O Dilema da Organização
Pairando num poleiro, estavam as pessoas maravilhadas com o pouco sob a lupa da ambição, inveja e desentendimento. A obra faraônica do fracasso e a falsa prosperidade de um negócio mal começado, mal-administrado...
Um homem e seus ideais, sacrificando a sua paz por momentos de ilusão da sobrevivência, escondido por trás de um inexperiente impulsivo que idealizava um mundo impossível, utópico... Era a escalada da derrota, do fim de uma batalha, mesmo que a guerra estivesse só começando!
Festas por conta do negócio, para pagar não sei quando. Vendia-se não sei o quê, nem como! Estava tudo ao léo, entrava muito dinheiro, mas muito prejuízo... Daí surgia clientes não sei de onde que traziam recados não sei de quem para ninguém pagar...!
Quando de frente á comunidade o desinteresse e a desorganização tomaram conta do negócio, foi cavado um poço cada vez mais fundo... Era inevitável o fim, pois, as atitudes de quem tratava do público afastavam a todos cada vez mais.
E perguntavam-se: quem é ele? Está se achando demais? E diziam: eu não aceito! Se for assim eu não quero!
E de repente tudo mudou. As festas se acabaram, os bebedores pararam de beber, os clientes pararam de comer, os devedores não pagaram suas dívidas, o dono da casa queria de volta, o horário do funcionário havia vencido e o estabelecimento tinha que ser fechado...
Casa fechada, as despesas pagas mesmo assim. Mercadorias em falta, vencidas e em estado ruim. A poeira tomou conta do que antes a água inundou e o já era desorganizado, para ser organizado, fechado ficou!
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
Da cultura do povo Japaratubense
Em muito se fala cultura em nosso município. São valores encobertos pela manifestação artificial, periódica, visando a ostentação. Existe sim uma grande corrente artística, porém calada, escondida.
Os verdadeiros valores da grande maioria em nossa cidade vão desde o ócio ao não fazer nada. Beberrões que só bebem se tiver quem pague para ele ou se o bodegueiro vender fiado para ele pagar não sei com o quê...!
Pessoas que não tem coragem de trabalhar, vivem a olhar e invejar a vida dos outros em busca de uma oportunidade de derrubá-los. E por causa disso muitos foram à ruína.
Entre os nossos pecados está na hospitalidade com os turistas, em especial aos fugitivos dos presídios e penitenciárias. As grandes cidades não abrigam com apóio os criminosos, mas em nossa cidade, muitas vezes, o conterrâneo é humilhado em defesa de um que não se sabe de onde veio e nem as intenções dele.
Dentre esses fatos, um me ocorre e é bem lembrado. Fato é que, no quadro político e social se reflete num misto de engano e entusiasmo, um entra e sai da mesma figura pública. Em uma campanha ele é bom partido e na outra pouco vale e vice-versa...
Por essas e outras é que Japaratuba realmente é o celeiro da cultura sergipana. Abriga desde artistas originais (desconhecidos e desvalorizados) contra uma elite de artistas disfarçados (conhecidos e ostentados) pelo pensamento polêmico e irremediável de quem não sabe o que é bom e desperdiça o melhor...
E quando eu pensava em ser o artista da terra, achava que eu podia surgir do povo, mas vi que o próprio povo se desvalorizam por não admitir que seja artista, intelectual ou rico uma pessoa que nasceu e cresceu com eles e que é simples como qualquer um... apenas despertou para um dom natural. Que mal há nisso? Um dia serei a poesia do Novo Tempo...!
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