sexta-feira, 12 de novembro de 2010

MIGALHAS, RESTOS, REFUGOS...!

Na solidão dos meus anos, entre o poetar e o renascer, nunca vi tão grande lei que a vida nos impõe. Há quem diga que o desejo de consumo é como os cachorros debaixo da mesa a espera de migalhas.
Na mesa farta dos ricos estão os olhares de desejo e um misto de inveja, onde os incorformados na luta desigual ou desencorajados pela preguiça morrem de ansiedade, à espera do que cai e quando cai a briga lá em baixo é feia...
Se bem que quando os olhares se voltam na reviravolta da vida nem sempre o que cai da mesa são meros restos, muitas vezes cai carne boa também. Essa pode ser uma grande oportunidade de matar a fome...
Grande apegos e muita paciência, esse é o tema de muitos.
O que dizer dos vencedores? E os vencidos e espectadores da luta feroz, do mata-mata? Se há uma idéia que aceito é a da luta por ideais, por mais que pareçam impossível, pois ela é a mola que movimenta a nossa vida e o gosto da vitória é saboroso.
Migalhas, restos, refugo. Muitas vezes degustamos esse prato como o único a satisfazer a nossa sede material em nosso fracasso, mas há uma fonte que não seca, onde podemos nos abastecer.
É preciso ser forte e persistente para que possa ser convida a comer na mesma mesa! Nem que seja uma única vez na vida...!

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