longo da carreira, fez parcerias de sucesso com músicos como Gilberto Gil, Chico Buarque, Anastácia e Djavan.

Ainda criança, Dominguinhos tocava triângulo com seus irmãos no trio “Os três pinguins”. Quando ele tinha 8 anos, foi “descoberto” por Gonzagão ao participar de um show em Garanhuns. A “benção” lhe foi dada pelo rei do baião quanto tinha 16 anos.

Gonzaga estava divulgando para a imprensa o disco 'Forró no Escuro' quando ele me apresentou como seu herdeiro artístico aos repórteres”, lembrou-se Dominguinhos em entrevista ao G1 no fim de 2012. “Foi uma surpresa muito grande, não esperava mesmo.”

De acordo com ele, o episódio aconteceu somente três anos depois de sua chegada ao Rio, acompanhado do pai, o também sanfoneiro Chicão. Mudaram-se para a cidade justamente para encontrar Luiz Gonzaga. “Em cinco minutos, ele me deu uma sanfona novinha, sem eu pedir nada”, prosseguiu. Naquele período, Dominguinhos saiu em turnê com o mestre para cumprir a função de segundo sanfoneiro e, eventualmente, de motorista.

Centenário de Gonzagão


No fim de 2012, Dominguinhos se dedicou ativamente às celebrações dos cem anos do nascimento de Luiz Gonzaga. Durante um show no dia centenário, 13 de dezembro, realizado na terra natal do músico, Exu (PE), Gilberto Gil comentou: “Dominguinhos teve a herança do Gonzaga, que ele incorporou, através das canções, dos estilos, o gosto pelo xote, xaxado”.

Para Gil, no entanto, Dominguinhos soube trilhar um caminho próprio. “Dominguinhos foi além, em uma direção que Gonzaga não pôde, não teve tempo. Ele foi na direção do início de Gonzaga, o instrumentista, da época das boates do Mangue, no Rio de Janeiro, quando ele tocava tango, choro, polca, foxtrot, tocava tudo, repertório internacional, tudo na sanfona. ”

Ler mais em G1